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Monisha Kaltenborn assume o cargo de chefe da equipe Sauber

Indiana radicada na Áustria, que trabalha há 12 anos na equipe suíça, se torna a primeira mulher em posto de comando da F-1

Monisha Kaltenborn assumiu oficialmente o papel de Peter Sauber como chefe da equipe que leva seu nome, tornando-se a primeira mulher da história a ocupar o cargo na Fórmula 1.

A indiana, formada em Direito, começou na equipe há 12 anos como prestadora de serviço na área jurídica e, no início deste ano, passou a ser acionista, com a transferência de um terço das ações de Peter Sauber.

Monisha reconheceu ao TotalRace em Yeongam que a equipe pode passar por mudanças naturais com a nova liderança, mas continuará essencialmente a mesmo. “Inevitavelmente, somos duas pessoas diferentes e vocês vão perceber uma mudança, mas o principal são os valores que temos absolutamente em comum e que continuarão sendo a base da equipe”.

A nova chefe de equipe revelou que, na prática, sua atuação não muda muito. Antes de assumir o cargo, Monisha era CEO da Sauber. “Eu já estava bastante envolvida. Claro que podia contar mais com Peter, mas, na verdade, não muda muita coisa. Se há algo diferente, é a responsabilidade maior pelo que ocorre na pista, mas não quero me envolver muito porque temos especialistas para isso e são eles que têm de cuidar deste trabalho”.

Perguntada sobre a barreira quebrada ao se tornar a primeira mulher a ocupar uma vaga tão importante, a indiana radicada na Áustria deu de ombros. “É algo de que me dou conta quando os outros dizem. Ser a primeira mulher nunca foi uma meta minha. Para mim, o mais importante foi fazer um bom trabalho e conquistar os alvos que a equipe ou eu mesmo determino. Não olho muito para esse lado de ser a primeira mulher, é algo da natureza, que não posso mudar, então creio que venha com o pacote quando eu faço as coisas”.

Monisha revelou ainda que não se apaixonou logo de cara pela Fórmula 1. “Quando assumi, este era um dos meus cinco ou seis projetos e não achei interessante logo de cara. Só quando passei a trabalhar com os contratos mais interessantes que percebi coisas que não davam para ver de fora. Mas nunca pensei que chegaria até aqui, achei que só ficaria aqui por alguns anos. A ideia de ter o controle da equipe é muito recente. Ao longo dos anos, algo sempre acontecia e não havia escolha a não ser ficar. Algo dificultava nossa vida e tínhamos de passar por isso, então eu ficava. As coisas foram fluindo”.

Peter Sauber sempre deixou claro que não gostaria de estar no pitwall como chefe da equipe quando tivesse 70 anos – e, no próximo sábado, completa 69. O suíço já havia se desligado da equipe quando a vendeu para a BMW em 2005 e se aposentou “pela primeira vez” como disse na coletiva de hoje, mas, com a saída da montadora da F-1, reassumiu o controle do time. “Decidimos há muito tempo que Monisha assumiria meu cargo. Mas deixamos em aberto o momento. Agora é uma hora boa para nós dois, então é o momento certo de passar o bastão. Afinal, houve várias corridas nas quais não estive presente – e mais recentemente, no GP do Japão, em que a equipe teve uma grande performance. Não tenho dúvida de que Monisha tem todas as habilidades necessárias para ser uma grande chefe de equipe, e estou igualmente certo de que ela manterá os mesmos valores da companhia. Isso é muito importante para mim”.

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