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"Não tem jeito de evitar", opina Senna sobre acidente de Bianchi

Brasileiro sugere que seja determinada uma velocidade máxima para setores com bandeiras amarelas

Uma junção “impensável” de fatores, mas um acidente que pode ser evitado no futuro. Essa é a visão de Bruno Senna sobre a batida de Jules Bianchi durante o GP do Japão de Fórmula 1. O brasileiro, que disputa a Fórmula E, categoria que usa carros elétricos e estreia neste ano, conversou com exclusividade com o TotalRace na Rússia.

“Foi uma lembrança para todo mundo que o automobilismo – inclusive a Fórmula 1 – é um esporte de risco. Não tem jeito de evitar, pois há situações que são impensáveis, como a que aconteceu”, afirmou Senna. O acidente de seu tio, Ayrton, em 1994, foi a última fatalidade na categoria.

“Não tem muito o que dizer: havia bandeira amarela dupla, ele perdeu o carro porque, provavelmente, aquaplanou e acabou acertando o caminhão. Se fosse um pouco para mais frente, acertava os comissários. Um pouco mais para trás, seria a barreira de pneus e provavelmente não aconteceria nada.”

[publicidade] Para Senna, ao invés da utilização de um Safety Car toda vez que um carro de serviço estiver na pista, como vem sendo cogitado, seria melhor adotar velocidades máximas para setores com bandeira amarela.

“Acho que o único jeito de prevenir é criar um parâmetro de quanto o piloto tem de desacelerar com bandeira amarela e com bandeira amarela dupla. Esse é um assunto muito delicado que tem de ser discutido entre pilotos e dirigentes. Colocar um Safety Car pode alterar o resultado da corrida, então colocar esse limite de ritmo pode ser uma solução. O importante é aprender com esse evento e melhorar a segurança para o futuro.”

Perguntado se a falta de pressão aerodinâmica pode ter sido um fator no acidente – os dois carros que escaparam estão entre os piores do grid – Senna, que está em Sochi trabalhando como comentarista da TV britânica, defendeu que a aquaplanagem pode acontecer com qualquer um, independentemente do equipamento.

“O carro que não é bom no seco, não será bom na chuva, principalmente hoje, que a aerodinâmica é o fator principal. Mas ali poderia ter sido qualquer um, pois foi aquaplanagem. Ali foi estar muito errado no lugar errado e na hora errada. Aconteceu porque as condições se juntaram.”

Jules Bianchi segue em estado crítico após sofrer lesões cerebrais ao chocar-se com sua Marussia no trator que fazia a remoção do carro de Adrian Sutil, nas voltas finais do GP do Japão.

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