ANÁLISE: O que está em jogo para cada equipe na temporada 2023 da F1

Motorsport.com analisa o que as dez equipes buscam provar, encontrar e alcançar neste ano na principal categoria do automobilismo

Sergio Perez, Red Bull Racing RB19

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

A temporada 2023 da Fórmula 1 vai começar, com dez equipes no grid e objetivos diferentes para todas elas. Cada uma chega ao GP do Bahrein mirando alguma particularidade em especial, que precisa ser cumprida com êxito ao longo das 23 etapas.

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As tarefas são muitas: manter a hegemonia, retornar ao topo, provar que chegou a hora de conquistar o título e inúmeras outras... O Motorsport.com disseca os esquadrões um a um e seus propósitos no campeonato que começa nesta sexta-feira com o primeiro treino livre em Sakhir. 

Red Bull: a hegemonia

Campeã de construtores em 2022, equipe de Max Verstappen e detentora do melhor carro feito na nova era de regulamentos técnicos da F1, a Red Bull chega para a temporada de 2023 com a finalidade de continuar sendo o esquadrão a ser batido e alcançado. A equipe que passou anos sendo a 'caçadora', hoje, é a caça. Por isso, busca dar mais um passo na construção e manutenção de uma hegemonia muito almejada, principalmente na última década.

Sergio Perez, Red Bull Racing RB19

Sergio Perez, Red Bull Racing RB19

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Ferrari: o título

Novo chefe de equipe e novo estrategista. A escuderia italiana tem muito em jogo nesta temporada, começando pela necessidade de provar que as trocas nos principais comandos foram acertadas. Paralelamente a isso, a equipe quer mais do que tudo vencer o mundial depois da frustração no ano passado por conta de erros internos, e assim colocar uma 'pedra' no período conturbado que vem vivendo nos últimos anos, mostrando que a Ferrari ainda é a Ferrari dos tempos de glória na F1.

Mercedes: autoconfiança

Não é segredo para ninguém que a equipe de Toto Wolff neste momento faz parte de uma segunda prateleira entre as equipes de ponta. A temporada de 2023 para a Mercedes servirá para provar ao mundo que o W13 foi um ponto fora da curva na história recente - e vitoriosa - do time. Dentro da garagem, a autoconfiança e a necessidade de manter a imagem de imbatível também estarão em destaque, andando lado a lado com a busca por voltar a vencer corridas consistentemente. 

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W14

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W14

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Alpine: 'melhor do resto'

A equipe de Enstone tem um 'título' a defender: a de melhor do resto. Seguir dominando o pelotão do meio com performances capazes de conquistar pódios e até mesmo brigar por vitórias é o objetivo a ser cumprido pelos comandados de Otmar Szafnauer. O lado financeiro também é um bom motivo para seguir como o quarto colocado no mundial de construtores, uma vez que com mais dinheiro, mais investimento é feito e mais perto do pelotão principal você chega.

McLaren: moral

Com suas devidas ressalvas, a McLaren é a Mercedes do pelotão intermediário em termos de necessidade de recuperar a moral. O time papaia chega para 2023 com a sua dignidade em xeque, precisando sanar as dúvidas que foram impostas sobre a sua capacidade de voltar a ser a melhor equipe do segundo escalão e consequentemente provando que não está andando para trás, retornando aos tempos sombrios e complicados que já pairaram em Woking. 

Oscar Piastri, McLaren MCL60

Oscar Piastri, McLaren MCL60

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Alfa Romeo: longo prazo

2023 é o primeiro ano da construção de um propósito traçado junto a um planejamento de longo prazo: a consolidação. A Alfa Romeo busca começar nesta temporada a 'escalada' no campeonato de construtores, fechando o ano em uma posição melhor do que a conquistada em 2022, conseguindo mais dinheiro - e repetindo o processo ano após ano - para chegar em 2026 com um cenário ainda mais favorável para os novos donos assumirem o comando: a Audi. 

Aston Martin: evolução

Para a Aston Martin, a temporada de 2023 é crucial. Depois de um ano difícil e abaixo do desejado, muito se falou sobre o dinheiro e os recursos investidos na equipe, então é hora de provar que tudo isso não foi apenas conversa e mostrar uma evolução considerável no rendimento do carro, justificando a escolha de Fernando Alonso. Sair do fundo do pelotão intermediário e alcançar a Mercedes também pode ser visto como um objetivo que simboliza tudo isso.

Felipe Drugovich, Aston Martin AMR23

Felipe Drugovich, Aston Martin AMR23

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Haas: além das promessas

Todo ano a Haas promete que conseguirá descolar do pelotão do fundo e entrar de vez na briga do 'bolo do meio', mas nunca acontece. Com um fim de 2022 promissor, a consistência está em jogo para o time norte-americano - e não só na pistas, mas também na filosofia de trabalho, firmando um padrão quanto a dupla de pilotos que compõe a equipe, aspecto que passou por muitas trocas nas últimas temporadas.

AlphaTauri: não ser vendida

A situação da AlphaTauri na temporada de 2023 poderia ser um pouco menos complicada, porém, não há para onde correr. A equipe de Faenza precisa, ao máximo, retornar aos tempos áureos como os de 2020 para justificar à 'irmã' mais velha a sua existência. Figurar na penúltima colocação do campeonato de construtores não ajudará a equipe no objetivo de não ser vendida pela Red Bull, por isso, o alerta vermelho estará ligado de forma constante.

Williams: deixar o fundo do poço

O propósito da Williams não tem como ser mais claro: desgrudar da última colocação e não ter o carro mais lento do grid. Entregar uma máquina minimamente competitiva aos pilotos pode fazer com que a equipe dê o primeiro passo para uma tão esperada volta por cima. Estar na zona de pontuação com uma determinada frequência ao longos das 23 etapas do ano ajudará de forma fundamental nesse objetivo.

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