Entrevista

Torcedor do Flu, Cacá Bueno brinca com Galvão rubro-negro: "Virou flamenguista depois de velho"

Em entrevista exclusiva, pentacampeão da Stock Car explica como virou tricolor, mesmo tendo pai e irmão flamenguistas

Galvão Bueno, Cacá e família na Corrida do Milhão da Stock Car

Foto de: Duda Bairros

Pentacampeão da Stock Car, Cacá Bueno teve algumas de suas glórias narradas pelo pai, Galvão Bueno, ícone da comunicação esportiva brasileira. O narrador, conhecido sobretudo pelo trabalho com o futebol e o automobilismo, é torcedor declarado do Flamengo, embora sempre de forma discreta. Já o filho mais bem-sucedido no esporte a motor vai na contramão do patriarca e torce pelo rival Fluminense.

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Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, Cacá foi questionado sobre o porquê de torcer pelo Fluminense, já que tem o pai e o irmão, Popó Bueno, rubro-negros. A resposta, claro, veio com bom humor. Veja o divertido relato no vídeo abaixo:

"O Galvão é Flamengo depois de velho", brincou Cacá. "Isso ele conta agora, eu não lembro de ele ser Flamengo quando eu era moleque. O Galvão é do Rio de Janeiro, tijucano, Flamengo e Salgueiro. Isso é o que ele diz."

"Quando eu era pequeno, ele já era o ‘Galvão Bueno’ e ele achava interessante não revelar o time que torcia, porque sempre ficavam dizendo que ele era torcedor do time que ganhava quando ele narrava, por narrar com paixão. Então ele achava que não tinha de revelar para quem torcia. Na real, ninguém sabia qual time ele torcia."

"Em casa, era a mesma coisa, a gente sabia que ele torcia para o Flamengo, mas não transparecia. Eu acompanhava meu pai para ver vôlei, basquete, corrida e futebol, principalmente da seleção brasileira. E quando era de time, era de quem ele iria narrar. E acabei virando tricolor. Darwin explica com a evolução da espécie", brinca Cacá.

Cacá Bueno
Cacá Bueno
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Cacá Bueno
Cacá Bueno
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Cacá Bueno
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E cornetou o irmão Popó Bueno, ex-piloto e flamenguista: "Meu irmão, talvez mais apegado ao meu pai, resolveu ser flamenguista. Mas também flamenguista de araque, modinha, que está indo ao estádio agora. Nunca o vi na arquibancada antes. Eu sim, sou torcedor de arquibancada."

Cacá também explicou como se tornou torcedor do Fluminense, mesmo tendo o pai e irmão flamenguistas: "Virei tricolor por causa do time de 1983/84/85. Eu ia aos jogos, meu pai fazia vários Fla-Flus, e você tinha ali Paulo Vitor, Branco, Assis, Washington, Romerito, Ricardo Gomes, acabei virando tricolor na época do tricampeonato carioca e do Brasileiro de 1984."

Uma das finais mais incríveis da história do Campeonato Carioca, a decisão de 1995, teve um gostinho especial para Cacá, que a classifica como principal momento de sua vida nas arquibancadas do Maracanã.

"Minha grande lembrança de Maracanã foi de 1995. Naquele Fla-Flu, o Flamengo tinha o ataque do centenário, com Romário e Edmundo, e a gente com o Renato Gaúcho. E nesse jogo o meu irmão foi comigo, em uma caminhonete com nossos amigos."

"Chegando lá, cada um foi para a arquibancada do seu lado. Cantei até mais de uma hora depois do jogo. A chave do carro estava comigo e quando eu voltei, meu irmão estava com os amigos dele putão, no meio fio, já dizendo: ‘nem grita, senão a gente vai brigar’."

GALERIA: Veja os times de coração de Hamilton e outros piloto famosos pelo mundo

Lewis Hamilton - Arsenal
Sebastian Vettel - Eintracht Frankfurt
Fernando Alonso - Real Madrid
Felipe Massa - São Paulo, Milan e Barcelona
Nico Rosberg - Bayern de Munique
Jenson Button - Arsenal e Bristol City
Nico Hulkenberg - Bayern de Munique
Sergio Perez - America e Manchester United
Felipe Nasr - Botafogo
Daniil Kvyat - Roma
Carlos Sainz Jr. - Real Madrid
Vitantonio Liuzzi - Inter de Milão
Giancarlo Fisichella - Roma
Valentino Rossi - Inter de Milão
Alvaro Bautista - Atlético de Madrid
Nick Heidfeld - Borussia Mönchengladbach
Marc Márquez - Barcelona
Jorge Lorenzo - Barcelona
Pedro de la Rosa - Barcelona
Jaime Alguersuari - Espanyol
Maverick Viñales - Real Madrid
Vitaly Petrov - Zenith
Daniel Abt - Bayern de Munique
Pierre Gasly - PSG
Esteban Ocon - PSG
Dario Franchitti - Celtic
Paul Di Resta - Celtic
David Coulthard - seleção da Escócia
Michael Schumacher - Colônia
Michele Alboreto - Inter de Milão
Carlos Reutemann - Colon
Juan Pablo Montoya - America de Cali
Mark Webber - Sunderland
Eddie Irvine - Glasgow Rangers
Adrian Sutil - Bayern de Munique
Jarno Trulli - Roma
Jean Alesi - Juventus
Riccardo Patrese - Milan
Alain Prost - St. Etienne
Emerson Fittipaldi - Corinthians
Nelson Piquet - Vasco da Gama
Ayrton Senna - Corinthians
Andre Lotterer - Duisburg
Timo Glock - Darmstadt 98
Pascal Wehrlein - Bayern de Munique
Giedo van der Garde - Ajax
Max Verstappen - PSV
Loris Capirossi - Juventus
Max Biaggi - Roma
Andrea Iannone - Milan
Andrea Dovizioso - Milan
Pol Espargaró - Barcelona
Aleix Espargaró - Barcelona
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Sem querer correr o risco de ver o filho torcendo para outro time, Cacá já tratou de aproximá-lo do Fluminense desde o início. O piloto também falou da emoção de ver seu filho entrando junto com o time, ao lado do ex-meia argentino Darío Conca.  

"Meu filho entrou em campo com o Conca, que era meu vizinho de apartamento. Em determinado momento, meu filho viu a Janaína [Xavier], repórter do SporTV, na beira do gramado, que também é nossa vizinha e meu filho a reconheceu. No meio do hino nacional, ele saiu correndo sozinho até a beira do gramado."

Com Galvão e cia, veja principais bordões dos narradores de automobilismo do Brasil:

Galvão Bueno:
Clássico bordão do icônico narrador em referência ao tricampeão da Fórmula 1
Galvão Bueno:
No GP do Japão de 1991, em que conquistou seu terceiro título, o brasileiro entregou a vitória para seu companheiro austríaco Gerhard Berger, para loucura de Galvão
Galvão Bueno:
No GP da Hungria de 1986, a memorável ultrapassagem de Piquet sobre Senna, por fora, foi narrada de forma eufórica por Galvão
Galvão Bueno:
Verbalizada no GP da Europa de 1993, a cornetada foi para Michael Andretti, então companheiro de Senna. Enquanto o brasileiro brilhou, o norte-americano abandonou outra vez, dando sequência à má fase na F1. Andretti nem terminou a temporada
Galvão Bueno:
Narração épica da primeira vitória de Rubens Barrichello na F1, a primeira do Brasil em sete anos. Foi no GP da Alemanha de 2000. "Isso, Rubinho! Solta o cinto e levanta do carro! Ergue o seu punho, viva seu momento! Faça rolar suas lágrimas, porque elas são de alegria, mas são também de uma carreira muito sofrida, de muita gente que não acredita, de gente que tem o mau hábito de não respeitar o talento dos outros. Chega o momento de Rubens Barrichello. A vitória é sua, Rubinho!"
Cléber Machado:
"É inacreditável. Olha, é inacreditável. Não há nenhuma necessidade de a Ferrari fazer isso". Foi assim que Cléber Machado definiu o fim do GP da Áustria de 2002. Um ano depois de a escuderia pedir para Barrichello entregar uma vitória ao alemão Michael Schumacher, que brigava pelo título em 2001, nova ordem obrigou o brasileiro a abdicar do triunfo de forma lamentável em 2002, quando Schumacher liderava com folga. Triste e inesquecível
Galvão Bueno:
O ocorrido na Áustria não apagou a marca registrada em homenagem a Rubinho, responsável pela última vitória brasileira na F1, na Itália, em 2009
Galvão Bueno:
No GP da Hungria de 2010, Schumacher tentou evitar ultrapassagem do brasileiro espremendo-o no muro. Mas Rubinho levou a melhor na batalha entre ex-companheiros de Ferrari. "O muro acabou na hora certa, gente, ele ia bater no muro. E olha que o Schumacher jogou ele na parede, amigo", definiu Galvão
Galvão Bueno:
Schumacher quebrou no GP do Japão de 1991. Galvão narrou: "Schumacher ficou para trás. Olha lá o Schumacher, a corrida acabando para ele. Fizeram [Benetton] a opção deles. Não quiseram mais o Piquet e o Moreno. Olha, com Schumacher e com Brundle, eles vão gastar dinheiro, viu? Eles vão gastar dinheiro na próxima temporada, porque o que eles [pilotos] batem não é fácil, e o que eles estouram de motor..."
Galvão Bueno:
Mais um clássico de Galvão, desta vez para Massa, último piloto brasileiro na F1
Galvão Bueno:
"Hamilton é campeão mundial. Na última curva". Triste e memorável narração no GP do Brasil de 2008, no qual Massa foi campeão por alguns segundos, até que o britânico ultrapassou Timo Glock para conquistar seu 1º título, ainda com a McLaren
Galvão Bueno:
Mesmo quem não gosta de F1 já deve ter ouvido este clássico
Galvão Bueno:
Bordão do narrador para situações de chuva forte
Galvão Bueno:
Mais um bordão de Galvão para situações de chuva na F1
Luis Roberto:
Max Verstappen venceu o GP da Áustria de forma impressionante neste ano. Depois ultrapassar a Ferrari do alemão Sebastian Vettel, o holandês fez um "gol da Holanda", como definiu Luis Roberto
Sérgio Maurício:
Bordão elogioso de Sérgio Maurício (à direita), mais um narrador de automobilismo do Grupo Globo
Téo José:
Marca registrada do narrador da Fox Sports, que sempre emprega o bordão para decretar o vencedor das corridas
Téo José:
"Passa Tony, passa Tony, passa Tony, passa Tony, passa Tony. Não perde mais, Tony Kanaan!" Na versão feliz do 'hoje não, hoje sim', Téo José viu Max Papis ter pane seca para delegar ao brasileiro Tony Kanaan sua primeira vitória na Indy, na US 500 de 1999
Luciano do Valle:
"Sabe por quê? Vai dar bandeira amarela, e o Emerson está na frente. Ganhou o Brasil! Ganhou o Brasil! Espetacular! Uma vitória que vai ficar para a história de todos nós!". Foi assim que o saudoso narrador definiu a primeira vitória de Emerson Fittipaldi nas 500 Milhas de Indianápolis, em 1989
Sergio Lago:
O ex-narrador do Speed e Fox Sports tem um jeito característico após o comando de ligar os motores nas provas da NASCAR. Além dele, ficou famoso também o "Bandeira verde!", anunciando o início de cada prova da maior categoria do automobilismo norte-americano.
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VÍDEO: Esnobado por Senna, Massa usou episódio para dar lição em Schumacher; veja

Galvão e cia: quem são os maiores comunicadores de automobilismo da TV brasileira?

 

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