Stock Car: Toyota explica opções por Fittipaldi e Dudu Barrichello e fala de 2021

Em entrevista exclusiva, o gerente de Motorsport da marca, Henry Soares, falou sobre a atual fase dos carros na temporada e os obstáculos ainda impostos pela pandemia

Dudu Barrichello em Cascavel

Foto de: Duda Bairros

A Stock Car Pro Series está na metade da temporada de 2021 e volta a Curitiba neste fim de semana. Na tabela de classificação, o fã mais atento percebe que os carros das equipes da Toyota Gazoo Racing não estão tão presentes no topo como estavam no ano passado. Daniel Serra é o líder, com 197 pontos, seguido de Gabriel Casagrande, com 188. Cesar Ramos, da Ipiranga Racing, é o primeiro representante da marca japonesa, em terceiro, com 162.

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Além disso, os Corollas já dispararam os três “packs” a que têm direito. São atualizações aerodinâmicas previstas em regulamento, caso uma montadora se distancie de outra na pontuação. Os Chevrolets não utilizaram nenhum pacote em 2021, numa situação totalmente oposta à temporada passada.

O Motorsport.com conversou com o gerente de Motorsport da Toyota, Henry Soares, para que ele explicasse esse cenário, mais difícil do que o visto na temporada passada, e se isso preocupa para o restante do ano. O representante da marca comparou as situações, mas viu a segunda metade da temporada com mais otimismo.

“O fato de hoje, um terço do grid ser Toyota e dois terços Chevrolet, a tendência é você ter mais Chevrolets no top-10. Em comparação ao ano passado, até a etapa de Cascavel, nós tínhamos 60% dos 10 primeiros colocados”, disse Henry.

“Como o carro era novo, havia uma questão com superaquecimento, e chegaram à conclusão de que tinham que reduzir a potência deles. Isso resolveu todos os problemas de superaquecimento e gerou uma melhora no desempenho do motor do Chevrolet. Isso, aliado ao segundo pack da Chevrolet, melhorou a performance deles.”

“No começo do ano, tudo foi zerado e, no papel, poderia ser um início mais favorável para a Toyota novamente, porém a categoria fez alguns ajustes aerodinâmicos com os Chevrolets e isso trouxe mais benefícios. Nesse momento, já foram disparados os três packs para a Toyota, vimos um desempenho muito positivo no Velocitta, em Cascavel a Ipiranga acabou acertando, e nas duas de Curitiba entendemos que serão mais favoráveis para nós.”

Henry também explicou que uma pequena mudança, pensada no modelo de rua e aprovada pela categoria, acabou ajudando também no desempenho de pista: “Desde a mudança que fizemos no para-choque, nós tivemos um ganho, não muito representativo, mas muito positivo para a marca, porque isso alinhou com o design do veículo que vendemos.”

“Nós sempre conversamos com a categoria, eles têm todo um relatório de desempenho e que comprova que há uma igualdade entre as duas montadoras. Vamos ver os resultados de Curitiba e quem sabe, podemos pedir para voltar à potência inicial do ano passado. Essa seria a única solução para deixar o campeonato ainda mais equilibrado, uma vez que ainda não foi disparado nenhum pack para a Chevrolet.”

A pandemia ainda não ajuda, mas gera novidades

O lançamento do programa Toyota Gazoo Racing no Brasil visa emular o que já ocorre na Argentina há alguns anos, com um planejamento forte para o automobilismo e, que no final, resulte na melhoria das vendas de veículos de rua. No início do projeto, ainda sem a pandemia, pensava-se em uma integração constante entre os dois países, bem como entre os brasileiros, com o público se aproximando dos pilotos e, consequentemente, da marca. Sobre isso, Henry explicou como a Covid ainda dificulta as ações e que soluções puderam ser encontradas

“Temos o projeto de nos aproximarmos do fã apaixonado pelo motorsport e isso, infelizmente, não estamos conseguindo desenvolver. Não conseguimos convidar as pessoas a participarem das corridas, a realizarmos os eventos, mas, ao mesmo tempo, estamos fortalecendo as nossas redes sociais, junto com nossos pilotos.”

“Estamos planejando realizar o nosso evento, tomando todos os cuidados em relação ao protocolo de segurança, para a realização do Gazoo Racing Day no Brasil em outubro, praticamente junto com a etapa do Velocitta. Estamos tentando tirar esse projeto do papel há um ano, para criar uma experiência ao nosso consumidor, jornalistas, tanto do setor automotivo quanto do motorsport, para criar a experiência de poder dirigir um Corolla ou algum outro carro importado, andar com algum piloto, como o Nelsinho Piquet, o Rubinho.”

A importância de ‘Barrichellos’ e Fittipaldi

Pietro Fittipaldi, Haas F1

Pietro Fittipaldi, Haas F1

Photo by: Andy Hone / Motorsport Images

Com as restrições de viagens entre Brasil e Argentina, Matías Rossi deve perder três etapas do campeonato, a última delas na segunda etapa de Curitiba, que deve ter a volta de Dudu Barrichello ao lado do pai, Rubens, no Dia dos Pais. Além disso, com a estreia de Pietro Fittipaldi no lugar de Tony Kanaan, que estará nos Estados Unidos no mesmo fim de semana por ter compromissos com a Indy.

“Não podemos parar e ficar se lamentando. Com base nessas adversidades, o que vamos buscar? O reconhecimento maior ainda de um projeto novo. Estamos aí com um ano e meio desse pilar no Brasil. Se você parar para pensar, o Pietro é o representante do Brasil mais perto da F1 e ele está empolgado com a novidade, vamos gerar conteúdo com ele, para ter uma exposição ainda maior da nossa marca. Além dele, não há apelo mais legal que, no Dia dos Pais com Rubinho e o Dudu como companheiros de equipe.”

Rubens Barrichello e Dudu Barrichello

Rubens Barrichello e Dudu Barrichello

Photo by: Duda Bairros

Você pode acompanhar a Stock Car Pro Series ao vivo no Motorsport.com e na Motorsport.tv, com transmissões em português, inglês e russo. Confira como foi a etapa de Cascavel.

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