F1 discutirá retorno da equalização de motores após questionamento da Alpine/Renault

Montadora francesa acredita que tenha uma defasagem de performance em relação aos rivais mesmo com o regulamento congelado desde o começo de 2022

Pierre Gasly, Alpine A523

Foto de: Steven Tee / Motorsport Images

As equipes da Fórmula 1 discutirão um potencial retorno da equalização de motores em meio a preocupações sobre uma disparidade de performance entre as montadoras atuais, revela o Motorsport.com.

Fontes de alto nível de dentro do esporte revelaram que o assunto foi adicionado à pauta da reunião da Comissão da F1 que acontecerá no próximo fim de semana no GP da Bélgica. Segundo apurado, o tópico foi adicionado após uma análise da FIA sobre a performance dos motores atuais, a partir de preocupações da Alpine de que as unidades da Renault estão abaixo dos demais.

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Algumas fontes sugerem que a análise de performance das unidades de potência em relação à Renault sugerem uma defasagem de 15-25 kW (20-33 cv) em relação aos rivais. Nem a Renault nem a FIA quiseram comentar o caso.

Com a diferença de performance entre as equipes sendo tão pequena agora, tal disparidade de potência é suficiente para interferir com os resultados da Alpine. E acaba sendo particularmente frustrante para a Renault, que não pode melhorar seu motor já que o regulamento está congelado até 2025.

O regulamento técnico da FIA deixa explícito que modificações nas unidades de potência podem ser feitas somente "com propósitos de confiabilidade, segurança, redução de gastos ou mudanças incidentais mínimas". Porém, com a FIA sentindo que tem evidências do surgimento de diferenças de performance, há um caminho para uma ação potencial visando nivelar as coisas.

A equalização de motores não é uma novidade na F1, tendo sido usada na era V8 em 2008, para aproximar o grid após algumas montadoras terem explorado mudanças de confiabilidade para aumentar a performance, arrumando uma vantagem.

Antes do congelamento das regras atuais, iniciada no ano passado, foi decidido que o regulamento não contemplaria a equalização porque as performances eram similares. Caso seja aprovada, ainda não é certo como isso seria obtido, porque não é um caso de simplesmente permitir que a Renault faça melhorias em sua unidade de potência.

Renault power unit detail

Renault power unit detail

Photo by: Renault

Em 2009, quando houve uma investigação formal da FIA para ver potenciais disparidades nos motores, a Federação disse à época que quaisquer manobras para equalizar a performance seria baseada em reduzir a entrega das unidades de ponta.

Um comunicado divulgado em setembro daquele ano, disse: "Após sugestões de que há disparidades entre as performances dos motores usados na F1, o Conselho Mundial do Esporte a Motor decidiu que, caso esse seja o caso, e caso as equipes optem por eliminar esse problema, elas poderão fazer isso ao reduzir a performance dos motores mais poderosos. Porém, não serão permitas atualizações aos motores".

No final, não houve um acordo sobre a forma de obter a equalização e o assunto caiu por terra. Nos últimos anos, vimos outros pedidos pela equalização dos motores turbo híbridos quando a Mercedes estava à frente ou a Renault atrás, mas sem respostas da FIA.

A reunião da Comissão da F1 discutirá ainda outros tópicos como a proibição do uso de cobertores de pneus e potenciais mudanças ao formato dos finais de semana sprint.

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