Últimas notícias

Brasileiro, ex-piloto da Williams, acha que Massa pode se dar bem

O amazonense Antônio Pizzonia fala de seu tempo no time e elogia nova política dos chefes: “Estão contratando pessoas novas”

Para Antônio Pizzonia, a Williams tem potencial para voltar crescer. O brasileiro, que participou das temporadas de 2004 e 2005 no time como piloto substituto para, respectivamente, Ralf Schumacher e Nick Heidfeld, acredita que a nova mudança de gestão política possa significar que a equipe venha conseguir bons resultados a curto prazo na Fórmula 1.

“Você vê pelo histórico da equipe. É um time vencedor, é uma equipe que tem a expectativa de crescer e, de repente, pode ganhar. É um time que tem um histórico muito forte”, lembrou à Rádio Jovem Pan o piloto de Manaus, que tem como melhores resultados quatro sétimos lugares no time de Grove.

Pizzonia considerou a atual contratação de engenheiros de fora muito atípica na história do time. “O que mais me surpreendeu, conhecendo o Frank Williams, é que ele vem investindo muito na parte técnica da equipe”, observou.

“Está contratando pessoas novas, pessoas de peso, o que financeiramente não está sendo barato para a equipe, e isso é uma coisa, que, se você for analisar o histórico do time, ele nunca foi de fazer muito. Eles sempre procuraram criar dentro da fábrica pessoas jovens que pudessem ter um futuro brilhante no time. Mas agora, não. Acho que vai ter um 'upgrade' muito forte.”

Pizzonia também comentou as mudanças do regulamento técnico deste ano. Para ele, a inserção dos turbos deverá ser uma importante variável em 2014, e algo que a Williams poderá tirar vantagem. “Pode ir para dois lados. Primeiro que quando tem uma equipe dominando muito, é sempre bom ter uma mudança grande no regulamento.”

“Isso também pode ajudar algumas outras equipes que estavam em situação difícil, mas pode também piorar mais ainda. Isso é uma coisa que não dá para prever. O que acho positivo, é que quando tem uma mudança no regulamento grande assim, a gente espera que o cenário mude um pouco. Como torcedor do Felipe e ex-piloto da equipe, quero muito que essa combinação dê certo.”

Porém, do ponto de vista de piloto, Pizzonia acredita ser menos divertido dirigir os novos carros. Ainda assim, vê maior facilidade em novos pilotos se juntarem à categoria. “Acho que cada piloto deseja guiar um carro cada vez mais rápido. Mas entendo o que a Fórmula 1 está tentando fazer.”

“Tem dois lados. Tem o jovem piloto que hoje tem uma possibilidade muito maior de se adaptar, porque o pulo da GP2 e da World Series é bem menor. Não existe mais aquela diferença absurda que tinha antigamente e a diferença de velocidade não é tão grande. Mas, por outro lado, acho que fica aquela frustração para alguns pilotos que correram naquela época, ver a Fórmula 1 indo para trás em termos de velocidade. Mas eu entendo o que a categoria esteja fazendo isso para a segurança, e por outra série de fatores. Mas até como espectador não sou muito a favor, porque até pela televisão a diferença de velocidade é aparente. Não é tão legal quanto era antigamente.”

Antônio também falou como viu o declínio da Williams a partir da saída da BMW em 2005. “Não só dava para ver como eu vivi essa queda do time. Lógico que não foi em uma proporção tão grande quanto estava no ano passado, mas já de 2004 para 2005 houve uma piora grande”, lembra.

“A parte estrutural técnica do time já estava se desfazendo. A equipe estava com problemas de relacionamento com a BMW que fornecia os motores na época. A BMW estava de saída da equipe, então não abria tanto o jogo como abria nos anos anteriores. Criou-se uma parede entre as duas fábricas, e isso não ajudou na época. O time perdeu gente competente em 2005, e isso fez com que  fosse caindo. E também tem a parte financeira, que já de 2005 para 2006 a equipe perdeu patrocinadores fortes e depois a situação só veio piorando. Nos últimos anos a equipe teve de partir para um caminho que nunca tinha partido antes, que foi contratar pilotos pagantes”, falou.

Ainda assim, Pizzonia aguarda um recomeço em 2014. “Espero que agora seja uma reviravolta, e espero que o time volte a subir de novo.”

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior Kobayashi: "Os novos motores fazem a F-1 soar como a F-3"
Próximo artigo Alonso reconhece: "Devemos ser sinceros, os bicos são feios"

Principais comentários

Ainda não há comentários. Seja o primeiro a comentar.

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Motorsport prime

Descubra conteúdo premium
Assinar

Edição

Brasil