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F1 divulga calendário de 2021 com GP do Brasil em São Paulo

Prova em Interlagos ainda está sujeita à confirmação em calendário com número recorde de provas

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10 leads Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, Sebastian Vettel, Ferrari SF90, Alexander Albon, Red Bull RB15 and Charles Leclerc, Ferrari SF90 at the restart

Mark Sutton / Motorsport Images

A Fórmula 1 oficializou o calendário da temporada 2021 na manhã desta terça-feira (09). Como esperado, a próxima temporada da maior categoria do automobilismo mundial terá um número recorde de corridas, com 23 etapas.

Como adiantado pelo Motorsport.com, o Brasil fará parte do campeonato com a volta do GP do Brasil em interlagos. A corrida em São Paulo não pôde ser realizada em 2020 em consequência da pandemia, mas ainda depende de confirmação da Liberty Media. A data prevista é de 14 de novembro.

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Outra confirmação é o corte do GP do Vietnã, que também acabou não ocorrendo neste ano, não será realizado também em 2021. A prova seria uma das novidades da temporada 2020, e agora pode acabar nem saindo do papel (entenda mais no final da matéria). Com isso, o calendário tem um espaço de quase um mês entre as etapas da China e da Espanha.

Porém, ainda é um calendário de 23 etapas, com a vaga de 25 de abril sendo listada como "a confirmar".

A temporada está marcada para começar em seu palco tradicional, o GP da Austrália, em 21 de março. Neste ano, a F1 chegou a ir para Melbourne, mas um caso positivo de Covid-19 na McLaren levou ao cancelamento da etapa com horas para o início do primeiro treino livre. Na sequência, a categoria visita o Bahrein e a China.

Após a rodada a confirmar, em 25 de abril, o GP da Espanha está marcado para ser a primeira prova em solo europeu, mas a etapa, realizada em Barcelona desde 1991, ainda precisa finalizar o contrato, assim como o Brasil.

Após a Espanha, a F1 seguirá a tradicional sequência de provas formada por Mônaco, Baku, Montreal, Paul Ricard, Red Bull Ring, Silverstone e Hungaroring, com esta última fechando a primeira metade da temporada antes da pausa de verão.

A maior parte de agosto está dedicada ao fechamento das fábricas e a ação retornará com a primeira rodada tripla do ano: a conhecida sequência dos GPs da Bélgica e da Itália receberá agora a companhia da Holanda, que teve sua data mudada do primeiro para o segundo semestre. Tudo começa em Spa Francorchamps em 29 de agosto, seguido de Zandvoort em 05 de setembro e Monza no dia 12.

A segunda rodada tripla da temporada acontecerá logo na sequência, e promete ser bem exaustiva para as equipes, começando em Sochi em 26 de setembro antes dos GPs de Singapura, em 03 de outubro e do Japão no dia 10.

Na sequência, a F1 volta ao continente americano para o GP dos Estados Unidos, no dia 24 de outubro e do México na semana seguinte, e a categoria terá uma semana de intervalo antes da prova em Interlagos.

A temporada chega ao fim com duas provas no Oriente Médio: a estreia do GP da Arábia Saudita em 28 de novembro, no circuito de rua de Jeddah e com o GP de Abu Dhabi em 05 de dezembro. 

O CEO da F1, Chase Carey, vinha reafirmando que esperava entregar um calendário mais "próximo do normal", apesar da situação fluida da pandemia, com a Europa voltando a se fechar em meio a uma segunda onda de casos. Carey espera inclusive contar com a presença de fãs.

"Estamos felizes por anunciar o calendário provisório de 2021 da Fórmula 1 após extensas conversas com nossos promotores, equipes e a FIA".

"Estamos planejando para os eventos de 2021 com a presença dos fãs e uma experiência próxima do normal e esperamos que nossos acordos possam ser honrados. Provamos que é possível viajar com segurança e operar nossas corridas. Os promotores vem reconhecendo cada vez mais a importância de seguir adiante, lidando com o vírus".

"Na verdade, muitos promotores pretendem usar nossos eventos como uma plataforma que mostre ao mundo que estamos seguindo adiante. Estamos felizes ao ver a Arábia Saudita juntando-se ao calendário e igualmente animados pelo retorno às pistas que esperávamos correr em 2020".

"Queremos agradecer a todos os nossos promotores e parceiros pelo entusiasmo contínuo e colaboração, mal podemos esperar para entregarmos aos fãs uma temporada emocionante nas pistas".

Confira como ficou

Etapa Local Data
1 GP da Austrália (Melbourne) 21 de março
2 GP do Bahrein (Sakhir) 28 de março
3 GP da China (Xangai) 11 de abril
4 A confirmar 25 de abril
5 GP da Espanha* (Barcelona) 9 de maio
6 GP de Mônaco (Mônaco) 23 de maio
7 GP do Azerbaijão (Baku) 6 de junho
8 GP do Canadá (Montreal) 13 de junho
9 GP da França (Paul Ricard) 27 de junho
10 GP da Áustria (Red Bull Ring) 4 de julho
11 GP da Grã-Bretanha (Silverstone) 18 de julho
12 GP da Hungria (Hungaroring) 1º de agosto
13 GP da Bélgica (Spa Francorchamps) 29 de agosto
14 GP da Holanda (Zandvoort) 5 de setembro
15 GP da Itália (Monza) 12 de setembro
16 GP de Rússia (Sochi) 26 de setembro
17 GP da Singapura (Marina Bay) 3 de outubro
18 GP do Japão (Suzuka) 10 de outubro
19 GP dos EUA (Circuito das Américas) 24 de outubro
20 GP do México (Hermanos Rodriguez) 31 de outubro
21 GP do Brasil* (Interlagos) 14 de novembro
22 GP da Arábia Saudita (Jeddah) 28 de novembro
23 GP de Abu Dhabi (Abu Dhabi) 5 de dezembro

* Sujeitos a confirmação de contrato

Entenda a situação Rio x São Paulo com relação ao GP do Brasil

Desde antes do ano passado, as duas cidades travam disputa para receber a etapa brasileira da F1 no futuro. Embora a capital paulista já tenha um autódromo pronto e bastante popular (Interlagos), falta à 'candidatura' paulistana o aporte financeiro que os cariocas dizem ter. São Paulo tem o 'ônus' de ser uma das duas provas da F1, junto de Mônaco, que não pagam taxa para a categoria para sediar uma corrida.

O autódromo de Deodoro é orçado em cerca de R$ 800 milhões – e visto pela prefeitura do Rio, pelo governo estadual e pelo presidente Jair Bolsonaro como trunfo para desbancar a concorrência de São Paulo e levar novamente a corrida da F1 à capital fluminense no futuro. A assinatura do contrato entre a prefeitura e o consórcio Rio Motorsports, responsável pela obra, depende da aprovação do estudo de impacto ambiental (EIA-Rima). 

A Floresta do Camboatá, cedida pelo Exército em Deodoro, é considerada o último lugar de Mata Atlântica de áreas planas na cidade e tem 170 hectares, dos quais 55 deverão virar área construída, totalizando 70 mil árvores.

Os promotores da etapa de Interlagos querem uma renovação com a F1. Porém, enfrentam a concorrência fluminense. O Rio teria oferecido cerca de US$ 65 milhões (R$ 353 milhões). Já São Paulo teria feito proposta de US$ 20 milhões (R$ 109 milhões). 

O projeto de levar a F1 para o Rio tem forte apoio político do presidente. O mandatário é paulista, mas fez sua carreira política no Rio e um de seus filhos, Flávio Bolsonaro, é senador pelo estado. Outro herdeiro de Jair, Carlos Bolsonaro é vereador na capital. Todos já defenderam publicamente a construção do autódromo em Deodoro. A iniciativa também tem contrato para receber a MotoGP em 2022, mas as obras parecem longe de começar.

De todo modo, a Secretaria de Esporte do Rio de Janeiro aprovou, em novembro, o projeto para a realização da prova por dez anos na na capital, autorizando captação de R$ 302 milhões em incentivos fiscais para o GP do Brasil de F1 em 2021 e 2022.

Seriam R$ 151 milhões por evento, mas, como o valor começará a ser pago antes, não haverá estouro do limite de R$ 138 milhões anuais previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O valor será investido para pagar parte da taxa à Liberty Media para a realização da prova.

Situação do Vietnã abre possibilidade para substitutas em 2021

A edição inaugural do GP, que seria realizado nas ruas da capital Hanói, não consta no calendário, com fontes indicando que a prova foi descartada devido à questões políticas que envolvem a corrida.

A situação da Covid-19 no país não tem relação com o caso, já que o Vietnã registra um número baixo de casos em comparação com outros locais que a F1 deve visitar em 2021. Na verdade, a decisão foi tomada com base na prisão de um dos principais nomes da organização da etapa, acusado de corrupção em agosto deste ano.

Nguyen Duc Chung, presidente do Comitê de Pessoas de Hanói foi preso por suposta apropriação de documentos que continham segredos estatais, sem relação com o GP. Mas como ele foi uma pessoa essencial na construção do acordo com a F1, criou um impacto na etapa.

Segundo anunciado pela BBC Sport, as conversas seguem para a realização da etapa em 2022, mas a situação de Chung, além de uma visão do governo local de focar em outros assuntos, torna as chances baixas.

Ainda segundo a publicação, a F1 considera ocupar esse espaço com uma prova em solo europeu, iniciando a caminhada no continente antes mesmo do GP da Espanha. E três pistas são vistas como potenciais candidatas: Istambul, Ímola e Portimão.

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