F1: Vantagem de Giovinazzi pela vaga da Haas está na experiência e apoio da Ferrari, diz jornalista italiano

Roberto Chinchero, do Motorsport Itália, falou sobre a disputa entre Giovinazzi e Fittipaldi pela vaga de Mazepin na Haas

Antonio Giovinazzi, Ferrari

Foto de: Carl Bingham / Motorsport Images

Antonio Giovinazzi é um dos principais candidatos à vaga deixada por Nikita Mazepin na Haas, tendo a competição do brasileiro Pietro Fittipaldi. E apesar da torcida brasileira a favor de Fittipaldi, alguns fatores fazem a ‘candidatura’ do italiano se destacarem, em particular o fato de já ter uma longa experiência na Fórmula 1, além do forte apoio da Ferrari.

Após a Alfa Romeo anunciar no ano passado que Giovinazzi não seguiria com a equipe em 2022, o italiano assinou com a Dragon na Fórmula E, correndo ao lado de Sérgio Sette Câmara, mas seguiu tendo uma ligação com a F1 sendo piloto reserva da Ferrari.

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E com a forte ligação da Haas com a Ferrari, seu nome rapidamente surgiu como candidato à substituir Mazepin, que teve seu contrato com a equipe americana encerrado no último sábado como consequência da invasão russa à Ucrânia.

Em conversa com o Motorsport.com, o repórter da edição italiana do MS, Roberto Chinchero, falou sobre a situação da Haas e como Giovinazzi entrou nessa disputa. Para Chinchero, a equipe americana se encontra em uma situação complicada, já que vive uma perda financeira substancial com a saída de Mazepin e sem a perspectiva de ter alguém que possa repor isso.

“A Haas precisa encontrar o meio termo ideal no pouco tempo disponível”, disse Chinchero. “A rescisão do contrato com Mazepin trouxe uma perda significativa de renda, então a decisão sobre a escolha do piloto será tomada em conjunto com um novo plano de negócios”.

Chinchero acredita ainda que a situação incomum da Haas deve criar um cenário em que mais de um piloto guie pela equipe neste começo de ano.

“No momento, o mercado não oferece pilotos com superlicença de F1 e um forte apoio financeiro, então não será fácil para a Haas combinar todas essas necessidades”.

“Não ficaria surpreso em ver um piloto competindo nos GPs do Bahrein e da Arábia Saudita e o definitivo começando a partir da Austrália. Isso deve dar à equipe mais tempo para tomar a decisão definitiva”.

Segundo apurado pelo Motorsport.com, Pietro precisa levantar 15 milhões de euros (aproximadamente R$83 milhões) para ficar com a vaga. Para Chinchero, Giovinazzi não levava tudo isso para a Alfa Romeo, devido a um acordo entre a Ferrari e a equipe, e isso, além de outro fator crucial, tornam a situação difícil para o italiano também.

“Até 2021, havia um acordo entre Alfa Romeo e Ferrari que dava à Ferrari a possibilidade de escolher um piloto para uma das vagas. Os detalhes do acordo são desconhecidos, mas havia rumores no paddock sobre isso render um desconto no valor das unidades de potência”.

“Não acho que nem a Ferrari, nem Giovinazzi, possam garantir esse valor hoje [15 milhões de euros]. A temporada 2022 já começou, os orçamentos foram definidos no ano passado e não acho que seja possível encontrar um orçamento extra nesta altura”.

Mas o ponto forte de Giovinazzi para a vaga da Haas não está no lado financeiro segundo Chinchero. Para o jornalista, o estreitamento recente da ligação da equipe com a Ferrari e a experiência do italiano podem pesar a seu favor.

“Há dois lados que apoiam a candidatura de Giovinazzi: um é o relacionamento entre Haas e Ferrari, que cresceu em 2022 com uma colaboração técnica maior, confirmada pela chegada do novo diretor técnico [da Haas] Simone Resta”.

“O outro é o fato de Antonio ser um piloto que correu nas últimas três temporadas, então ele ganhou experiência, conhece a Fórmula 1, e se o carro for competitivo, poderá garantir à equipe um valor adicional”.

“No caso de Pietro, ele precisará de algum tempo para se familiarizar com um novo contexto, algo natural. Após um 2021 em que a Haas contou com dois novatos, temos que ver se a equipe ainda quer um novato na equipe”.

Na Itália, o clima é de otimismo pela contratação de Giovinazzi, o que representaria a manutenção do país no grid. Mas nada é tratado como certo ainda.

“Há uma confiança grande, porque após o fim da história entre Antonio e a Alfa Romeo, a Ferrari anunciou que seguiria apoiando Giovinazzi, e isso sugere que Maranello tentará apoiá-lo junto à Haas”.

“Obviamente, todos sabem que a Haas analisará o acordo considerando outros lados, como o financeiro. Portanto, há otimismo, mas não é certo que o acordo será fechado”.

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