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McLaren: plano da Liberty pode evitar cenário "devastador" para F1

Para Zak Brown, as consequências financeiras de não correr em 2020 seriam devastadoras para a F1, por isso, ele defende o atual plano da Liberty

Lewis Hamilton, Mercedes F1 W11 EQ Power+, leads Carlos Sainz, McLaren MCL35

Foto de: Mark Sutton / Motorsport Images

A temporada 2020 da Fórmula 1 está atualmente em hiato devido à pandemia da Covid-19, que afetou as nove primeiras etapas de 2020. No momento, a primeira corrida da temporada de 2020 é o GP da França, mas a categoria já mira a etapa seguinte, na Áustria para iniciar a temporada, em um novo plano da Liberty para iniciar a temporada, e que tem o apoio de boa parte do grid, como o CEO da McLaren, Zak Brown.

Na semana passada, o CEO da F1, Chase Carey, explicou melhor a ideia da categoria para iniciar a temporada em julho. Seriam duas corridas com portões fechados na Áustria, seguido de mais duas provas em Silverstone.

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Brown espera que a F1 possa iniciar a temporada logo que seja seguro, porque ele teme as consequência de não haver corridas em 2020.

"Acho que o esporte sempre foi um bom remédio ao redor do mundo", disse Brown. "Então eu acho que o apetite pela F1, com portões abertos ou fechados, e pelos esportes em geral, será incrível".

"Mas, se não tivermos F1 esse ano, acho que as consequências financeiras para as equipes e a F1 serão devastadoras, assim como acho que seria para qualquer indústria, caso seja necessário ficar fechado pelo ano inteiro".

Brown afirmou que o maior problema para as equipes será a renda vinda dos direitos comerciais - cerca de um bilhão de dólares no total - que seria reduzida para zero, caso seja um ano sem corridas.

"Acho que vocês sabem que é um grande número - cerca de um bilhão de dólares que é dividido entre as equipes", disse. "E se isso sumisse, é um grande valor que nós dependemos. Então, se isso desaparecesse ou fosse reduzido, o que aconteceria sem corridas, todos precisaríamos encontrar soluções para resolver esse problema".

Brown acredita que a ideia de realizar múltiplos GPs em um mesmo lugar é "sensata", e que fazer os eventos sem público é o correto.

"Acho que o plano que Chase dividiu com nós, que é um trabalho em andamento, parece ser algo sensato", explicou. "Acho que correr sem público, mesmo que apenas a curto prazo, é o modo mais realista de começar a temporada".

"Se alguém pensou que iríamos para os GPs da Áustria e da Grã-Bretanha com 100 mil pessoas, essa pessoa é muito inocente. O plano não toca nisso. Assim, parece ser algo realista. Ele está falando com diversos governos, então estou otimista".

Mas Brown afirmou que o surgimento de uma segunda onde de infectados no Japão e em Singapura significa que a incerteza continua.

"Eu diria que estamos andando sobre cascas de ovos, mas é um plano sensato que ele tem, então continuo otimista", concluiu.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento
No início de abril, a MotoGP confirmou também o adiamento dos GPs da Itália e da Catalunha, dois dos países mais afetados pela pandemia, além do GP da Alemanha
A MotoGP também precisou adiar o GP da Holanda devido às restrições do governo local. A visão mais otimista da Dorna Sports coloca o início da temporada na República Tcheca em agosto. O GP da Finlândia, em 12 de julho, é dúvida porque o novo circuito ainda não foi aprovado pela Federação
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram adiados.
Em abril, a Fórmula E confirmou a extensão da paralisação do campeonato até o final de junho e o adiamento do ePrix de Berlim. As provas de Nova York e Londres se tornaram dúvidas
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado
O GP do Canadá também teve seu adiamento confirmado no início de abril. Agora, o GP da França é o primeiro do calendário, e está marcado para 28 de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar e aumentar, as férias de verão, indo de 14 para 35 dias
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada e o WEC revisou seu calendário, jogando o final da temporada para novembro de 2020, com a próxima temporada iniciando apenas a partir de março de 2021
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato começa no dia 6 de junho, no Texas. O circuito misto do Indianápolis Motor Speedway abrigará duas corridas, a primeira no dia 4 de julho e a segunda em 3 de outubro. Laguna Seca também ganhou uma rodada dupla e St. Pete deve fechar a temporada, ainda sem data
As 500 Milhas de Indianápolis será no dia 23 de agosto.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas a categoria espera retomar as atividades no final de maio
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
Uma saída encontrada pelos campeonatos durante esse período de paralisações foi a realização de eventos virtuais. Fórmula 1, Indy, NASCAR, MotoGP, entre outros, estão organizando campeonatos para animar os fãs nesse período de quarentena
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