Brawn: F1 deve acabar com “campo de força” de ultrapassagem
Ross Brawn diz que categoria já fez progresso para encontrar soluções para o problema de falta de ultrapassagens do esporte ao abordar "campo de força" que torna difícil um piloto seguir carro da frente
Foto de: Sutton Motorsport Images
Depois de assumir cargo esportivo na F1, Ross Brawn contratou uma equipe de especialistas, incluindo Pat Symonds e o ex-chefe de aerodinâmica da Williams e Jason Sommerville, para ajudar a FIA a moldar as regras técnicas de 2021.
Melhorar as ultrapassagens não fazia parte dos planos quando as atuais regras estavam sendo formuladas para 2017, e o consenso é que ficou ainda mais difícil seguir outro carro, com o GP da Austrália sendo alvo de muitas críticas.
É essa questão que a equipe de Brawn tem focado e o ex-chefe da Ferrari e Mercedes diz que sua pesquisa já começou a trazer resultados.
"Uma das coisas que começamos a analisar é um programa para entender como podemos habilitar esses carros a competir uns com os outros de forma mais eficaz", disse Brawn em entrevista à rádio SiriusXM.
“Precisamos manter o desempenho aerodinâmico em um nível alto, mas precisamos fazer isso de uma maneira mais benigna e mais amigável para os carros ao redor.”
"Há quase um campo de força no momento, uma bolha em volta de cada carro. Um carro que ataca o da frente não pode chegar perto dele, ele perde muito muito desempenho, não pode chegar perto.”
"Então, começamos o programa e estou muito animado com o que estou vendo."
Ele acrescentou: "A asa dianteira é, com certeza, uma área que é sensível em ambos os aspectos, em termos da perturbação que ela cria, e de sensibilidade pela perturbação do carro à frente.”
“Não é a única área. Há todos os elementos que você vê atrás das rodas dianteiras que são igualmente sensíveis. E há áreas do assoalho traseiro e da aerodinâmica traseira que são sensíveis.”
Mudanças antes de 2021 são possíveis
Brawn diz que as descobertas enfatizaram a importância de abordar o pacote aerodinâmico geral, em vez de simplesmente a asa dianteira.
Ele também sugeriu que algumas mudanças poderiam ser introduzidas para as temporadas 2019 e 2020.
"Estamos olhando para a coisa toda e eu não acho que devemos mudar uma parte sem entender todas as implicações do impacto que teremos", explicou ele. "Então, estamos olhando para uma solução total , uma solução de todas as partes.”
“Sabemos a queda percentual no desempenho que ocorre quando um carro se aproxima de outro carro, e já encontramos maneiras de melhorar isso ao reduzir o fluxo do carro à frente e reduzir a sensibilidade do carro a seguir.”
“Estamos tentando fazer isso de uma maneira bem estruturada, e essa será a solução que aplicaremos para 2021. Tudo o que pudermos aprender enquanto isso, o que acreditamos ser seguro, justo e correto para aplicar, será feito.“
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