O que aprendemos do GP da Espanha?

TotalRace analisa quinta etapa da temporada 2015 da Fórmula 1, com vitória de Rosberg e decepção para Ferrari

Nico Rosberg, da Mercedes AMG F1 W06

Foto de: XPB Images

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1, com a mídia
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1, com a mídia
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1, com a mídia
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1, com a mídia

Depois de ter ocupado um papel totalmente secundário nas primeiras quatro provas da temporada de 2015, Nico Rosberg finalmente mostrou sinal de vida no GP da Espanha. Depois de liderar dois dos três treinos livres, o alemão marcou com autoridade a pole position e ganhou a corrida sem ser ameaçado em nenhuma das 66 voltas do GP.

A má largada de Hamilton ajudou, é claro, mas não podemos desmerecer Nico. Na verdade, se o inglês tivesse largado melhor e escolhido uma estratégia diferente da de Rosberg, a prova teria sido muito mais animada do que foi. Agora, 20 pontos separam os dois. Ainda é muito, mas se Nico encontrar um bom final de semana com azares de Hamilton, pode chegar bem perto o inglês.

Não foi um final de semana bom para a Ferrari. Depois de ter ameaçado a Mercedes sobretudo após o GP da Malásia, nós e até eles mesmos esperavam mais de seu desempenho em Barcelona. Vettel ganhou um presente na largada, com Hamilton patinando e perdendo tração. Fosse uma pista mais fácil de passar, Sebastian provavelmente teria dificuldade de segurar Hamilton como fez no primeiro e segundo stints.

Se aproveitando do principal trunfo de seu carro ante ao W06 Hybrid (a preservação de pneus), Vettel fez duas paradas. Se tentasse três, como Hamilton, seria ultrapassado com um simples undercut de uma volta. Lembre que Hamilton teve problemas em seu primeiro pit e mesmo assim ficou logo atrás da Ferrari após a parada de Sebastian.

Depois de superado, Vettel reconheceu que a Ferrari está atrás. Nem todas as atualizações do SF15-T funcionaram. O alemão encontrou consolo olhando para trás: com destaque, a Ferrari é a segunda força da temporada.

Outro dia difícil para os brasileiros

Assim como no Bahrein, o dia não foi fácil para os pilotos do Brasil. Felipe Massa, depois de ter errado na classificação, largou apenas em nono. E, diga-se, Felipe fez apenas uma tentativa no Q3 pois não tinha pneus suficientes para ir para a pista duas vezes após fazer duas tentativas no Q2. Na corrida, sua recuperação foi boa.

Não demorou muito para se livrar das duas Toro Rossos (zeros à esquerda em ritmo de corrida perto do que têm mostrado nos treinos) depois de passar por Kvyat na partida. Mas foi difícil participar do duelo pelo quarto lugar com os finlandeses Bottas e Räikkönen. Massa não teve ritmo para chegar próximo dos dois. O brasileiro ainda tentou três paradas, mas o efeito não foi o esperado. Com o resultado, Felipe agora está três pontos atrás de Bottas no campeonato. Preocupante quando lembramos que o finlandês tem um GP a menos.

Já Nasr pouco pôde fazer com sua Sauber. O GP da Espanha mostrou que o time suíço caiu na hierarquia da Fórmula 1 e agora não faz mais sombra nem a Lotus e nem a Toro Rosso pelas últimas posições da zona de pontuação. Apesar de ter feito uma corrida constante, Felipe foi apenas o 12º depois de ter saído de 15º. No entanto, sempre à frente do companheiro Marcus Ericsson.

Mas, dada a segurança com que vem guiando, se o GP de Mônaco daqui duas semanas for uma corrida de sobreviventes (como é com alguma regularidade), tem tudo para tirar o máximo proveito.

Nove em nove

O GP da Espanha de 2015 marcou a nona vez consecutiva que a pista de Barcelona não vê um vencedor se repetindo. A partir de 2007, quando Felipe Massa venceu a corrida, jamais um piloto conseguiu repetir um triunfo na Catalunha.

Vamos aos vencedores? Felipe Massa (2007), Kimi Räikkönen (2008), Jenson Button (2009), Mark Webber (2010), Sebastian Vettel (2011), Pastor Maldonado (2012), Fernando Alonso (2013), Lewis Hamilton (2014) e Nico Rosberg (2015). O último piloto vencer corridas seguidas na Espanha é Michael Schumacher, entre 2001 e 2004.

O que isso quer dizer? Provavelmente nada, mas não deixa de ser uma curiosidade legal. Uma pista que geralmente faz corridas tão mornas e desinteressantes deveria ter, segundo a lógica, uma dinâmica de vencedores muito mais previsível.

Dia “assustador” para a McLaren

Mudou a pintura, mas os problemas continuam. Os tempos nos treinos livres até deram alguma esperança, mas a sétima fila no grid continuou aquém do que se espera do time, apesar de mostrar alguma evolução depois de atuações vergonhosas nas três primeiras corridas de 2015. Porém, tanto para Alonso quanto para Button o GP foi uma experiência "assustadora".

O espanhol perdeu o freio de seu carro por conta de uma sobreviseira que entrou em um duto de refrigeração e por pouco não promoveu um strike nos boxes. Já Button, se referiu ao GP como “o mais assustador de sua vida”. Desde a largada, ele teve literalmente que domar seu MP4-30. O carro destracionava tanto nas retas como nas curvas com a entrega de potência fora do normal de seu motor Honda. Depois da prova, Jenson ainda disse que o time não deve pontuar nesta temporada se o resto do ano for como foi o GP da Espanha.

A coisa ainda tá feia...

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