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Brawn: simplificar regras é "fundamental" para futuro da F1

Ross Brawn acredita que a chave para a F1 ter um futuro saudável é planejar o que falta no momento; para dirigente, simplificar as regras é chave nesse processo

Ross Brawn, chefe da equipe Mercedes AMG F1

Ross Brawn, chefe da equipe Mercedes AMG F1

XPB Images

Ross Brawn, chefe da equipe Mercedes AMG F1
Ross Brawn, chefe da equipe Mercedes AMG F1
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid and team mate Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid at the start of the race
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid leads behind the FIA Safety Car
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid leads at the start of the race
Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid leads at the start of the race
Sebastian Vettel, Ferrari SF16-H at the start of the race
Bernie Ecclestone
Bernie Ecclestone
Valtteri Bottas, Williams FW38, leads Jenson Button, McLaren MP4-31 and Romain Grosjean, Haas VF-16, at the start
Bernie Ecclestone

Confirmado como novo diretor executivo esportivo nas mudanças anunciadas pelo Liberty Media na última segunda-feira (23), Ross Brawn falou pela primeira vez após assumir o cargo - antes, o dirigente vinha atuando como consultor para o grupo que adquiriu a Fórmula 1.

Em entrevista à BBC 5 Live, Brawn explicou quais as atribuições do novo cargo na direção da categoria. "Eu cuido da parte esportiva. O que quero desenvolver com os demais acionistas, com as equipes e com a FIA é uma visão de onde queremos estar nos próximos anos", disse.

"Sinto, pela experiência que possuo, que a F1 tende a ser reativa. Isso é um problema, apenas reagir e então tentar encontrar uma solução. Raramente se vê uma mentalidade de olhar para três ou cinco anos à frente e decidir qual caminho seguir", afirmou.

“Acho que sabemos o que os fãs querem: entretenimento, corridas acirradas e querem saber o que está acontecendo. Entendo que todo mundo concorda com isso. Agora é encontrar o caminho em conjunto com todos os envolvidos para alcançar este objetivo", acrescentou.

Brawn reconheceu que as regras atuais são complicadas demais e diz que simplificar é algo chave para o futuro da categoria.

“Simplificar é fundamental para o futuro. Tenho acompanhado a F1 como espectador nos últimos anos e às vezes nem eu entendo o que está acontecendo nas corridas." 

"Este é um esporte fantástico, uma combinação espetacular de pilotos, competição e carros. Apenas precisamos olhar e tentar entender como podemos melhorar o espetáculo."

“Vimos uma disputa acirrada entre dois pilotos da mesma equipe nos últimos anos e isso não é culpa da Mercedes, eles fizeram um grande trabalho. Mas os fãs querem corridas mais disputadas, o que não tem acontecido, e querem entender o que acontece durante as corridas."

“Há diferentes tipos de fãs, claro - é aqui que a situação se complica um pouco. Há os que vão aos autódromos, há os que acompanham pela TV, os que seguem por outro tipo de mídia. Precisamos encontrar um ponto que seja satisfatório para todos."

"Queremos que as corridas, por exemplo, sejam o maior espetáculo que pudermos criar. Então quando você for para o circuito em um final de semana, você terá entretenimento do início ao fim."

Silverstone é importante demais para sair da F1

Brawn insistiu que o GP da Grã-Bretanha e outras provas tradicionais permanecerão no calendário da F1 mesmo com a mudança de comando.

“Silverstone é muito importante, faz parte das raízes da F1. Muitas pistas novas são empolgantes e trazem elementos novos para a categoria, mas estão aqui porque são parte do espetáculo que inclui Mônaco, Silverstone, Monza, Hockenheim ou Nürburgring", disse.

"Você precisa manter essas tradições para manter os valores da F1. Todos os promotores estão sob pressão agora e no próximo período revisaremos todas as provas para ver o que pode ser feito", afirmou.

Momento ideal para seguir em frente

Ao falar sobre a saída de Bernie Ecclestone, Brawn exaltou os esforços de Ecclestone no crescimento da categoria, mas indicou que era a hora de a F1 seguir em frente.

“Ele segue conosco para nos dar conselhos e servir de referência quando precisarmos de apoio", comentou. "Creio que é o fim de uma era e o início de uma estrutura diferente, de uma abordagem distinta para o futuro."

“Talvez o Liberty Media, novo dono da F1, tenha uma visão diferente para o que será o novo estágio da categoria. Bernie é único, o modo como ele fez a F1 crescer nunca poderá ser imitado. Ele governou uma era especial da F1, mas agora tem 86 anos e é chegada a hora de seguir para a próxima fase", completou.

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