CEO da F1 diz que caso Herta põe em xeque credibilidade do sistema de superlicenças

Stefano Domenicali concorda com a importância de ter um americano no grid, e diz que ficará feliz por Herta se conseguir, desde que pelo mesmo modo dos demais: obtendo os 40 pontos

Colton Herta, Andretti Autosport w/ Curb-Agajanian Honda

Foto de: Michael L. Levitt LAT Photo USA

A Fórmula 1 segue em busca de um piloto americano para chamar de seu, e pode ter em Colton Herta a resposta. Mas essa resposta traz consigo uma polêmica que preocupa o CEO da F1, Stefano Domenicali. Para o italiano, a novela criada pela Red Bull para ter o piloto pode colocar em xeque a credibilidade de todo o sistema de superlicenças, pedindo para a FIA seguir o processo à risca.

Desde o GP da Holanda, Herta surgiu como o candidato mais forte à vaga da AlphaTauri. Mas o americano está em uma encruzilhada por não ter os pontos necessários para a obtenção da superlicença. Isso leva a Red Bull a buscar uma isenção junto à FIA alegando motivos de força maior.

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A FIA está analisando se há motivos para isentar Herta da obrigatoriedade de apresentar os 40 pontos, mas a possibilidade não está sendo bem recebida pelo paddock da F1. Equipes e dirigentes se preocupam que a isenção possa abrir precedentes, diminuindo a importância das Fórmulas 2 e 3.

Domenicali compartilha dessas preocupações. Apesar de entender o benefício em ter um americano no grid, ele vê riscos em potencial ao quebrar um sistema já estabilizado por um único caso. Falando antes do GP da Itália, o CEO alertou que a decisão da FIA pode ter grandes implicações.

"Está claro para nós que um piloto americano irá criar muito interesse em um mercado que cresce rapidamente como os Estados Unidos".

"Mas hoje a entrada na F1 está ligada a parâmetros claros contidos no regulamento desportivo, e esses parâmetros determinam que a possibilidade de obter uma superlicença seja respeitada. A credibilidade do sistema está em xeque. A FIA está avaliando, e é um assunto para eles".

Apesar de ter suas ressalvas sobre a decisão, Domenicali afirma que, no final, a F1 ficaria feliz em ver Herta na categoria caso consiga o número exigido de pontos.

Colton Herta, Andretti Autosport w/ Curb-Agajanian Honda

Colton Herta, Andretti Autosport w/ Curb-Agajanian Honda

Photo by: Jake Galstad / Motorsport Images

"Se Herta tiver os números necessários para correr na F1, ficaremos felizes e o receberemos de braços abertos. Aí, caberá a ele demonstrar que a experiência obtida em outra categoria além da F1 o permitirá se adaptar".

Caso a FIA se coloque contra a liberação da superlicença de Herta, isso pode ter grandes implicações no mercado de pilotos para 2023. A Red Bull já deixou claro que só libera Pierre Gasly para a Alpine se Herta receber a superlicença. Ou seja, se ele não conseguir, a AlphaTauri deve manter o francês para o último ano de seu contrato.

A Alpine ainda está analisando suas opções para 2023 para colocar ao lado de Esteban Ocon. Indicações apontam que a opção de Gasly parece cada vez mais distante, preferindo seguir um caminho diferente.

Isso inclui colocar pilotos com mais experiência como Mick Schumacher ou a volta de Daniel Ricciardo, mas há sugestões também de que o time francês possa apostar em um novato, como Jack Doohan ou Nyck de Vries.

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