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Ferrari e Red Bull trocam farpas por polêmica de Mekies

Horner insiste que Scuderia desrespeitou acordo ao contratar funcionário da FIA; Arrivabene se esquiva e diz que não podia descumprir as leis

Laurent Mekies, FIA Safety Director

Foto de: Sutton Motorsport Images

Chefes de equipe na F1, Maurizio Arrivabene e Christian Horner iniciaram uma guerra de palavras sobre a mudança de Laurent Mekies da FIA para a Ferrari.

Horner, chefe da Red Bull, disse ao Motorsport.com nesta semana que a contratação de Mekies desrespeitou o acordo de cavalheiros feito entre os times sobre a contratação de funcionários da FIA, o que ganhou destaque com o episódio envolvendo Marcin Budkowski e a Renault.

Horner fez coro às queixas de Eric Boullier, da McLaren, que insistiu que as equipes respeitariam um período de 12 meses para qualquer antigo funcionário da FIA ou da administração da F1 que se juntasse a uma equipe.

Mekies, que ainda é empregado da FIA mas se afastou das atividades da F1, iniciará seu trabalho na Ferrari apenas seis meses após a mudança se tornar pública.

Arrivabene segue certo de que a Ferrari não desrespeitou nenhum acordo, e indicou que os demais chefes de equipe da F1 não deveriam ir a público e dizer o que se passa nas reuniões do Grupo Estratégico.

“Antes de tudo, não houve nada de errado. Estamos respeitando de forma absoluta às leis locais da Suíça, que foi onde Laurent foi contratado”, disse Arrivabene. “E, depois disso, fomos ainda além ao estabelecer um período de seis meses [as leis determinam três meses].”

“Eu ouvi os comentários sobre o suposto acordo de cavalheiros. Um acordo de cavalheiros sob uma lei trabalhista é ilegal. Eu pensei que eram apenas comentários, nada além disso, espero eu.”

Arrivabene argumentou que, enquanto o assunto era discutido nas reuniões, nenhum acordo foi feito devido a preocupações trabalhistas, e o departamento legal da FIA deveria fornecer mais respostas sobre o assunto na próxima reunião do Grupo Estratégico.

Horner, que dividiu a coletiva de imprensa de Melbourne com Arrivabene e o chefe da Mercedes, Toto Wolff, se manteve firme ao pensar que a Ferrari estava do lado errado da história.

“Para mim, é algo importante. Acho que o elemento que decepciona sobre isso é que temos uma coisa chamada Grupo Estratégico, onde FIA, FOM e todos os times participam.”

“Discutimos o problema de Marcin e houve um grande incômodo com um funcionário chave da FIA indo para uma equipe, que, no caso, era a Renault.”

“A Renault amenizou isso ao colocá-lo em um período de quarentena maior. Mas a conversa que se seguiu sobre isso é inaceitável, todas as equipes acharam inaceitável.”

“Houve um entendimento e uma clara declaração das equipes em dizer: ‘Certo, vamos ter uma posição clara de que deve haver pelo menos um período de 12 meses para um membro da FIA ou FOM se juntar a uma equipe, ou vice-versa.”

“Algumas equipes queriam que este período fosse de três anos. Mas, no fim, concordamos que seriam 12 meses.”

Horner questionou o valor do Grupo Estratégico levando em conta que as equipes se mostram inaptas a respeitar um acordo feito. Ele também sugeriu que a Ferrari esteve em contato com Mekies antes mesmo da discussão sobre o acordo.

“O que decepciona é que a reunião foi há menos de seis semanas. Provavelmente já havia conversas àquela altura.”

“Isso também faz com que aquelas reuniões não tenham sentido, se não pudermos concordar em algo e agir em cima disso. Claro, você pode se esconder no argumento de que ‘não está nas regras’, mas, como um grupo, nós concordamos com algo e isso não foi cumprido. Fica a pergunta de qual é o sentido de haver essas reuniões.”

“Acho que o mais decepcionante disso é que era a Ferrari ou Sergio [Marchionne, presidente] que queria que fosse um período de três anos. Então você tem uma equipe que quer um período de três anos e, algumas semanas mais tarde, estamos nessa situação.”

“Então, como digo, isso torna as discussões ainda mais um desperdício de tempo.”

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