Por que o GP da Alemanha de 2019 ficará na história da Fórmula 1

Vitória de Verstappen, show de Vettel, pódio de Kvyat, erros da Mercedes, batidas de Bottas e Leclerc e ultrapassagens fizeram da corrida um verdadeiro espetáculo

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10, takes to the gravel at the same corner in which Charles Leclerc, Ferrari SF90, finished his race

Foto de: Jerry Andre / Motorsport Images

Depois de duras críticas por causa do GP da França, a Fórmula 1 se reconciliou com seus fãs nas últimas etapas. As corridas de Áustria e Grã-Bretanha foram agitadas e animaram o público, mas a prova da Alemanha teve de tudo no último domingo: ultrapassagens, batidas, rodadas, zebras e, principalmente, a chuva, que deu o tom da disputa em Hockenheim, marcada por 'curva da morte' e vários safety cars.

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Tendo tudo isso em vista, o GP da Alemanha se postula como uma das principais corridas da categoria máxima do automobilismo nos últimos anos. Bom para Max Verstappen, que sobreviveu ao 'caos' germânico para vencer pela segunda vez na temporada 2019.

Já Sebastian Vettel afastou a crise e fez grande recuperação com a Ferrari para chegar em segundo em frente à torcida de seu país. E o último integrante do pódio alcançou feito igualmente marcante: ao chegar em terceiro após o nascimento de sua bebê com a filha de Nelson Piquet, Daniil Kvyat levou a Toro Rosso ao segundo pódio de sua história na F1.

Como se não bastasse a zebra no top-3, houve surpresa até no outro extremo da zona de pontuação: em resultado absolutamente improvável, Robert Kubica viveu o melhor retorno desde seu retorno à categoria e conquistou o primeiro ponto da Williams no ano, herdando o 10º lugar graças às punições à Alfa Romeo.

E com a chuva, não poderiam faltar acidentes na primeira corrida no molhado em 2019. Os mais destacados foram os de Charles Leclerc e Nico Hulkenberg na 'curva da morte' - emulando o GP do Brasil de 2003 -, além de batidas de Nico Hulkenberg e até mesmo de Lewis Hamilton, abatido por amidalite. Por esses e outros motivos, o GP da Alemanha ficará marcado na história da F1, como mostra a galeria abaixo:

Sob chuva, a corrida precisou de quatro voltas de formação até que o safety car saísse da pista para a largada parada
Assim como no GP da Áustria, Verstappen largou mal e perdeu posições, caindo para quarto, atrás de Kimi Raikkonen
As Ferraris largaram muito bem: Vettel saiu de 20º para 14º e Leclerc saiu de 10º para 6º
Logo na segunda volta, o primeiro safety car: Sergio Pérez rodou e bateu com a Racing Point, prenunciando outros acidentes
Na volta 22, após muito dilema em relação à pista secando, veio a primeira aposta: Kevin Magnussen colocou pneu macio e abriu a janela de trocas para compostos 'de seco'
Verstappen também arriscou com os médios, mas rodou depois de sair dos boxes e voltou para os intermediários
Algumas voltas depois, foi a vez de Leclerc: ele colocou os pneus macios, mas a aposta foi em vão, como se vê na escapada acima
Escorregou...
escorregou...
e bateu.
Tristeza para Leclerc, que brigava pelo pódio
Hamilton seguiu os passos do monegasco, mas teve mais sorte
Hamilton escorregou...
escorregou...
e...
bateu.
O inglês quebrou a asa dianteira
Ele ainda conseguiu voltar à corrida
Atravessou a pista
E entrou nos pits pelo lugar errado. A infração rendeu gancho, que acabou não fazendo diferença. Mas a batida fez: Hamilton liderava, mas caiu para o meio do bolo
Na parada, a Mercedes se atrapalhou completamente e fez Hamilton perder muito tempo. Cena rara de se ver na equipe prata, que levou 50s3 para trocar o bico e os pneus
Nico Hulkenberg teve um destino mais triste e sucumbiu à chuva na corrida de seu país
Hulk teve seu fim na mesma curva que Leclerc
O carro da Renault escorregou...
e...
Tristeza para o alemão
O safety car de Hulk 'estabilizou' a prova por um tempo, mas não muito tempo: seis voltas depois, Lance Stroll voltou às apostas e colocou pneus macios. A troca se mostrou certa e todos repetiram, promovendo Stroll a uma breve liderança. Kvyat seguiu a tônica e foi rápido para aparecer à frente
Hamilton demorou, mas voltou aos pneus slick, só que voltou a errar: rodou novamente, mas não bateu. Desta vez, porém, o prejuízo foi maior, com o inglês caindo para último e tendo que remar de volta
No fim da prova, mais uma decepção para a Mercedes: em perseguição a Stroll, Bottas errou e bateu na curva 1, abandonando a corrida
Quem aproveitou foi Sebastian Vettel, que apareceu no fim em grande corrida de recuperação para chegar em segundo, ultrapassando Kvyat e Stroll para delírio da torcida
Verstappen venceu de forma triunfal
Sétima vitória do holandês, único a quebrar a hegemonia da Mercedes na temporada
Delírio da torcida do piloto, que 'invadiu' Hockenheim
Vettel saiu de último para chegar em segundo em seu país
Vettel com Kvyat, que levou a Toro Rosso ao pódio pela segunda vez na história da equipe na F1. A primeira tinha sido justamente com Vettel, que venceu o GP da Itália de 2008
Chefe da Honda e engenheiro da Toro Rosso celebram ida de Kvyat ao pódio
Kvyat comemora com Verstappen, que o 'rebaixou' para a Toro Rosso em 2016
Kvyat e Kelly Piquet tiveram filha no sábado, o que torna o russo genro de Nelson Piquet
Do outro lado da zona de pontuação, Kubica se aproveitou de punição à dupla da Alfa Romeo e conquistou o primeiro ponto da Williams no ano
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