F1 - Wolff dá pistas sobre motores de 2025: Combustíveis sustentáveis e componente elétrico "massivamente aumentado"

Chefe da Mercedes falou durante evento da FIA sobre características gerais da nova geração de unidades de potência da F1

Valtteri Bottas, Mercedes W12

Foto de: Jerry Andre / Motorsport Images

No último final de semana, a Fórmula 1 deu os primeiros passos para a definição da nova era de motores da categoria, prevista para ser introduzida em 2025. E segundo sugerido por Toto Wolff, as novas unidades de potência, que serão bastante revisadas em comparação com as atuais, devem contar com um componente elétrico "massivamente aumentado".

No sábado, foi feita uma reunião entre F1, FIA, as principais montadoras da categoria, Mercedes, Ferrari e Renault, a Red Bull, que passará a produzir motores em 2022, além de Audi e Porsche, para iniciar as discussões do novo conceito de motores.

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E enquanto as especificidades devem ser definidas apenas em alguns meses, o chefe da Mercedes disse que a F1 faz o certo ao manter as unidades de potência turbo híbridas que consomem apenas combustíveis sustentáveis.

Falando durante a Conferência da FIA em Mônaco nesta segunda (05), Wolff disse que há um consenso entre as partes de que a F1 não deve voltar aos barulhentos motores a combustão.

"A discussão girou em torno de 'o que vamos fazer no futuro em termos de motores', porque queremos economizar e não reinventar a roda. Mas também queremos um motor que seja relevante entre 2025 e 2030, e não podemos ser os velhos cabeça de petróleo com motores gritantes quando todos esperam que sigamos um caminho mais elétrico".

"Os motores seguirão usando combustíveis. Vamos seguir com o modelo V6 atual, mas o componente elétrico será massivamente aumentado".

As unidades de potência atuais da F1 contam com o MGU-K (Motor elétrico de energia cinética) e o MGU-H (Motor elétrico que também funciona como gerador), mas há sugestões de que o último possa ser removido devido ao seu alto custo e complexidade. Isso abrira a porta para um componente cinético mais potente.

Um dos componentes centrais da nova geração de motores híbridos será o uso de combustíveis sustentáveis, o que as montadoras acreditam que será um caminho importante para que os carros sigam usando motores a combustão por muitos anos.

Wolff acrescentou: "Estamos seguindo com o motor de combustão interna porque acreditamos que o combustível seguirá conosco por muito tempo".

"Na Europa, talvez tenhamos os objetivos ambiciosos de atingir a mobilidade elétrica como parte de nosso dia a dia até 2030, e posso ver o quão ambicioso esse objetivo é através da Mercedes, mas, ao redor do mundo, ainda teremos milhões de veículos usando combustível".

"Falando apenas dos carros da Mercedes, acreditamos que teremos milhões de veículos no mundo ainda com motores a combustão. Então o que podemos fazer é contribuir com nossa inovação, ajudando a desenvolver combustíveis sustentáveis, seja biocombustíveis ou sintéticos".

"Nossos carros chegarão a marca de 100% de combustíveis sustentáveis até 2025 e é assim que vamos contribuir para a redução das emissões de CO2 pelo mundo".

Wolff disse ainda que há uma crescente evidência de que a inovação da F1 em buscar soluções sustentáveis e levar adiante esta tecnologia tem relação com a atração de uma geração mais jovem de fãs.

"Se você olhar para a F1 hoje e as grandes audiências que nos seguem, especialmente as mais jovens, nosso grupo de crescimento mais forte é o de 15 a 35 anos".

"Eu estava na Áustria no final de semana. Na pista não foi tão bem, mas foi impressionante ver a casa cheia. Tivemos 115 mil espectadores. E o que vi é um público mais jovem, como nunca tinha visto na Fórmula 1".

"E eu acredito que, para esse público mais jovem, a Fórmula 1, e fizemos uma pesquisa sobre isso, é sinônimo de inovação e tecnologia de ponta. Talvez estejamos um pouco distante dos 'gladiadores. Então não podemos nos esquecer nunca que inovação e tecnologia de ponta é parte de nosso DNA".

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