F1: Ricciardo revela impacto da saudade de casa em seu emocional na última temporada

Australiano disse que não ter o "escape" de amigos e família para "desligar" da categoria desencadeou momentos depressivos e de de mau humor

Daniel Ricciardo, McLaren

Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images

Daniel Ricciardo acredita que as emoções humanas, como a saudade de casa, são frequentemente negligenciadas na Fórmula 1 depois de se abrir sobre suas dificuldades no início de 2021. O australiano passou por uma primeira metade de temporada difícil depois de se juntar à McLaren, já que Lando Norris marcou mais que o dobro de pontos que seu companheiro de equipe mais experiente antes da pausa de agosto.

Desde então, ele classificou o semestre inicial como “quase risível” antes de se recuperar com uma vitória dominante no GP da Itália em Monza, a primeira da escuderia britânica desde 2012.

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Um dos desafios que Ricciardo enfrentou foi não poder ver sua família e amigos em casa na Austrália devido às rígidas restrições de viagem do país devido à pandemia de Covid-19. Ele revelou antes da última corrida da temporada que voltaria à Austrália durante o inverno [europeu], mesmo que tivesse que ficar em quarentena e "olhar para o teto de um quarto de hotel por duas semanas", não vendo seus pais desde junho de 2020.

Refletindo sobre sua temporada em uma entrevista de final de ano para a imprensa, incluindo o Motorsport.com, o australiano explicou como a incapacidade de ver a família ou amigos de seu país se tornou "provavelmente a primeira vez que sentiu saudades de casa".

“Parece drama, mas definitivamente senti falta dos familiares e outras coisas", disse Ricciardo. "Normalmente, temos a opção de, se eu quisesse a mãe e o pai, dizer: 'gente, eu vou comprar sua passagem de avião, peguem e venham'. Então, a capacidade de não ser capaz de fazer isso também foi frustrante, porque está fora do nosso controle."

Questionado se ele achava que o elemento humano que enfrenta os pilotos de F1 era negligenciado às vezes, Ricciardo disse: "Sim, parece. Eu acho que com qualquer um no centro das atenções ou qualquer um na TV, às vezes eles não são vistos como pessoas reais".

"É como se pudéssemos fazer qualquer coisa. Como se não ficássemos tristes ou emotivos, mas como vocês sabem, sentimos. Viajamos tanto que você sentimos falta dos entes queridos. Então, ter isso vezes dez é complicado."

"Eu não diria que isso me afeta no ato de pilotar, mas quando não vou bem, definitivamente tem um efeito, porque tudo que você quer é um pouco desse apoio e amor familiar, e você também pode se sentir muito solitário. Há elementos que acho que teriam ajudado, se estivessem aqui, a sair de um mau humor ou de um momento de depressão um pouco mais rápido."

Daniel Ricciardo, McLaren

Daniel Ricciardo, McLaren

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Ricciardo estava relutante em atribuir seu começo difícil no ano passado às saudades de sua família, mas ele disse que isso "tornou a situação um pouco mais complicada".

"Com qualquer coisa, para ter um bom desempenho, você também precisa estar em um bom ambiente", comentou. "Portanto, sua vida externa precisa estar indo bem, seus relacionamentos, tudo reflete no seu treinamento, energia e humor."

"Estou acostumado a não ter [a família] por perto, mas novamente, por tanto tempo e sem tê-los para desligar de tudo, passar um fim de semana, ver uns amigos, ou ir aonde quer que seja, sem pensar na F1... eu não tive isso."

"Isso tornou a rotina da primeira metade do ano apenas mais desgastante. Então sim, eu acho que foi mais difícil para mim manter energia e positividade e todo esse tipo de coisa. Ainda encontrei uma maneira, mas tive que trabalhar muito mais. E eu acho que isso foi desgastante por si só."

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