Entrevista

NASCAR analisa ‘invasão’ brasileira após início de categoria nacional

Pilotos que tiveram destaque na NASCAR Brasil em 2023 competirão em categorias de acesso ou farão testes em oval após Daytona 500

Diogo Moscato

O mais novo empreendimento internacional da NASCAR no Brasil já está proporcionando um influxo de estrelas em potencial para as três categorias nacionais do esporte nos EUA – Cup, Xfinity e Truck.

No ano passado, a NASCAR Brasil se tornou a quarta divisão internacional do órgão sancionador com a estreia da NASCAR Brazil Sprint Race, que teve grande sucesso em sua temporada inaugural.

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Enquanto a categoria NASCAR sediada nos EUA se prepara para suas respectivas aberturas de temporada na próxima semana no Daytona International Speedway, vários pilotos da NASCAR Brasil também estarão presentes – tanto em Daytona para assistir à ação na pista quanto competindo na vizinha New Smyrna Speedway, um oval de asfalto de meia milha.

A MCM Racing Development, com sede em Houston, Texas, está contratando três pilotos com experiência na NASCAR Brasil para corridas em Late Model e Pro Truck em New Smyrna durante a World Series of Asphalt, que começa na sexta-feira.

Trazendo pilotos brasileiros para os EUA

E a própria NASCAR receberá um contingente de pilotos brasileiros e convidados no dia 18 de fevereiro na Daytona 500 pela segunda temporada consecutiva. Seis dos pilotos visitantes farão testes em New Smyrna na segunda-feira seguinte às 500 milhas.

“Trouxemos um total de 12 pilotos para Daytona no ano passado e cinco foram escolhidos a dedo por nossos parceiros lá para fazer uma sessão de testes privado”, disse Chad Seigler, vice-presidente e diretor internacional da NASCAR, ao Motorsport.com.

“Agora firmamos nosso acordo de que os três primeiros colocados da série (Brasil) de cada ano virão para Daytona e haverá outro teste. É estratégico da nossa parte, mas também serve, na minha opinião, para justificar porque o mercado brasileiro é tão forte.

“Quando você olha para o Brasil você pensa em dois esportes que são basicamente os passatempos nacionais. Um deles é o futebol e o outro é o automobilismo.”

Falta de ovais

Um obstáculo que precisa ser superado na “NASCARização” das corridas no Brasil, no entanto, é a atual falta de pistas ovais no país, que dominam as categorias da NASCAR baseadas nos EUA.

Na temporada passada, todas as corridas da NASCAR Brasil foram realizadas em mistos, exceto Goiânia, onde uma de suas duas etapas utilizou o traçado do anel externo da pista.

Os pilotos brasileiros interessados em carreiras de longo prazo na NASCAR precisam encontrar uma maneira de se acostumar com as corridas ovais, o que levou a NASCAR a fornecer as datas dos testes, mas também atraiu os pilotos para um programa de desenvolvimento como o oferecido na MCM Racing para obter experiência.

Na próxima semana, a MCM colocará três pilotos brasileiros em várias categorias no em Smyrna – Diogo Moscato, de 19 anos, e Beto Monteiro, de 45 anos, na Pro Late Models, e Felipinho Tozzo, de 17 anos, na Pro Trucks.

NASCAR Brazil

NASCAR Brazil

Monteiro é o que tem mais experiência, tendo competido anteriormente na antiga NASCAR K&N (hoje ARCA Leste e Oeste).

“Foi uma ótima jornada da NASCAR Brasil no ano passado”, disse ele. “Sempre quis voltar aos carros da NASCAR e estou muito feliz por poder voltar aos circuitos ovais. Sou muito grato à NASCAR Brasil e à equipe MCM por esta oportunidade.”

Moscato, que ganhou o prêmio de estreante do ano da NASCAR Brasil no ano passado, terminou em oitavo lugar no evento Modifieds of Mayhem de dezembro, como parte do Snowball Derby anual em Pensacola, Flórida, que foi sua primeira corrida oval nos EUA.

New Smyrna será a primeira corrida oval de Tozzo, que já obteve muito sucesso no kart. Sua temporada de 2023 na NASCAR Brasil foi a primeira em carros de turismo.

Já existiam conexões brasileiras com a NASCAR muito antes da criação de uma categoria oficial no ano passado.

Três pilotos nascidos no Brasil competiram na NASCAR: Christian Fittipaldi fez 16 provas na Cup Series entre 2002 e 2003, Nelsinho Piquet fez 83 corridas nas três séries nacionais da NASCAR e venceu três vezes, além de Miguel Paludo que fez 81 corridas na Xfinity e Truck Series, incluindo três no ano passado pela Xfinity.

Seigler disse que não está surpreso com o aumento do interesse dos pilotos brasileiros em tentar acelerar seu apetite pela ação da NASCAR nos EUA.

“Provavelmente é mais uma questão de superar as expectativas e a rapidez com que estamos vendo isso, certo”, disse ele. “Ver este nível de interesse no primeiro ano indo para o segundo superou definitivamente algumas expectativas de uma forma muito positiva para nós.”

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