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Hamilton fala de idolatria a Nelson Mandela e diz que quer trabalhar pela “diversidade no esporte”

Hexacampeão mundial levantou a bandeira sobre uma maior diversidade no esporte a motor e se colocou à disposição de FIA e F1 para projetos em que o automobilismo se torne mais acessível na base

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1

Foto de: Mercedes AMG

Lewis Hamilton já está em São Paulo, visando o GP do Brasil de F1, que acontece neste domingo em Interlagos. Mas antes de colocar sua vitoriosa Mercedes na pista, o inglês esteve em um evento na capital paulista, em que atendeu diversos jornalistas e falou dos mais variados assuntos.

Antes de comentar a possibilidade de desmatamento na região em que poderá ter o autódromo do Rio de Janeiro, em Deodoro, Hamilton comentou sobre uma das questões mais em voga no meio esportivo: o racismo.

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“Não trabalho para ter reconhecimento”, disse Hamilton. “Me sinto afortunado por fazer o que amo. Tenho sorte de representar meu país pelo mundo e por ter apoio de outras nações, mas não me importo se seria diferente se eu fosse branco. É uma nova era e todos os indivíduos têm que ser respeitados em suas particularidades.”

“Acho que sempre foi um problema”, se referindo à falta de diversidade no esporte. “O que me alegra é que tenho uma família miscigenada. A grande questão é que, a cada ano, esse esporte fica cada vez mais caro. Para uma família de classe trabalhadora, não há como ingressar nesse esporte, o que indica que ele está na direção errada.”

Além de Senna, Hamilton também revelou outra figura importante como ídolo, desta vez fora do esporte.

“Mandela também é um ídolo para mim e é uma grande inspiração. Li seus livros e é impressionante as dificuldades que ele superou para liderar uma nação. Meu sonho sempre foi fazer algo parecido com ele. Se eu puder ajudar uma criança, já estarei no caminho certo. Não sou perfeito e cometo erros, como todos, mas tento tomar boas decisões para o futuro. O que é exatamente, ainda estou descobrindo, mas quero ter um impacto bom para o futuro.”

“Quero mais diversidade para meu esporte e espero que eu e minha família estejamos desempenhando um papel importante nisso.”

“Quero estar envolvido com FIA e F1 para mudar e fazer com que fique mais acessível na base. Tem que ser mais como o futebol, por exemplo, no qual as crianças jogam bola na rua. A maioria das crianças não vai chegar na F1.”

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Confira 11 nomes marcantes na vida e carreira de Lewis Hamilton:

Ayrton Senna: Hamilton não cansa de exaltar a idolatria pelo piloto brasileiro. Mesmo após a conquista do hexa no último domingo, ele voltou seus pensamentos à infância, de quando sua madrasta o acordava para assistir as provas com o pai, acompanhado de um sanduíche de bacon.
Além disso, o capacete que o piloto usou em boa parte da carreira era uma homenagem direta a Senna. Outra passagem importante, foi quando Hamilton igualou o brasileiro no número de poles (65) no GP do Canadá de 2017, recebendo um dos cascos de Senna, cedido pela família.
Nicole Scherzinger: Líder do grupo Pussycat Dolls, NIcole Scherzinger foi namorada de Hamilton mais 'pop', começando um relacionamento após MTV Europe Music Awards de 2007 e que durou até 2015.
No fatídico GP do Brasil de 2008, ela era uma das principais personagens que viveu o carrossel de emoções com a indefinição do primeiro, dos seis títulos.
Ron Dennis: Hamilton assinou contrato com o programa de jovens pilotos da McLaren em 1998, depois de abordar o chefe da equipe, Ron Dennis, em uma cerimônia de premiação três anos antes e prever:
Ele estreou na Fórmula 1 12 anos após seu primeiro encontro com Dennis, guiando para a McLaren em 2007 e conquistando o campeonato mundial no ano seguinte.
Anthony Hamilton (pai): Certamente o maior propulsor da carreira de Hamilton, desde os oitos anos, quando o piloto começou sua vida profissional no kart. Anthony foi também empresário de Lewis até boa parte da passagem do piloto na F1. Ambos se desentenderam em 2010, com os dois deixando de ter contato de maneira profissional e pessoal.
Aos poucos, o relacionamento entre eles voltou ao normal, com a família reunida no último natal, além da presença in loco no GP dos Estados Unidos para ver o hexa (foto) do filho, no domingo em Austin.
Carmen Larbalestier (mãe biológica): Hamilton viveu com sua mãe biológica até os 12 anos de idade, quando foi morar com o pai e a madrasta, Linda, além do meio irmão Nic.
Menos presente no paddock da F1, em comparação ao pai, Carmen acompanhou momentos especiais do piloto, como em 2008, no GP da China, poucas semanas antes de conquistar seu primeiro título, no tetra no GP do México em 2017, além de também marcar presença em Austin no domingo.
Martin Whitmarsh: Chefe de operações da McLaren, foi figura importante no primeiro título de Hamilton, em 2008, já que Ron Dennis ainda se via com problemas após o famoso caso do Spygate, no ano anterior.
Em 2012, Whitmarsch não engoliu bem a decisão de Hamilton de deixar a McLaren para uma nova jornada na Mercedes, dizendo que seria “um erro”.
Fernando Alonso: O primeiro e certamente um dos rivais mais ‘pesados’ que Hamilton teve em sua carreira na F1. No ano de estreia, Alonso vinha para a McLaren com a pompa de bicampeão mundial e se incomodou com a ousadia de um novato de desafiar seu reinado. A explosão veio no polêmico quali do GP da Hungria, quando Alonso atrapalhou a volta decisiva de Hamilton.
O clima ruim no time fez com que o espanhol voltasse à Renault no ano seguinte e o respeito tomou conta entre os dois com o passar dos anos, de maneira gradual, principalmente quando Alonso definiu pela sua saída da F1 no ano passado, com o inglês afirmando que o antigo rival era “o melhor piloto com quen correu contra”
Nico Rosberg: Quando Hamilton se juntou à Mercedes em 2013, ele seria colega do seu antigo companheiro de equipe de kart e amigo, Nico Rosberg.
Durante quatro temporadas, período de domínio da Mercedes na Fórmula 1, o relacionamento ficou tenso e, às vezes, levou a confrontos dentro e fora da pista. Desde o início da era híbrida da F1, com ambos do mesmo lado, Hamilton venceu dois mundiais, enquanto que Rosberg levou o campeonato de 2016.
Niki lauda: O tricampeão mundial trabalhou com Hamilton por sete anos, quando ocupou o cargo de vice-presidente não-executivo da Mercedes. Hamilton atribui a sua ida ao time alemão à lenda austríaca, que morreu em maio deste ano.
Após a partida de Lauda, Hamilton publicou a seguinte mensagem:
Simon Fuller – Sem o pai como empresário, Hamilton passou a ter o auxílio da XIX Entertainment, de Simon Fuller, que criou a franquia de programas como American Idol e tinha sob administração as carreiras de David e Victoria Beckham, Annie Lennox, S Club 7, Steven Tyler, Andy Murray, Amy Winehouse, Carrie Underwood, Kelly Clarkson, Lisa Marie Presley, entre outros.
Nic Hamilton (irmão): Irmão mais novo de Lewis, Nicolas vem superando as consequências de uma paralisia cerebral por conta de um nascimento prematuro. Mesmo com dificuldades de locomoção, Nic teve auxílio de cadeira de rodas até o início da fase adulta e também se tornou piloto, utilizando um carro adaptado em categorias de turismo inglesa.
Hoje, ele mora sozinho, tem uma vida autônoma e faz questão de exaltar que não depende do irmão famoso para viver, que sempre repete que Nic é uma inspiração para ele.
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