Alonso: "Espero Felipe bem forte neste ano"

Espanhol reitera que não haverá número 1 na Ferrari, evita avaliar as rivais e diz sentir falta do amigo Kubica no paddock de Melbourne

Massa e Alonso posam para foto ao lado da modelo canadense Ashley Hart em Melbourne

O ano mal começou na Fórmula 1 e Fernando Alonso já recebeu questionamentos de jornalistas do mundo todo sobre uma possível preferência dentro da Ferrari em 2011.

Em entrevista acompanhada pelo TotalRace nesta quinta-feira em Melbourne, o bicampeão, que perdeu o título de 2010 na última corrida para Sebastian Vettel, deixou bem claro que não existe nenhum tipo de benefício à favor dentro da escuderia italiana, elogiando o parceiro Felipe Massa e comentando os percalços do brasileiro no campeonato passado.

"Não tivemos número 1 no ano passado e isso continuará valendo neste ano. Vamos tentar fazer o nosso melhor. Felipe tem uma carreira muito forte, mas não foi tão bem no ano passado. Ele perdeu muitos pontos por má sorte, como em Cingapura, quando teve problemas mecânicos na classificação e largou em último."

"Na minha visão, todos os fatores contribuíram um pouco. Mas espero um Felipe bem forte neste ano, um grande candidato para o título. Tomara que ele some muitos pontos para equipe, pois a Ferrari preza muito o campeonato de construtores", afirmou o piloto, que completa 30 anos de idade no dia 29 de julho.

Sobre a temporada 2011, Alonso não poderia estar mais otimista. "Este campeonato será emocionante, com muitas mudanças; uma aventura, com a introdução de novos elementos, como a asa nova e o Kers. 2011 será bastante excitante neste sentido", destaca o espanhol, que crê em corridas muito agitadas por causa dos diferentes tipos de pneus Pirelli.

"O objetivo [dos pneus Pirelli] é deixar as corridas emocionantes e quero que seja assim. Nas últimas dez voltas, pode acontecer uma parada extra e um safety car que reagrupe o pelotão e isso resultará em ultrapassagem. Neste ponto é legal; por outro lado, a sorte prevalecerá. Neste início de ano, com corridas traiçoeiras, o negócio é tentar sobreviver."

Mesmo com pilotos do quilate de Michael Schumacher, Jenson Button, Lewis Hamilton, Felipe Massa e Sebastian Vettel no grid, Alonso aposta que o talento natural do piloto não será o fiel da balança em 2011. "O carro fará a maior diferença. O que for mais rápido, ganha. Precisamos trabalhar em cima disso. Já a estratégia será mais complicada, teremos mais oportunidades de acertar e, também, errar."

Aproveitando que o assunto era sobre carros, o bicampeão deu seu pitaco sobre o que pode esperar. Ou melhor: preferiu não opinar. "Os dados que temos e estamos trabalhando não são claros. Não sei quem está rápido. A Williams começou veloz e caiu; a Mercedes parecia atrás e agora mostra estar à frente. Será emocionante e vamos ver quem vai nadar mais rápido, agora."

Com dois títulos mundiais na bagagem, Alonso tem na prova de Melbourne um marco: dez anos atrás, com o carro da Minardi, o asturiano alinhou na Austrália para sua primeira corrida na F-1. "O primeiro ano foi de grandes emoções. Na primeira corrida estava nervoso, impaciente pelo domingo. Os dias de espera para a corrida eram enormes, mas foram dias muito emocionantes."

Por fim, o representante da Ferrari relembrou com carinho do amigo Robert Kubica, que estará ausente do grid, recuperando-se das fraturas sofridas em um acidente de rali no mês de janeiro. "Sinto falta dele. Ele é o melhor piloto do mercado e não está aqui. Mas acredito que ele voltará com mais força. A recuperação dele é lenta, mas cada dia é um a menos para ele retornar."

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