CEO da F1 defende permanência da categoria na Arábia Saudita como forma de "modernizar" o país

Apesar das tensões no último fim de semana com o ataque a uma petrolífera da Aramco em Jeddah, Domenicali acredita que o esporte ajuda a nação a evoluir

Stefano Domenicali, CEO, Formula 1

Stefano Domenicali, CEO, Formula 1

Carl Bingham / Motorsport Images

O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, insiste que o esporte não está "cego" em relação às preocupações com o lugar da Arábia Saudita no calendário da categoria, mas acredita que a presença de um GP por lá pode ajudar o país. Após um fim de semana difícil para a divisão devido a um ataque com mísseis em uma refinaria de petróleo a menos de 16 quilômetros do circuito de Jeddah, o destino da corrida ficou na balança.

Enquanto os chefes da F1 estavam confiantes sobre a segurança no local após o briefing das autoridades sauditas, os pilotos estavam mais inquietos com a situação e realizaram uma reunião de quatro horas na noite de sexta-feira para discutir um possível boicote. No final, após conversas com chefes de equipe, representantes sauditas e figuras importantes da categoria, os competidores concordaram que seria melhor se eles se comprometessem a correr.

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No entanto, enquanto as decisões tomadas em Jeddah foram focadas apenas no fim de semana, negociações sobre se a categoria retornará ou não para lá devem ocorrer em breve. Alguns no paddock estão confortáveis ​​em ter a Arábia Saudita no calendário, mas outros estão mais preocupados com a situação de segurança e a negatividade que cercou o esporte nos últimos dias.

Domenicali está bem ciente de que a presença do país no cronograma não é isenta de alguma controvérsia, mas acha errado sugerir que há grandes pontos de interrogação sobre seu futuro. Falando à Sky Sports, ele disse: "Creio que não seja uma questão dúvida, e sim de entender a situação".

"Não somos cegos, mas não precisamos esquecer uma coisa: que este país, também através da F1 e do esporte em que acreditamos, está dando um grande passo à frente. Você não pode fingir mudar uma cultura que tem mais de um milênio em um piscar de olhos. Os recursos que eles estão colocando em prática para avançar você pode ver aqui."

"Não se esqueça, há alguns anos, as mulheres não podiam nem dirigir e agora estão aqui no grid, torcendo. Estão festejando, vendo o esporte e mudando muitas leis para ter certeza de que o evento aconteça, não precisamos deixar de considerar isso."

"Claro que há tensões internas e há coisas que precisam ser melhoradas. Não queremos ser políticos sobre isso, mas acredito que estamos desempenhando um papel muito importante na modernização deste país. Estamos focados, é claro, em garantir que isso seja o centro de nossa agenda."

Enquanto alguns sugeriram que a F1 foi 'hipócrita' ao cancelar o GP da Rússia por causa de sua guerra com a Ucrânia, mas mantendo a Arábia Saudita apesar de seu conflito no Iêmen, Domenicali vê as coisas de maneira diferente.

"É uma questão de definição, um ataque terrorista é uma guerra?" ele explicou. "Estamos falando de esporte. Claro que estamos em contato com todas as autoridades e embaixadas, com todos os órgãos governamentais certos. Seguiremos assim e nunca criaremos uma situação que possa comprometer a segurança de nosso pessoal."

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