F1: Comissário da FIA, Bernoldi crê que decisões sobre punições devem ser mais rápidas no futuro

Brasileiro, que era um dos comissários responsáveis pela arbitragem do GP da Arábia Saudita, revelou os bastidores do fim de semana em Jeddah

O GP da Arábia Saudita deu o que falar, sobretudo com as mudanças nas punições de Fernando Alonso. O piloto espanhol chegou a ir ao pódio em Jeddah, mas viu sua terceira posição ir embora, após ser constatado que um mecânico havia trabalhado em seu carro durante o ‘pagamento’ de uma primeira punição. Horas depois, e com um apelo da Aston Martin, o bicampeão da Fórmula 1 teve seu top 3 de volta.

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Enrique Bernoldi esteve presente com o grupo de comissários da FIA e falou com exclusividade ao Motorsport.com (asista à entrevista completa no vídeo acima) sobre o que rolou na Arábia. Além disso, o ex-piloto comentou sobre como é o comportamento da atual geração de pilotos em relação às regras e de seu relacionamento com Michael Masi.

Sobre o caso de Alonso, o piloto relatou que ficou até a alta madrugada assistindo tudo o que aconteceu, mas sem poder interferir diretamente do processo decisório.

“Eu estava assistindo ao pódio quando fui chamado para voltar para a sala, acabamos ficando até às 2h da madrugada”, disse Bernoldi. “Quando acabou a corrida eu falei para os meus companheiros e comentei que não havíamos chamado nenhum piloto, nenhuma punição, não fizemos nada. E fomos chamados depois e teve tudo aquilo acontecendo.”

Se há conversas para se tentar mudar algo para o futuro, em tentar tomar as decisões ainda durante a corrida, Bernoldi sinalizou positivamente: “Isso é uma coisa que sempre conversamos, que sempre tentamos fazer. Isso não foi reportado a nós.”

“Isso pode mudar o resultado da corrida. Eu tento tomar minhas decisões na mesma volta. No caso do Alonso, eu fui coadjuvante, porque não é a minha especialidade. Isso envolve regulamento, câmera, o VAR, o diretor de prova querer passar isso pra gente, então eu estava presente em todo o processo, mas não tenho voz sobre a decisão”

“No final, a decisão que foi tomada pela FIA, a maioria das pessoas acabou gostando. Como foi tomada, talvez não tenha sido feita do melhor jeito.”

Na função desde o GP do Azerbaijão de 2021, Bernoldi aproveitou para explicar suas atribuições e também sobre a decisão de se ter o safety car em Jeddah, o que mudou os rumos da prova.

“O regulamento diz que se vai entrar algum bandeirinha na pista, é safety car. A interpretação é toda do diretor der prova. Se o carro de segurança é acionado, isso não chega até nós. Quando temos a informação de que ‘os comissários estão analisando’, ela só vem até a gente por meio do diretor de prova. Um comissário nunca fala ‘coloque o safety car’. Isso não faz parte do nosso trabalho.”

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Piloto dos anos 1990 até meados da década de 2010, Bernoldi admitiu que a atual geração de pilotos reclama mais do que seus companheiros de pista, mas ponderou que o contexto de hoje é diferente.

“Até por ter as redes sociais, por ter o Drive to Survive, os pilotos de hoje reclamam mais. Na minha época eu nunca fiquei mais do que 10 ou 15 minutos. E corríamos talvez até mais agressivamente, até por ter menos regras. Não falo sobre capacidade ou talento, mas acho que eles são mais restritos pelo regulamento, e por isso acaba abrindo uma janela maior para reclamações.”

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