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F1 dominada por uma equipe não é ruim, diz chefe da Sauber

Monisha Kaltenborn lembra época de Schumacher na Ferrari e faz ponderação em relação a críticas de que domínio da Mercedes está prejudicando a Fórmula 1

Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 W06 leads team mate Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W06

Nico Rosberg, Mercedes AMG F1 W06 leads team mate Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W06

XPB Images

Monisha Kaltenborn, Sauber Team Principal
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W06

A chefe de equipe da Sauber, Monisha Kaltenborn, acredita que a Fórmula 1 não é prejudicada pela dominação de uma única equipe.

Desde a introdução do regulamento de motores turbo híbridos na Fórmula 1 em 2014, a Mercedes tem sido força dominante do esporte, vencendo 32 de possíveis 38 GPs ao longo das duas últimas temporadas e selando os títulos de pilotos e de construtores com facilidade.

Embora os observadores tenham criticado o esporte por se tornar "chato" em termos de resultado, Kaltenborn sente que a dominação não é definitiva, já que o esporte passou por ciclos de diferentes  equipes com a mesma posição atual da Mercedes.

"Para mim, na verdade, essa dominação nunca foi um ponto negativo em nossa categoria, porque todos nós já estivemos nessa situação", disse.

"Se você voltar para os anos de Michael Schumacher, quantos anos a Ferrari dominou? E olhe para todas as coisas que foram ligadas a ela - pneus foram desenvolvidos por uma equipe, para um piloto basicamente, e você nunca teve esses tipos de discussões."

Falando sobre o domínio da Ferrari com Michael Schumacher no início dos anos 2000, Kaltenborn analisa como um fato benéfico para a Fórmula 1 como um todo.

"Há equipes que são mais adoradas pelos fãs e algumas que são menos", acrescentou.

"Mas isto tem a ver com a equipe... a cor que você via nas arquibancadas era geralmente vermelho".

"Foi bom para o esporte. Se você ver em termos de espectadores, patrocinadores, quaisquer outros acordos comerciais, isso não era um problema."

Cada equipe tem um papel a desempenhar

Kaltenborn, no entanto, alertou que a equipe dominante em determinado momento tem a responsabilidade de ajudar a garantir que o esporte permaneça saudável por não abusar de sua posição.

"Cada equipe joga seu papel na F1", disse. "Para um time como o nosso, realmente não nos afeta tanto se um time domina".

"Mas é importante que você não use essa posição dominante para empurrar o esporte em uma direção que talvez não seja bom para todo o esporte".

"Você tem que respeitar todas as equipes, seja o número um, número dois ou número 10, porque todo mundo tem um papel a desempenhar e todo mundo contribui para o show da F1."

Ela ainda acredita que a falta de diversidade nas primeiras posições, em vez do domínio por si só, é a razão para a diminuição da popularidade do esporte.

"Por que temos tantos problemas? Eles dizem que é por causa da dominação da equipe, mas na verdade é porque a diversidade não está lá", disse.

"Não importa se, na época de Schumacher, que ganhou o título em Magny-Cours (em 2002), você ainda tinha muitas corridas para disputar".

"Foi o fato de que mais equipes poderiam estar no pódio, mais equipes poderiam entregar esse tipo de resultado (o que tornaria isso interessante)."

Entrevista por Jonathan Noble

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