"Não queremos gente pedindo esmola na F-1", dispara Ecclestone

O promotor da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, chamou de “desastre” a tentativa da Caterham de voltar ao grid da categoria na próxima etapa, em Abu Dhabi, por meio de uma ‘vaquinha’ feita pela internet. A equipe precisa de quase 10 milhões de reais para viajar para a corrida final do campeonato.

[publicidade] “São as pessoas que têm de saber se querem fazer essas doações. Talvez elas se interessem e isso ajude a equipe. Acho que é um desastre porque não queremos gente que está pedindo esmola. Se essas pessoas não podem pagar para estar na Fórmula 1, devem encontrar algo diferente para fazer.”

O inglês se surpreendeu ao saber que mais de dois milhões tinham sido arrecadados em menos de 24h. “Realmente?”, exclamou.

Mas Ecclestone não quer saber de ajudar nenhuma das equipes que estão passando por dificuldade – além de Caterham e Marussia, que sequer participaram das etapas brasileira e dos EUA, outros três equipes estariam em situação bastante difícil – e defende que o problema é de administração, e não falta de fundos.

“Não sou eu quem gasta o dinheiro deles, só dou o dinheiro para eles competirem. E demos às equipes quase 900 milhões de dólares por ano e eles escolhem como gastar. Eles têm um contrato para correr até 2020 e sabem exatamente quais os termos do contrato e precisam saber como vão lidar com seu negócio: se gastarem mais do que ganham, não é problema meu. Não acho que eles precisam de uma porcentagem maior.”

Ecclestone lembrou que ele mesmo já foi dono de equipe e teve de lidar com situações parecidas. “Quando eu tinha uma equipe há alguns anos, eu administrava-a de acordo com quanto dinheiro eu tinha. E foi assim que eu ganhei campeonatos. É isso que eles não fazem. Eles não conseguem entender que alguém vai terminar em último”, disse o dono da Brabham.