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Hamilton: "Quando criança, eu queria ser Senna ou Superman"

O tetracampeão da Mercedes mostrou seu lado pessoal e engraçado em um programa na televisão italiana e revelou alguns segredos

Pole sitter Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 celebrates with the helmet of Ayrton Senna

Pole sitter Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 celebrates with the helmet of Ayrton Senna

Sutton Motorsport Images

Lewis Hamilton está desfrutando de semanas de merecido descanso depois de ter conquistado seu quarto campeonato mundial da Fórmula 1. O britânico esteve no programa "Che tempo che fa", na Rai 1 italiana e falou sobre seu presente, seu passado e alguns projetos futuros. Veja algumas das respostas dadas à emissora pública da Itália.

Você pode nos dizer o que os pilotos precisam fazer para treinar? Cada ano que passa vocês são mais atletas...

"Nós temos que treinar para manter nosso peso e nossa forma. Se aumentarmos nosso peso, percebemos isso no tempo de volta. Por isso que eu faço muito cardio, eu tenho uma dieta bem pensada e treino muito. Também temos que suportar cerca de 5 ou 6G, e é por isso que treino com um capacete com 10 quilos de peso e faço movimentos repetidos e estudados".

Você gosta de dirigir além das corridas?

"Eu não gosto de dirigir no meu dia a dia. Eu gosto de ser rápido apenas na pista. Em geral, me levam, mas eu costumo usar a moto onde moro, em MonteCarlo".

Você conhece Valentino Rossi?

"Eu sou amigo de Valentino, ele é o piloto que mais gosto, e quando ando de moto, me sinto um pouco como ele".

Todos sabem que Ayrton Senna é seu ídolo...

"Senna? Comecei a assistir as corridas quando eu tinha cinco anos e nos finais de semana quando estava com meu pai, porque meus pais tinham acabado de se separar. Ayrton era meu favorito, tinha cartazes e livros dele em todos os lugares. Assistia seus vídeos quando voltava da escola. Quando criança tinha dois sonhos: ser Superman ou ser Ayrton Senna".

"Meu único sonho era fazer algo como Ayrton. Talvez chegar à F1 e ganhar uma corrida ou o Mundial. Este ano eu consegui alcançar seu número de poles e para mim foi uma emoção louca".

Você está tendo uma ótima carreira, mas os começos não foram tão fáceis.

"Eu tive muita sorte na minha carreira. Minha família não era rica e quando criança vivia em um pequeno apartamento de um quarto com meu pai. Ele tinha que trabalhar em quatro coisas para manter meus primeiros anos de carreira. Consertava ordenadores, trabalhava nas ferrovias inglesas, organizava distribuidores de bebidas... coisas assim”.

"Fazia o que era necessário para ganhar dinheiro edepois a McLaren me deu um contrato com 13 anos e isso foi ótimo, porque, de outra forma, não haveria conseguido. Competir custava muito”.

"Lembro-me do esforço para comprar o primeiro kart. Era inclusive de quinta mão e corria contra gente que tinha um material muito melhor do que o meu. Mas saindo da parte de trás do grid e chegar na frente me deu força. Tinha fome para alcançar."

É verdade que nos últimos anos você conheceu a rainha Elizabeth?

"Sim, eu fui jantar com a rainha Elisabeth. Foi genial! Eles me ligaram, eu estava no Brasil na última corrida de 2009 e me disseram que a rainha queria me convidar para um café da manhã. Eu pensei: ‘Mamma mia, não acredito’ . Então eu fui para a Inglaterra e tomei café da manhã com a Rainha e tenho que dizer que ela é a avó mais incrivelmente legal que existe! Uma avó fantástica."

"Estava ao meu lado e conversamos um pouco. Terminou de falar com uma das pessoas ao meu lado, éramos 132 e depois ele falou comigo por 40 minutos. Conversamos sobre cães, sobre comida, sobre música, sobre o que fazemos nos fins de semana. Ela faz muitas coisas. Assiste filmes, televisão e seu marido também vê os GPs! Uma ótima conversa, uma das memórias mais bonitas da minha vida".

Você teve a honra de conhecer Nelson Mandella também. Foi um dos dias mais bonitos da sua vida?

"O encontro com Nelson Mandela foi outro momento especial na minha vida. Eu estava em uma sala quando ele entrou. Usava uma camisa muito bonita, ele se sentou como se estivesse no trono. Era como ir a uma recepção do rei. Tinha um carisma incrível. Era algo realmente impossível de acreditar, um ser humano maravilhoso, sempre sorrindo. Também convidou a mim e minha família e eu para seu aniversário de 90 anos".

Você é o primeiro piloto negro na história da F1. Você acha que mudou de forma alguma um sistema que sempre teve pilotos brancos como protagonistas?

"As corridas de carros sempre foram favoráveis aos brancos por muitos anos. Antes de eu chegar, só tinha eu e meu pai nas corridas. Agora há asiáticos, mexicanos, pessoas de cor... em suma: todos os tipos de pessoas. Espero ter contribuído com tudo isso!"

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