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Berger: Ferrari está arriscando sobrecarregar seu chefe de equipe

Ex-companheiro de Ayrton Senna na McLaren, austríaco também teve duas passagens pela escuderia italiana e disse que é preciso dividir funções

Mattia Binotto, Team Principal Ferrari

Mattia Binotto, Team Principal Ferrari

Jerry Andre / Motorsport Images

Segundo o ex-piloto da Fórmula 1 Gerhard Berger, a Ferrari deve garantir que o chefe da equipe, Mattia Binotto, não se sinta sobrecarregado por suas responsabilidades. Ainda de acordo com o austríaco, a escuderia deveria considerar a colocação de um segundo homem forte na estrutura do time para ajudar a lidar com a política: "Se estiver tudo no Binotto, vai ser um pouco pesado”.

Ex-diretor técnico da Ferrari, Binotto foi promovido à liderança geral da Scuderia no início de 2019, substituindo Maurizio Arrivabene no cargo. Apesar de ter sido a mais rápida nos testes de pré-temporada, a Ferrari não conseguiu vencer nenhum dos três primeiros GPs do campeonato – todos foram vencidos pela Mercedes - e seus pilotos Sebastian Vettel e Charles Leclerc estão bem atrás de Lewis Hamilton na classificação.

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Berger, que venceu cinco corridas com a Ferrari durante suas duas passagens pelo time de Maranello em 1987-89 e 1993-95, contrastou a estrutura da equipe com a de Mercedes e a Red Bull, ambas com múltiplas figuras. “A coisa mais comum na Ferrari é alguém assumir toda a responsabilidade”, ponderou.

“Quando você olha para a Red Bull, tem o gênio projetista Adrian Newey, tem o poderoso chefe de equipe Christian Horner, e ainda tem o chefão Helmut Marko. Na Mercedes: Toto Wolff, um chefe de equipe muito capaz. Há também o gênio do motor, Andy Cowell. E eles ainda têm o Niki Lauda”.

“Na Ferrari, você vê apenas o Binotto. Não sei se isso é suficiente. Acho ele ótimo. Só que é importante ele não perca muito tempo para discussões políticas ou qualquer outra coisa, senão fica sem tempo para a principal coisa em que ele é bom".

Berger também lembrou que a Ferrari dividia responsabilidades entre vários funcionários do alto escalão durante seu apogeu no início dos anos 2000, com Michael Schumacher. Tanto Ross Brawn quanto Rory Byrne saíram da Benetton rumo ao time de Maranello um ano depois da transferência de Schumacher, no final de 1995. E o par de gurus técnicos trabalhava sob o comando de Jean Todt, chefe de equipe (foto abaixo, em 2004).

"Uma de suas grandes forças era que ele sabia como juntar as pessoas para tirar o máximo proveito delas", disse Berger sobre Schumacher. "Quando ele foi para a Ferrari, disse: 'Ross, você vem comigo, Rory, você vem comigo'. Nisso ele era muito bom e tem uma vantagem sobre Vettel. Michael foi fantástico em juntar pessoas para sua equipe”.

“Então você tinha três pessoas: o Rory, gênio da época, Ross Brawn, e Jean Todt, que lidava com o lado político e os regulamentos. Eu só não sei quem poderia assumir esses papéis na Ferrari de hoje".

Paolo Martinelli, Ross Brawn, Jean Todt and Rory Byrne with the new Ferrari F2004

Paolo Martinelli, Ross Brawn, Jean Todt and Rory Byrne with the new Ferrari F2004

Photo by: Ferrari Media Center

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