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Há dez anos Schumacher conquistava seu sétimo e último título

Corrida movimentada em Spa-Francorchamps marcou a primeira de quatro vitórias de Kimi Räikkönen na Bélgica

Para muitos a temporada da Fórmula 1 de 2004 não teve muita graça. O fato é que em 12 das 13 primeiras corridas o vencedor havia sido um só: Michael Schumacher. Decidido a vencer todas as provas da temporada no início do ano após o suado hexacampeonato em 2003, o alemão assimilou mal a derrota em Mônaco depois de ser tocado pelo colombiano Juan Pablo Montoya durante um Safety Car.

[publicidade] Após faturar o sexto título de construtores seguido para a Ferrari vencendo em Budapeste com dobradinha ao lado do companheiro Rubens Barrichello, Schumacher precisava fazer apenas dois pontos a mais que o brasileiro no sistema antigo (do 1º ao 8º: 10-8-6-5-4-3-2-1) para matematicamente comemorar o título. Já na classificação chuvosa, o piloto usou sua grande habilidade para ficar a 0.072s do italiano Jarno Trulli da Renault.

No domingo, a corrida foi movimentada. Já na largada, se aproveitando do ótimo controle de largada, as Renault de Trulli e Alonso (terceiro no grid) pularam na frente. Schumacher era o quarto. Na subida da Eau Rouge, o primeiro acidente: Mark Webber, depois de acertar a asa traseira de Barrichello e ter perdido o bico, bateu sua Jaguar na BAR de Takuma Sato. O incidente fez com que Bruni e Pantano, de Minardi e Jordan, se tocassem e batessem, sendo eliminados da prova.



Com o incidente, Rubens foi aos pits e teve de trocar o aerofólio enquanto o Safety Car veio à pista. Com a saída do Safety Car, Schumacher perdeu a posição de pista para um inspirado Räikkönen, décimo no grid, no problemático MP4-19 da McLaren. Com uma ultrapassagem em Coulthard, a parada nos pits de Trulli e uma rodada de Alonso por um vazamento de óleo no motor, Räikkönen assumiu a ponta da prova.



Com mau rendimento, Trulli ficou fora da disputa da corrida. Enquanto isso, Schumacher se beneficiara de um ataque de Felipe Massa, ainda na Sauber, a Montoya culminando em uma bela ultrapassagem na Eau Rouge para recuperar a posição perdida após o primeiro Safety Car para o colombiano. O alemão era o segundo, com Barrichello em quinto após o incidente do início. Ainda na metade, a prova já caminhava para o título de Schumi.

Mas as emoções da corrida não pararam ali. Na volta 31, Button teve seu pneu traseiro direito estourado enquanto colocava uma volta no húngaro Zsolt Baumgartner. O inglês bateu sua BAR na Minardi e tirou ambos da corrida no fim da reta Kemmel, trazendo o Safety Car de novo. Enquanto isso, Antonio Pizzonia, substituindo Ralf Schumacher na Williams (recuperando-se de um acidente em Indianápolis) e que chegara a liderar pela primeira e única vez uma corrida de Fórmula 1, abandonava com problemas de câmbio no terceiro lugar.

O acidente de Button e Baumgartner:

F1 - Belgian GP 2004 - HRT - Part 2 por Sukhoi-su37

Na relargada, Kimi liderava à frente de Schumacher, Montoya e Barrichello. Poucas voltas depois, o pneu traseiro direito de Montoya estourou, o forçando a abandonar. Duas voltas mais tarde, Coulthard tentava passar Klien da Jaguar, quando destruiu sua asa dianteira na traseira do austríaco, o que trouxe o Safety Car novamente à pista por conta dos destroços.

Quando a prova voltou à bandeira verde, outro brasileiro, Ricardo Zonta (que substituía Cristiano da Matta, demitido após o GP da Alemanha), perdeu aquele seria seu melhor resultado na F-1, o quarto, após seu motor Toyota estourar.

De forma cautelosa, Schumacher apenas acompanhou Räikkönen, enquanto Barrichello, somando dois pontos a menos, em terceiro, não o atacava. Kimi venceu a prova, sua segunda na categoria, com o alemão em segundo, Barrichello em terceiro e Felipe Massa, em seu até então melhor resultado na Fórmula 1, em quarto.

O circuito de Spa-Francorchamps teve grande simbologia na carreira de Michael Schumacher. Foi lá onde o alemão estreou na Fórmula 1 em 1991 pela também estreante equipe Jordan, marcando o sétimo tempo na classificação. Foi lá onde um ano mais tarde, em 1992, ganharia sua primeira corrida. Foi lá também que, em 1995,  ganhou na chuva de maneira irretocável saindo de 16º no grid. E foi na pista belga que, em 2001, Michael venceu sua 52ª prova, passando o então recordista de vitórias, Alain Prost, com 51 e anotando de vez seu nome na história da Fórmula 1.

E nada seria mais poético para o alemão do que terminar o apogeu de sua carreira na mesma Spa-Francorchamps, dez anos após seu primeiro título na F-1 conquistando o campeonato pela sétima vez.

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