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Comissão que analisou caso Bianchi pede mudanças na F-1

Apesar de atribuir culpa principal ao piloto, relatório aponta fatores que podem melhorar em relação à segurança

Apesar de chegar à conclusão de que a causa inicial do acidente de Jules Bianchi no GP do Japão tenha sido o fato do piloto não ter desacelerado o suficiente em um trecho com bandeiras amarelas duplas e debaixo de chuva, a comissão que avaliou a batida propôs algumas alterações para aumentar a segurança em casos como este.

[publicidade] Quase dois meses depois do acidente, ocorrido em 5 de outubro, Bianchi segue internado, na França, apresentando um quadro de “lesão cerebral difusa” e ainda não se sabe se conseguirá se recuperar totalmente.

A primeira conclusão do relatório é de que, devido à natureza do acidente – a Marussia se chocou com um trator que fazia a remoção de outro carro, na área de escape – a utilização de cockpits fechados ou ‘saias’ nos veículos de resgate não mudaria o resultado. “Nenhuma dessas abordagens seria prática devido às grandes forças implicadas no acidente de um carro de 700kg acertando um trator de 6500kg a 126km/h.”

A comissão, formada por ex-pilotos, como Emerson Fittipaldi, e ex-chefes de equipes, como Ross Brawn e Stefano Domenicali, indicou ainda que os procedimentos de segurança foram respeitados. Assim, chegaram à conclusão de que o Safety Car não deveria ter sido acionado após o acidente de Sutil. “A interpretação seguiu 384 acidentes precedentes nos últimos 8 anos.” A fornecedora de pneus Pirelli também foi inocentada: “as características do pneu de chuva não influenciaram o acidente.”

Por fim, o segundo item das recomendações se refere a um conflito entre um sistema de segurança do carro e o freio eletrônico do carro de Bianchi, que pode ter afetado o controle do carro por parte do piloto francês.

Confira as recomendações da comissão que analisou o acidente de Bianchi:

1. Nova regulamentação para bandeiras amarelas duplas: imposição de um limite de velocidade na área de bandeira amarela dupla.

2. Software de segurança: revisão do software e suas medidas para chegar sua integridade.

3. Drenagem da pista: revisão das orientações de drenagem, incluindo pistas auxiliares.

4. Regra de duração máxima: a regra atual fala em 4h de duração máxima da prova; nova recomendação é que largada não seja dada com 4h antes do pôr do sol, exceto em provas noturnas, e que calendário seja organizado de forma a evitar épocas de chuva.

5. Super Licença: recomendação que pilotos que tenham a super licença pela primeira vez façam curso para se familiarizar com medidas de segurança.

6. Revisão do risco: rever todos os buracos em termos de segurança, como combinações de circunstâncias ainda não previstas.

7. Pneus: recomenda-se que seja possível ao fabricante prover e desenvolver pneus de chuva adequados entre as temporadas.

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