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Trabalho na pista de Mônaco continua, apesar de incerteza sobre GP

Surto pandêmico do novo coronavírus coloca pontos de interrogação quanto à realização da prova

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10, leads Max Verstappen, Red Bull Racing RB15, Sebastian Vettel, Ferrari SF90, Valtteri Bottas, Mercedes AMG W10, Pierre Gasly, Red Bull Racing RB15, and the rest of the field

Foto de: Joe Portlock / Motorsport Images

O governo de Mônaco está permitindo que as obras de construção de parte do circuito de Fórmula 1 continuem em meio a uma proibição que entra em vigor nesta semana como resultado da pandemia de coronavírus.

Os projetos apoiados pelo Estado devem ser suspensos devido à pandemia, mas uma exceção foi feita para o trabalho na curva Quai des Etats-Unis, que sai da chicane após o túnel e vai até a curva Tabac, que antecede o trecho da piscina.

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A conselheira do Ministério de Equipamento, Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Marie-Pierre Gramaglia, explicou: "Este trabalho deve continuar enquanto a decisão de adiar ou cancelar o GP não tiver sido tomada".

Mônaco tomou precauções quanto ao Covid-19 nos últimos dias: em 14 de março, foi anunciado que locais públicos como cafés, bares, restaurantes, boates e cinemas seriam fechados até novo aviso, e as escolas também foram fechadas posteriormente.

Nesta segunda-feira, foi revelado que o nono caso positivo do principado para o coronavírus foi com o ministro de Estado Serge Telle - o chefe do governo - que agora se vê obrigado a trabalhar de casa em virtude da quarentena.

Embora alguns pilotos da F1 estejam trabalhando para começar a temporada no GP do Azerbaijão em 3 de junho, as três corridas que o antecedem - Holanda, Espanha e Mônaco - ainda não foram oficialmente adiadas ou canceladas.

Além disso, uma comunicação da F1 na semana passada sugeriu "o final de maio" para uma possível retomada das atividades de pista. A complicação com Mônaco é o longo tempo necessário para a construção do circuito.

O organizador da corrida fechou seus escritórios, mas reiterou na segunda-feira que os eventos de F1 e de Fórmula E "atualmente devem ocorrer como planejado originalmente". Especialistas da F1 sugeriram que há poucas chances de Mônaco ser remarcado caso seja adiado.

A corrida é a única que não paga à F1 uma taxa, portanto, em um calendário condensado, seria dada prioridade para corridas mais lucrativas. O calendário estará entre os assuntos discutidos em uma conferência telefônica hoje envolvendo os chefes de equipes, os chefes da F1 Chase Carey e Ross Brawn, e o presidente da FIA Jean Todt.

GALERIA: Como o coronavírus afeta os calendários do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos e Argentina também foram suspensas, com adiamento.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram suspensos.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
A previsão é de que o campeonato comece com o GP da Holanda, no dia 3 de maio.
Mas muito se fala que na verdade a temporada pode começar com o GP de Mônaco, no dia 24 de maio, com o adiamento das corridas na Holanda e Espanha.
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada.
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato de 2020 começa com o GP de Indianápolis, no circuito misto do Indianapolis Motor Speedway.
Ainda não há nada definido sobre as 500 Milhas de Indianápolis.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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VÍDEO: Entenda os bastidores por trás do cancelamento do GP da Austrália de F1

PODCAST: O calendário da F1 2020, o coronavírus e a Porsche Cup Brasil em Interlagos

 

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