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ANÁLISE: Por que 22 de julho é um dia importante para a disputa da temporada 2021 da F1

Nesta quarta-feira, as equipes precisam informar a FIA sobre onde pretendem desenvolver o carro para o próximo ano, dentro dos limites do regulamento

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W11 leads Lance Stroll, Racing Point RP20 and Sebastian Vettel, Ferrari SF1000 at the start of the race

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W11 leads Lance Stroll, Racing Point RP20 and Sebastian Vettel, Ferrari SF1000 at the start of the race

Mark Sutton / Motorsport Images

Quarta-feira, 22 de julho de 2020. Um dia que pode ser essencial para determinar a direção da temporada 2021 da Fórmula 1 e a batalha pelo título, porque marca o primeiro prazo para que as equipes indiquem à FIA como que elas pretendem usar suas fichas de desenvolvimento para o próximo ano.

Devido à crise criada pela pandemia da Covid-19, e com o regulamento atual estendido por mais um ano, as equipes concordaram em congelar o desenvolvimento da maior parte dos elementos mecânicos do carro, como elementos homologados.

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Havia um prazo inicial para a primeira corrida da temporada para algumas partes, e haverá um segundo prazo, 22 de setembro, para o resto. Porém, dentro dessas condições, as equipes poderão usar duas fichas de desenvolvimento após o fim dos prazos na área que preferirem, baseado em uma "lista de preços", que está inclusa no regulamento.

Essencialmente, o sistema de fichas foi desenvolvido para permitir que uma equipe conserte um problema fundamental que acabaria ficando no carro até o final de 2021, dando a oportunidade de dar um passo adiante.

A única equipe que não tem escolha sobre o uso de suas fichas é a McLaren, devido à manutenção do seu plano de trocar a Renault pela Mercedes como fornecedora de unidades de potência em 2021. As regras especificam que a equipe terá que usar suas duas fichas para fazer a integração motor - chassi.

"O problema com o congelamento é que tínhamos uma equipe que estava fazendo toda uma troca de motores, a McLaren", disse o diretor de automobilismo da F1, Ross Brawn, ao Motorsport.com na semana passada. "Não podemos ignorar isso. Não posso dizer para eles não trocarem o motor".

"Então precisamos encontrar um sistema justo que acomodaria a necessidade deles com essa mudança. Também reconhecemos que algumas equipes podem ter problemas em seus carros, e não seria justo mandar eles conviverem com isso por dois anos. O sistema de fichas permite a eles uma janela específica para consertar os erros".

Brawn acrescentou: "Uma equipe nos informou que o sistema de resfriamento no carro está errado, então eles não teriam como viver com esse sistema por dois anos. Assim, dando a eles esse espaço, acho que encontramos uma boa solução".

A FIA nomeou três prazos, D1, D2 e D3, para notificar a Federação sobre onde as fichas serão gastas. Essa é a lista: 

22 de Julho - D1: "Notificar a FIA sobre a intenção de modificar um CH [Componente Homologado], com uma estimativa de partes que serão afetadas e uma breve descrição dos motivos para a modificação".

05 de Agosto - D2: "Fornecer à FIA uma especificação completa das mudanças previstas nos CH e quaisquer componentes afetados".

21 de Setembro - D3: "Forncer à FIA um esquema detalhado das mudanças previstas".

Se as partes modificadas não funcionarem em até cinco corridas, as equipes poderão voltar à versão original, tendo que descartar a nova. Isso evitará que as equipes tenham a opção de duas versões, podendo trocar uma pela outra constantemente.

Apesar da McLaren não ter a mesma oportunidade das rivais de fazer mudanças relacionadas à performance, o chefe da equipe, Andreas Seidl, não se arrepende da decisão.

"Não, não há frustração nenhuma", disse em entrevista ao Motorsport.com. "No final, era claro para nós colocar essas ações em movimento, durante a crise. Era importante que todas as equipes se juntassem para aceitar certos comprometimentos".

"E, para mim, é um milagre que deu certo, porque no começo da discussão, não achava que seria possível encontrar um meio termo".

"Temos que aceitar algumas coisas também. No final, a comunicação que temos sobre o tópico da instalação do motor com a FIA é aberta e construtiva. É claro quais são nossas limitações. E é importante para nós mantermos o trabalho, porque a janela é pequena. Não estamos frustrados".

Uma área polêmica que ainda está sob discussão são as regras que permitem que equipes clientes que usam partes de 2019 possam atualizar para as versões de 2020 sem usar fichas. Isso permitiria que Racing Point e AlphaTauri passassem a usar caixas de câmbio e outros elementos de Mercedes e Red Bull sem problemas.

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