Análise

Análise: teste mostra superioridade gigantesca da Mercedes

Após primeiro treino da pré-temporada de 2016, Motorsport.com analisa principais desempenhos nos quatro dias

Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 W07

Foto de: XPB Images

Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 W07
Kimi Raikkonen, Ferrari SF16-H
Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 W07
Kimi Raikkonen, Ferrari SF16-H
Mercedes AMG F1 logo
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 Team W07
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 Team W07 detail
Kimi Raikkonen, Ferrari SF16-H
Kimi Raikkonen, Ferrari
Sebastian Vettel, Ferrari SF16-H
Sebastian Vettel, Ferrari
Felipe Massa, Williams FW38
Felipe Massa, Williams
Felipe Massa, Williams FW38
Felipe Nasr, Sauber C34
Felipe Nasr, Sauber C34

Depois de quase três meses sem atividade, a Fórmula 1 voltou nesta semana com a primeira sessão de testes de inverno no circuito da Catalunha, na Espanha. Depois de toda expectativa gerada pelos lançamentos dos novos carros nas últimas semanas, chegou o momento de vê-los em ação na pista e tentar entender qual será a hierarquia da F1 em 2016.

E se você esperava grandes novidades, vai se desapontar.

Mercedes com potencial assustador

Com o regulamento praticamente igual ao das duas últimas temporadas, apostar contra a Mercedes não era a coisa mais prudente a se fazer. Com a melhor base de desenvolvimento da F1 atual, o time alemão com base em Brackley, Inglaterra, mostrou que ainda tem o conjunto a ser batido. E antes que você pense em dizer que a Ferrari, por ter feito o melhor tempo e liderado três dos quatro dias de teste, está em pé de igualdade, vamos a três observações:

1. O W07 Hybrid da Mercedes fez nada menos que 1000 km a mais que os carros da equipe segunda colocada neste quesito, a Toro Rosso (3137 km contra 2080km). A terceira foi a Sauber, com 2010 km. O que há de comum entre esses dois times atrás da Mercedes? A primeira usou o motor Ferrari de 2015 e a segunda usou o carro de 2015. O primeiro time com o conjunto completo de 2016 foi a Williams, que cobriu apenas 1792 km. A Ferrari ficou em sexto nesta lista, fazendo 1638 km – 1499 km (equivalente a cinco corridas) a menos que a rival Mercedes.

2. Com o quarto melhor tempo, a 2s057 da Ferrari, a Mercedes abertamente não mirou utilizar todo o ritmo disponível em seu carro neste primeiro ensaio.  O time até pode ter testado com diferentes níveis de combustível (cada 10 kg de gasolina “vale” cerca de 0s3/volta), mas não andou com o pneu macio, nem com o supermacio e muito menos com o novíssimo ultramacio. Com estes compostos, o time poderia melhorar bastante o seu tempo. A melhor volta de Vettel foi com o ultramacio.

3. O time tem ainda muito potencial. Além de uma nova lateral (barge board), a equipe trouxe para o último dia do teste um novo bico com o duto-S - que visa deslocar o fluxo de ar para diminuir o arrasto nas retas – além de outros “adereços” na peça. Há um bom espaço para melhoras na próxima semana.

Ferrari

Apesar de promissor, o novo SF16-H tem como principal tarefa derrotar a Mercedes, algo bastante complicado dado o resultado deste treino. Mesmo com um carro que se mostrou competente, liderando três dos quatro dias de treino, os italianos esperavam estar mais próximos da Mercedes.

Um problema na alimentação do motor a combustão deixou Kimi Raikkonen praticamente a manhã de quarta-feira inteira nos pits, enquanto que Vettel também chegou a perder tempo com problemas eletrônicos no primeiro dia. Já a Mercedes, segundo seus dois pilotos, jamais apresentou qualquer grande problema, o que os levou a concluir 10,4 GPs em distância nesta semana. A Ferrari fez 5,46 GPs e fez seus melhores tempos com Vettel e Kimi de pneus ultramacios.

Pela expectativa e otimismo no lançamento do carro, a Ferrari parecia achar que estaria mais próxima.

Brasileiros

Apesar de os tempos da Williams não terem enchido os olhos de ninguém, Felipe Massa se mostrou confiante com seu carro. Entretanto, a sensação é que o melhor que o novo FW38 poderá fazer mais uma vez será lutar pelo terceiro lugar no campeonato. Isso até soa como consolo após Massa ter registrado o antepenúltimo melhor tempo do testes, apenas à frente de Jenson Button e do indonésio Rio Haryanto.

Fato é que se esperava um carro bastante diferente por parte da Williams pelo fato de o time ter trocado de foco bastante cedo na última temporada para o projeto deste ano.  Se por um lado a Williams foi a quarta equipe que mais andou, por outro Mercedes e Ferrari parecem estar mais longe, e a Red Bull, mais perto.

Já Felipe Nasr fez boa quilometragem com sua Sauber, mas o fato de ter andado com o carro de 2015 pode atrapalhar o desenvolvimento da equipe. Além disso, o surgimento da norte-americana Haas – melhor surpresa da pré-temporada até aqui – com grande apoio da Ferrari, pode complicar um pouco mais as coisas para o time suíço em 2016. A Sauber mostra seu novo carro, o C35, na frente de sua garagem antes do início da segunda sessão de testes na próxima semana.

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