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Aumento das tensões no Bahrein não preocupa as equipes

Times afirmam que a FIA não recomendou que fossem tomadas medidas extras de segurança para quarta etapa do mundial

Cerca de cem pessoas foram presas no Bahrein nas últimas semanas, após a intensificação dos protestos de grupos opositores contra a ditadura que controla o país, motivada pela proximidade do GP do Bahrein de Fórmula 1.

O evento se tornou um dos símbolos do regime, devido ao envolvimento direto do governo e em seu uso como propaganda do país internacionalmente. A família real barenita tem laços estreitos com o esporte, inclusive com participação acionária na equipe inglesa McLaren, por meio da estatal Mumtalakat Holding Company.

Ativistas e manifestantes barenitas têm pedido, desde 2012, o cancelamento do GP devido às violações de direitos humanos cometidas pelo regime. No ano anterior, a prova não foi realizada como resultado das tensões internas.

Na segunda-feira, um carro-bomba explodiu em Manama, sem deixar feridos. Ontem, a polícia do Bahrein entrou em confronto e atirou gás lacrimogêneo em estudantes durante um protesto em uma escola secundária também na capital.

Motivado pelos enfrentamentos, um grupo de parlamentares enviou uma carta ao promotor da Fómrula 1, Bernie Ecclestone, pedindo o cancelamento da prova. Os britânicos já haviam feito algo semelhante ano passado, sem sucesso. “Ano passado, a corrida foi disputada sob lei marcial. Trezentas pessoas foram presas e algumas passaram meses na cadeia”, lembrou a carta. “Acho que as pessoas mais democráticas ficariam chocadas se vocês deixassem que o Bahrein continuasse sediando uma etapa do campeonato em meio a atrocidades cometidas aos direitos humanos.”

As equipes, contudo, apoiam a realização da prova. A postura padrão é aceitar quaisquer que sejam as orientações da Federação Internacional de Automobilismo. “Cabe à FIA nos dar os indicativos se precisamos tomar medidas adicionais de segurança. Até agora, eles não o fizeram”, anunciou a Ferrari. Red Bull, McLaren e Williams afirmaram que não tomarão medidas extras de segurança.

Para a chefe da Sauber, Monisha Kaltenborn, a experiência do ano passado dá tranquilidade às equipes. “Vimos que é de se questionar a cobertura da mídia feita antes da prova, pois não houve qualquer situação em que você realmente sentia que era errado estar lá”, afirmou à Autosport.

Mesmo a Force India, que chegou a abandonar a segunda sessão de treinos livres ano passado temendo o retorno ao hotel após o anoitecer depois que houve uma explosão perto de um carro que levava seus mecânicos da pista no dia anterior, diz que não há problemas em voltar ao Bahrein.

"Podem haver incidentes. O que aconteceu conosco foi uma daquelas coisas tristes que aconteciam ano passado e tudo ficou fora de proporção. Não vejo problemas neste ano. Haverá algo, mas relativamente menor e, tomara que não atinja a Force India”, afirmou o chefe substituto da equipe, Bob Furnley, também à publicação britânica. 

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