F1 - Marko diz que Red Bull está "milhas à frente" de Audi e Ferrari com motor de 2026 e 'cutuca' Vasseur e Wolff

Em entrevista exclusiva, consultor da Red Bull reclamou da falta de apoio das demais montadoras quanto ao pedido de mudar a fórmula do motor de 2026

Helmut Marko, Consultant, Red Bull Racing

Foto de: Michael Potts / Motorsport Images

Apesar do regulamento dos motores de 2026 da Fórmula 1 ter sido finalizado há um ano, mais problemas, dúvidas e pedidos por mudança vão surgindo de acordo com o desenvolvimento das unidades pelas montadoras.

Uma das que mais cobram mudanças é a Red Bull - Ford Powertrains, que faz uma campanha aberta pela mudança na relação entre motor de combustão interna e a potência elétrica, já que simulações iniciais mostram que os pilotos teriam que reduzir a marcha nas retas para que o motor de combustão recarregue corretamente o motor elétrico para o resto da volta.

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As preocupações da Red Bull foram recebidas com críticas pela Mercedes, que afirmou que a rival simplesmente está tendo problemas com o desenvolvimento do motor e, por isso, pedem a mudança no regulamento. 

Em entrevista exclusiva ao Motorsport-Total.com, site irmão do Motorsport.com na Alemanha, Helmut Marko falou detalhadamente sobre a situação dos motores.

"Não acredito que estejamos atrás no desenvolvimento, não importa quanto. Contratamos gente da Ferrari, Mercedes, Renault. Aqui também temos a Ford como sócia, trabalhamos com os maiores especialistas em motor de combustão interna, e também temos gênios da parte elétrica"

A Audi planejava ter sua primeira versão do motor no fim do ano, enquanto Marko diz já ter uma unidade funcionando no banco de provas da RBPT.

"Estamos em agosto e já temos um motor de combustão interna completo com MGU-K e o pacote de baterias. Estamos milhas à frente de Audi e Ferrari, e a Mercedes está quase no mesmo nível que nós".

Marko também admitiu não entender porque não houve apoio ao pedido da Red Bull para mudar a fórmula do motor, quando, segundo ele, todos sabem que os fãs não gostarão do produto final.

"Não estamos na F1 porque queremos ficar ricos, aumentar nossas vendas. Somos competidores. A F1 também é um espetáculo, temos que mostrar isso para o público. Isso não está alinhado com isso dos pilotos mudando nas retas. Todos dizem que as baterias terão metade do peso e o dobro de potência, mas isso não está escrito em pedra, é apenas uma declaração. É por isso que precisamos repensar a relação entre as unidades".

"Acredito que a distribuição deveria mudar para 60-40 a favor do motor de combustão interna. A bateria maior e mais pesada é também um problema de segurança, o acidente de Max [Verstappen] em Silverstone [2021] teria terminado de forma diferente com uma bateria pesada".

"Os carros da F1 já se aproximam dos modelos esportivos em tamanho e peso. Precisamos de carros menores e mais ligeiros, mas isso é impossível com as normas atuais. Se tivermos que levar 30 litros de combustível só para carregar a bateria, há algo muito errado".

"Não somos os únicos que se preocupam, outras marcas já falaram sobre isso. Vasseur continua sua história de amor com Toto, porque não estamos na mesma sintonia da Ferrari. Na Renault, sequer sabemos o que estão fazendo. Ainda não temos aliados, mas não é porque não sabemos do que estamos falando".

Qual a DIFERENÇA entre o domínio de Max com a Red Bull e pico de Hamilton/Mercedes? E a McLaren?

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