Análise

Análise: o que a mudança de Sainz representa para o mercado?

Com a troca de motores entre McLaren e Toro Rosso prestes a ser confirmada nos próximos dias, além da ida de Carlos Sainz à Renault, mais peças do mercado de pilotos devem começar a se encaixar.

The drivers' group photo: Valtteri Bottas, Mercedes AMG, Lewis Hamilton, Mercedes AMG, Daniel Riccia

The drivers' group photo: Valtteri Bottas, Mercedes AMG, Lewis Hamilton, Mercedes AMG, Daniel Riccia

LAT Images

Antonio Giovinazzi, Ferrari Test and Reserve Driver
Robert Kubica, Renault Sport F1 Team
Robert Kubica
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso
Fernando Alonso, McLaren MCL32
Felipe Massa, Williams FW40
Max Verstappen, Red Bull Racing RB13, Romain Grosjean, Haas F1 Team Team VF-17
Sergio Perez, Force India F1 VJM10
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing
Sergio Perez, Sahara Force India
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB13
Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR12
Jolyon Palmer, Renault Sport F1 Team RS17
Fernando Alonso, McLaren MCL32
Jolyon Palmer, Renault Sport F1 Team RS17, battles, Pascal Wehrlein, Sauber C36-Ferrari
Carlos Sainz Jr., Scuderia Scuderia Toro Rosso STR12, locks up the tyres
Felipe Massa, Williams FW40
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB13
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W08
Felipe Massa, Williams FW40, battles, Max Verstappen, Red Bull Racing RB13
Felipe Massa, Williams FW40, Sergio Perez, Sahara Force India F1 VJM10
Max Verstappen, Red Bull Racing RB13

É claro que, mesmo que haja muita coisa ainda em aberto para o grid de 2018, pilotos e equipes já estão de olho em 2019, quando o mercado realmente irá se abrir.

A própria situação de Sainz reflete isso.

Por mais que ele tenha sido liberado com parte das negociações da Toro Rosso para se livrar de um contrato de motores em 2018, o espanhol segue como membro da Red Bull. Ele será emprestado à Renault em 2018, e, consequentemente, as equipes de Enstone e de Milton Keynes manterão suas opções em aberto para o futuro em longo prazo.

O apelo de Sainz na Renault é óbvio, já que se trata de um dos pilotos jovens mais promissores e aparentemente de graça. Ele formará uma combinação potente com Nico Hulkenberg e contribuirá com pontos, já que a equipe tenta se erguer na tabela de pontos em sua terceira temporada com apoio total de fábrica.

Resta ver se isso acontecerá antes do fim desta temporada, impulsionando as expectativas de uma equipe que vem enfrentando dificuldades com Jolyon Palmer.

Para 2019, quando a Renault estiver potencialmente mais próxima da ponta e, consequentemente, mais atrativa aos pilotos de ponta, a equipe ainda contará com uma vaga em aberto.

Sainz pode muito bem permanecer por mais um ano, mas outra possibilidade é que ele seja convocado para ir à Red Bull.

Daniel Ricciardo está sem contrato após o fim de 2018, enquanto que Max Verstappen, entende-se, possui uma opção em seu acordo de 2019 que lhe permite deixar a Red Bull caso a equipe não tenha bom rendimento. Ambos possuem muito apelo às equipes rivais.

Em tese, pode haver uma vaga na Ferrari se a Scuderia enfim decidir encerrar seu relacionamento com Kimi Raikkonen. Contudo, quem quiser entrar ali precisa formar a combinação perfeita com Sebastian Vettel.

Enquanto isso, a Mercedes não possui pilotos assinados para 2019 – apesar de que, nas próximas semanas, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas podem ter seus contratos estendidos até aquela temporada, ou até mesmo além.

Não é segredo que Verstappen está perdendo sua paciência com a Red Bull. E, enquanto Ricciardo aparenta estar mais feliz, ele também quer um carro com o qual ele possa vencer regularmente. Assim, com méritos, ele irá explorar todas as opções.

Ambos querem saber os planos da equipe em termos de motor, e uma possibilidade irá se juntar à Toro Rosso, com uma mudança para a Honda em 2019 caso haja progresso.

Se Verstappen ou Ricciardo deixar a Red Bull, então claramente Sainz irá entrar na vaga em aberto em 2019.

O provável substituto de Sainz na Toro Rosso na próxima temporada (e possivelmente já na atual) é Pierre Gasly. O francês venceu o título da GP2 no ano passado e tem feito um excelente trabalho na Super Fórmula em 2017, atém mesmo com a vitória no último fim de semana, em um ótimo momento.

A Toro Rosso sempre teve a proposta de dar treinamento a jovens pilotos, e Gasly não deve estar em posição de se preocupar com o potencial do motor Honda. Daniil Kvyat, que deve ficar na equipe em 2018, pode estar um pouco mais preocupado.

O futuro de Alonso

Com o acordo com a Renault já concluído, Fernando Alonso agora pode estender sua permanência na McLaren. Entende-se que o acordo ainda não foi concluído, o que pode indicar que o dinheiro é um ponto de discórdia, já que a Honda não estará mais lá para pagar a fatia do salário do espanhol como fez nos últimos três anos.

A McLaren-Renault obviamente tem apelo a Alonso, mas apenas se ele estiver confiante de que o carro de 2018 pode ser forte como o da Red Bull e capaz de lutar por pódios.

É provável que ele assine apenas por uma temporada, mantendo suas opções em aberto para 2019 em diante.

Quem deveria ir à McLaren caso haja uma improvável saída de Alonso?

Zak Brown se mostrou confiante de que há um plano B. Em tese, ainda é cedo demais para Lando Norris (líder da F3 Europeia), mas a equipe já assumiu antes a aposta em novatos. Contudo, um forte candidato que ainda está disponível no momento é Sergio Pérez.

Com a porta da Renault fechada, o mexicano deve renovar com a Force India, um processo que é sempre complicado pela presença de seus patrocinadores, mas ainda não é algo totalmente concluído.

Sua primeira passagem pela McLaren não deu certo, mas a equipe mudou muito desde então – assim como o próprio Pérez, que agora tem muito mais experiência e um currículo mais impressionante que tinha em 2013.

Não espere sua renovação com a Force India sair até que a porta da McLaren esteja oficialmente fechada. E, mesmo se ele renovar, deverá ser mais um piloto que, provavelmente, irá se comprometer apenas para 2018.

Uma outra vaga potencialmente em aberto é da Williams. Enquanto a equipe de Grove se mostra feliz com Felipe Massa, ela possui ambições maiores para 2018 em diante. Então, ela deve procurar pelo melhor parceiro possível para Lance Stroll – e alguém que, graças às complicações do patrocínio da Martini, precisa ter mais de 25 anos.

As opções disponíveis são limitadas. Alonso esteve na mira, mas ele encontraria na Williams uma alternativa melhor do que na McLaren, mesmo pensando em curto prazo?

Paul di Resta se colocou no radar na Hungria, e o nome de Robert Kubica também veio à tona. Ele seria uma ótima escolha, mas o problema que o polonês enfrenta é que a Renault, equipe pela qual ele fez todos os testes, optou por não contratá-lo. Assim, não será uma missão fácil provar para os outros que ele consegue dar conta do recado, levando em conta a falta de testes.

Resta apenas a Haas, onde Romain Grosjean e Kevin Magnussen estão confirmados, e a Sauber, onde Marcus Ericsson deve ter ao seu lado Charles Leclerc – apesar do acordo do monegasco aparentemente ainda não foi fechado.

A Ferrari quer colocar sua estrela por ali e também tem Antonio Giovinazzi sob suas asas, mas não há vagas o suficiente para isso.

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