F1: Red Bull está pronta para protestar contra asa traseira da Mercedes

Chefes das equipes rivais na luta pelo título dividiram a coletiva da FIA nesta sexta-feira, em uma sessão tensa

Mercedes W12 rear wing detail

Foto de: Giorgio Piola

O chefe da Red Bull, Christian Horner, reiterou suas suspeitas de que a Mercedes esteja se beneficiando de um truque na asa traseira para aumentar a velocidade de reta na temporada 2021 da Fórmula 1. O britânico deixou claro que entrará com um protesto nessa reta final se acreditar que exista de fato alguma ilegalidade.

Em uma coletiva de imprensa tensa que colocou Horner lado a lado de Toto Wolff, o chefe da Red Bull também fez referência a "marcas de pontuação" que sua equipe observou na asa traseira do W12, deixando implícito que havia uma movimentação ilegal.

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Horner já havia sugerido no Brasil que a Mercedes tinha uma velocidade de reta incomum, que ajudou Lewis Hamilton a se recuperar para vencer a prova.

Ele também sugeriu que a Red Bull está mais preocupada com as provas na Arábia Saudita e de Abu Dhabi, onde o baixo arrasto e a performance nas retas são mais importantes.

"Se eu protestaria?", disse Horner. "Absolutamente. Se acreditamos que o carro não segue o regulamento, vamos protestar. A velocidade de reta que vimos no México e no Brasil, todos viram no Brasil que não é algo normal".

"E sim um novo motor da Mercedes que trouxe um aumento de performance. Mas quando a diferença é de 27 km/h, e você vê as marcas na placa da asa traseira... É muito claro para nós o que está acontecendo. Então, claro, digo que depende da FIA dizer se é legal ou não. Se não for, você protesta se acha que o rival não cumpre as regras".

"Vamos seguir a situação. Dependerá do que acontece neste fim de semana. Vamos fazer uma análise. Não é apenas aplicado aqui, porque é pertinente as duas próximas provas".

"Sei que a Mercedes prestou muita atenção em nosso carro ao longo do ano e obviamente fazemos o mesmo. Os riscos são altos, há muito em jogo. E, como disse, queremos garantir que tudo seja nivelado".

Wolff voltou a insistir que não está preocupado com a legalidade do W12.

"Sempre disse que é assim que se luta, você tenta impedir que o competidor tenha uma vantagem. Se você tem algum ceticismo, porque alguém te disse algo, e você acredita que esse seja o motivo de uma vantagem, corra atrás".

"Acho que essa asa em particular foi revisada pela FIA umas 14 vezes, eles têm todos os desenhos. Não há nada que a Red Bull espera lá. Então ficaremos felizes em mandar, cortar, podemos enviar uma para Milton Keynes [sede da Red Bull]".

Horner questionou Wolff diretamente: "Então como você explica as marcas na asa traseira?". O austríaco respondeu: "Acredito que esteja dentro do permitido. Portanto, é ok".

A discussão já estava quente no momento em que a potencial ilegalidade surgiu.

"Acho que ninguém apareceria na pista com um motor ou uma asa traseira ilegal", disse Wolff. "O mundo é transparente demais para isso. E você ficaria irritado se tomar decisões que são ilegais em uma equipe com visibilidade tão grande".

"O nosso carro cumpre o regulamento?", disse Horner. "Absolutamente. Temos preocupações com a velocidade de reta da Mercedes que vemos desde Budapeste? Eles tem sido incríveis nas últimas corridas, sem dúvidas".

"Esperamos que a FIA faça um escrutínio, policie o esporte para garantir que todos os carros sigam o regulamento? É um documento complexo. Então dependemos muito da FIA para garantir que tudo seja ridiculamente justo".

"Porque o que queremos nas provas finais é uma luta justa, independente de quem vencer no final, isso não deve acontecer na sala dos comissários, nem no tribunal, precisa acontecer na pista. E queremos garantir que nas últimas provas, os carros sejam ridiculamente policiados, cumprindo o regulamento, porque há muito em jogo".

Wolff confirmou ainda que a asa traseira que levou à exclusão de Hamilton da classificação no Brasil também foi devolvida à Mercedes e já foi examinda.

"Sobre a asa, sim, a temos de volta. E como pensávamos, estava quebrada. Ela quebrou na classificação. Não passamos no teste de 85mm no lado direito. Passamos na esquerda, no meio, mas não na direita por uma fração. E tudo bem".

"Não podíamos inspecionar para argumentar sobre a quebra. E, consequentemente, descobrimos que dois parafusos se soltaram na classificação. E isso causou a irregularidade".

"E provavelmente foi importante no tempo de volta, mas as coisas são assim. Foi repassado aos comissários, e foi lidado de modo diferente do que no passado. com os outros podendo resolver coisas quebradas no parque fechado".

"Mas seguimos em frente, já foi e nos demos bem. Torcia apenas por mais pontos na Sprint. Mas isso é passado. Faremos o nosso melhor no GP atual e nos próximos".

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