F1: FIA insiste que não barrou plano de seis corridas sprint por dinheiro

Segundo Sulayem, sua decisão de se abster do voto se deu simplesmente por querer entender como isso impactaria o trabalho da FIA

Charles Leclerc, Ferrari F1-75, the field away at the start

Charles Leclerc, Ferrari F1-75, the field away at the start

Steven Tee / Motorsport Images

A Fórmula 1 previa expandir o número de corridas sprint em 2022, de três para seis, mas acabou vendo seu plano sendo barrado pela FIA. E o presidente da Federação, Mohammed ben Sulayem, insiste que a manobra não foi sobre dinheiro, como veiculado em rumores recentes.

O caso aconteceu em uma reunião da Comissão da F1 no último mês, onde a Liberty Media e as equipes tinham um acordo sobre a expansão das corridas de sábado. Porém, os planos não foram adiante após Sulayem afirmar que gostaria de mais tempo para considerar o impacto que os eventos extras teriam no trabalho da FIA nos finais de semana.

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Seu posicionamento, em meio a sugestões de que a FIA enfrentaria aumento de gastos por conta das mudanças, levaram a pessoas de dentro da reunião a sugerirem que o posicionamento era simplesmente 'ganância'.

Isso vem em um momento em que o novo presidente está tentando equilibrar o lado financeiro da FIA, buscando resolver as grandes perdas sofridas pela instituição. Mas falando sobre o assunto pela primeira vez, Sulayem negou que a decisão tenha sido tomada por esperar mais dinheiro para a FIA.

"Eu não pedi por mais dinheiro, mas se tivesse teria usado do modo correto, investindo na regulação ideal do esporte", disse ao Daily Mail. "Dizemos que a F1 é o pináculo, e é, então nós na FIA precisamos de recursos para governar os lados técnico e financeiro de um esporte bilionário de modo a respeitar isso. Precisamos de capacidade para observar esses padrões".

FIA president Mohammed ben Sulayem

FIA president Mohammed ben Sulayem

Photo by: Andy Hone / Motorsport Images

"Falando especificamente sobre as sprints, eu tenho que ver se minha equipe in loco pode absorver a carga extra que essas corridas trazem. Após Abu Dhabi [2021], as pessoas falaram que deveríamos mudar isso ou aquilo".

"Então não entendo porque, de repente, temos que pedir mais da FIA. Um incidente acontece no futuro, envolvendo um safety car, e aí? Precisamos olhar para tudo e tomar uma decisão sensata. Nos deixe resolver nossa operação. Vamos resolver isso".

Sulayem sugeriu que estaria mais do que feliz em aprovar a expansão das sprints, se a FIA decidir que não existam pontos negativos.

"Eu apoio as corridas se for o certo a ser feito. Não estou dizendo que é errado. Estou dizendo que há tempo para decidir. Isso é para 2023, não agora. Nossa casa não está pegando fogo".

"Temos uma democracia. A F1 tem um voto, as equipes têm um voto, eu tenho um voto. Se você me diz que eu não posso me abster ou tomar tempo para estudar as propostas, então você não está me dando a liberdade da democracia".

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