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As 20 melhores corridas de Ayrton Senna: o top 5

A primeira vitória, a primeira (quase) vitória, o primeiro título, o triunfo no Brasil e uma aula sob chuva

Chegou a hora das clássicas entre as 20 melhores provas da carreira de Ayrton Senna. No top 5 da lista elaborada pela equipe do TotalRace, estão as aulas sob chuva em Mônaco, logo no ano de estreia do brasileiro na Fórmula 1, e no GP da Europa de 1993, além da primeira vitória na categoria e mais. Confira!

5. GP de Mônaco/84

Era a sexta corrida de Ayrton Senna na Fórmula 1, a bordo da Toleman, uma equipe com pouco dinheiro, mas bons profissionais que estavam despontando na categoria na época, como Pat Symonds (campeão com Schumacher e Alonso nas décadas seguintes) e Rory Byrne (projetista por trás do penta da Ferrari nos anos 2000). O brasileiro havia pontuado em duas etapas até ali e já era reconhecido como um futuro craque das pistas.

Na classificação, Senna foi o 13º e viu o então líder do campeonato, Alain Prost, fazer a pole. No domingo, choveu continuamente no principado e a largada chegou a ser atrasada em 45min. Na primeira volta, Prost manteve a ponta, com Mansell em segundo. Senna pulou para 9º e outro talentoso novato, Stefan Bellof, pulou de 20º para 11º. Na volta 11, Mansell passou Prost, Senna já era 6º e Bellof, 8º.

Cinco voltas depois, Mansell perdeu o controle de sua Lotus e ficou pelo caminho, enquanto Senna passara Rosberg e Arnoux e estava chegando em Lauda, em terceiro. Logo depois, obrasileiro superou o austríaco e estava encostando no líder Prost. Bellof veio junto e, agora em terceiro, também começou a perseguir a Toleman. Em nove voltas, Senna tirou 10s de Prost, que começou a acenar ao diretor de prova para que encerrasse a corrida. E o francês conseguiu que o ex-piloto Jacky Ickx desse a bandeirada. Como não consultou os demais comissários, Ickx foi punido por ter nos privado do que se desenhava uma luta emocionante pela vitória em uma Mônaco encharcada entre dois jovens pilotos.

4. GP de Portugal/85

O GP de Portugal de 1985 não é daqueles clássicos que marcaram época, a não ser pela performance de Ayrton Senna logo em sua primeira vitória na categoria. O grand chelem – isso mesmo, a primeira vitória de Senna veio com pole, todas as voltas na liderança e volta mais rápida, o maior domínio possível que um piloto pode ter – começou a ser construído no sábado. Senna chegou a trocar de carro durante os treinos após um problema no câmbio mas, mesmo assim, superou o companheiro Elio de Angelis por 1s1 para largar na frente pela primeira vez na Fórmula 1. Naquela temporada de 85, as poles se tornariam corriqueiras – seriam 7 – para Senna, que não conseguia manter o mesmo ritmo na corrida.

Mas o GP de Portugal teve um elemento diferente: a chuva torrencial. O brasileiro não foi alcançado por seus rivais da largada à bandeirada. O piloto da Lotus colocou uma volta até no terceiro colocado e só segurou o ritmo no final. Mesmo assim, colocou mais de um minuto no segundo colocado, Alboreto.

3. GP do Brasil/91

Quando largou naquele GP do Brasil de 1991, Ayrton Senna já era um ídolo inquestionável, tinha dois títulos e 27 vitórias na carreira. Mas lhe faltava uma conquista em casa. E ela veio de forma épica.

Largando da pole, Senna vinha na ponta, à frente das Williams de Mansell e Patrese. O inglês chegou a pressionar o brasileiro, mas teve uma parada ruim e perdeu contato. Mansell chegou a se recuperar, mas teve um pneu furado e, voltas depois, um problema de câmbio, e abandonou. A missão de chegar em Senna ficou, então, com Patrese.

A diferença chegou a ser de 40s mas, com sete voltas para o final, o câmbio da McLaren de Senna também começou a falhar e o brasileiro foi perdendo as marchas, ficando apenas com a sexta. Para piorar a situação, começou a chover com duas voltas para o final – e não havia tempo para trocar os pneus de seco. Também com problemas no câmbio, Patrese chegou a apenas 3s de Senna, em um final emocionante. Esgotado, o piloto precisou de ajuda para sair do carro e, ovacionado pela torcida, só conseguiu levantar o troféu com uma das mãos, em uma das imagens mais icônicas de sua carreira.

2. GP do Japão/88


F1 - Suzuka - Japan 1988 - Part 1 por Sukhoi-su37
Senna começou aquela que seria a corrida de seu primeiro título mundial da pole, como fez em todas a não ser três etapas daquele ano. O brasileiro tinha seu único rival em uma temporada dominante da McLaren, Alain Prost, ao seu lado. O motor de Senna, contudo, morreu na largada e suas chances de título pareciam ter evaporado: o piloto caíra para 14º. “Pensei: vou ter de pilotar o mais forte que posso, mas será impossível chegar em Alain”, admitiu.
Mas Senna foi abrindo caminho – e contou com uma leve chuva para dispensar seus adversários um a um. Na ponta, Prost não tinha vida fácil e chegou a ser pressionado pela March de Ivan Capelli. Além disso, um problema no câmbio, que travava em determinados momentos, atrapalhava o francês. Lidando melhor com o tráfego, Senna passou o companheiro pela linha de dentro da reta dos boxes, mesmo na sujeira – e não foi mais incomodado por Prost pelo restante da prova. No final, comemorando o título, Ayrton classificou o GP do Japão como seu melhor até então.

1. GP da Europa/93


Talvez mais até que seus títulos, conquistados com bons carros, foram corridas como o GP da Europa de 1993 que construíram o mito Ayrton Senna. Naquele ano, o brasileiro enfrentava, com uma McLaren equipada com motor Ford defasado, Alain Prost e sua Williams. A chuva, contudo, dava a chance de Senna mostrar sua qualidade.

Mas, mesmo sabendo do que o piloto era capaz, a performance de Donington Park surpreendeu a todos. Largando em quarto, Senna perdeu uma posição na largada após disputa com Schumacher.Na saída da primeira curva, já havia se livrado do alemão. Na terceira curva – e por fora – superou a Sauber de Wendlinger. Cinco curvas depois, a vítima foi Damon Hill. O próximo alvo era Prost. Senna colocou por dentro no hairpin e tomou a ponta. Naquela que é considerada uma das melhores voltas de um piloto na história, Senna pulou de quinto a primeiro, sob chuva.

Enquanto a pista estava molhada, Senna abriu sete segundos em quatro voltas. Porém, o asfalto começou a secar. Senna parou uma volta antes de Prost para colocar slicks e seguiu na ponta. Mas a chuva voltou e o francês trocou novamente os pneus três voltas depois. Senna aguentou seis voltas mais e, mesmo assim, não perdeu a liderança depois de fazer sua parada.

A chuva voltou a cessar com 33 voltas completadas, e todos trocaram novamente seus pneus, mas Senna teve um problema na parada e perdeu 20s e a liderança. Não demorou cinco giros para que a água voltasse a cair e Prost regressasse aos boxes. Senna seguiu na pista e a pista começou a secar. A ponta estava recuperada. O brasileiro chegou a dar uma volta no rival quando o francês teve um problema em sua quinta parada do dia.

Voltaria a chover novamente no final da prova, mas todos, exceto por Hill, estavam a uma volta de Senna, que parecia em outra categoria.

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