Domenicali defende que não está "vendendo a alma da F1" pelo dinheiro

CEO da F1 ainda falou sobre um possível futuro para o GP da Alemanha, enquanto cravou que a categoria nunca mais correrá na Rússia

Stefano Domenicali, CEO, Formula 1

Foto de: Alexander Trienitz

A Fórmula 1 se encontra em uma situação paradoxal: sua popularidade volta a crescer, impulsionada por uma política de abertura, particularmente nas redes sociais, além da promoção de vantagens em relação à governança anterior.

Isso vem atraindo uma nova geração de fãs mas, ao mesmo tempo, o público mais antigo luta para aceitar algumas das mudanças que acompanham esse movimento.

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Seja por mudanças desportivas, como as corridas sprint, de calendário, com a introdução de destinos de grande valor comercial no lugar dos circuitos históricos, ou mesmo a polêmica final de Abu Dhabi no ano passado, estes elementos deixam nestes fãs a sensação de que o esporte está perdendo o DNA rapidamente diante da lógica comercial e do espetáculo.

A partir daí dizer que a F1, sob o comando da Liberty Media desde 2017, e tendo hoje Stefano Domenicali como CEO, está vendendo a alma? Esta é uma acusação que o italiano refuta, mesmo no contexto da possível saída de Spa do calendário favorecendo lugares como Arábia Saudita, Catar ou Las Vegas.

"Não estou vendendo a alma da Fórmula 1", disse Domenicali em entrevista ao Bild. "É uma mudança natural, estamos nos abrindo para o mundo inteiro. O dinheiro é importante em todos os lugares. Para nós também. Mas não olhamos apenas para este aspecto. O pacote completo precisa ser bom. Se apenas a conta bancária nos interessasse, o calendário definitivamente seria diferente".

Rússia nunca mais?

Largada do GP da Rússia de 2021

Largada do GP da Rússia de 2021

Questionado pelo jornal alemão sobre um possível futuro para o GP da Alemanha, fora do calendário desde 2019 após uma luta para organizar o evento de forma alternada entre Hockenheim e Nurburgring, ele disse: "Se eu não tomar a ação, vejo e ouço pouco da Alemanha. Eles falam, falam, falam mas, no final, você precisa de algo concreto".

O último GP em solo alemão foi o de Eifel, organizado em Nurburgring graças ao apoio financeiro da Mercedes de forma excepcional em 2020, em meio ao contexto da pandemia com a F1 buscando preencher o calendário de qualquer jeito.

"É um mistério pra mim não conseguir montar um negócio em torno do GP da Alemanha hoje em dia. Mas, se eles acertarem, teremos uma corrida na Alemanha novamente. O GP precisa ser interessante para todas as partes. Não podemos cobrir todos os custos".

E se a porta permanece aberta para um futuro na Alemanha, o GP da Rússia parece ter chegado ao fim de forma definitiva: "Eu sempre digo 'nunca diga nunca', mas neste caso posso prometer: não teremos mais negociações com eles. Não haverá mais corridas lá".

Podcast #191 – O que primeira parte da temporada da F1 em 2022 trouxe de bom e ruim?

 

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