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Ordens de equipe não são novidade na história da Williams

Saiba e entenda algumas das ordens já dadas pelo time de Grove durante sua estadia dentro da Fórmula 1

Quando pediu para Felipe Massa ceder seu sétimo lugar a Valtteri Bottas, a Williams ressuscitou um histórico de ordens de equipe adormecido por mais de uma década. Conhecida por deixar seus pilotos brigarem na pista, apesar de historicamente nunca ter precisado intervir em confrontos diretos entre seus pilotos graças a diferenças técnicas (exceção feita às duplas Piquet/Mansell e Montoya/Ralf Schumacher, quando não se pôde interferir), o time já usou o poder de dono dos carros para tentar definir a ordem das corridas.

GP do Brasil 1981:

O argentino Carlos Reutemann liderava a corrida no extinto autódromo de Jacarepaguá e caminhava para aquela que seria sua primeira vitória no ano. O piloto, que havia perdido o GP em Long Beach, abertura oficial do mundial, para o companheiro Alan Jones após um erro, tentava se consolidar de vez na equipe campeã do mundo de 1980. No entanto, quem tinha o status de primeiro piloto era Jones, o atual campeão. A equipe mostrou no terço final da prova uma placa no pit wall com o nome “Jones” em cima de “Reut”, pedindo uma inversão, mas Carlos não obedeceu o time.

Bravo com o segundo lugar, o australiano se recusou a ir ao pódio. O episódio teve efeito negativo ao atual campeão, que só ganhou mais uma corrida na temporada. Reutemann disputou o título até a última prova, com Piquet e Laffite, onde por um problema de câmbio perdeu o campeonato para o brasileiro.

GP da Europa 1985:

Um episódio curioso marcou a corrida de Brands Hatch em 1985, primeira vitória de Mansell na F-1. Rosberg era o segundo nas voltas iniciais atrás da Lotus de Senna. Na volta seis, tentou uma ultrapassagem em cima de Ayrton, que acabou o fechando e o fazendo rodar. Sem culpa, Piquet acabou batendo no carro do finlandês e furando o pneu da Williams. Com Piquet fora, Keke foi aos pits trocar o esquerdo traseiro. Em um pit stop que demorou estranhamente mais do que o normal (19.75 segundos), Rosberg voltou exatamente à frente de Senna. O piloto reduziu o ritmo e trancou o brasileiro, que ficou à mercê do ataque de Mansell, que acabou o passando para vencer.

GP da França 1992:

Depois de um início de mundial avassalador com cinco vitórias em sete corridas, e sete poles em oito possíveis, Nigel Mansell perdeu a primeira posição na largada do GP disputado em Magny-Cours para seu companheiro, Riccardo Patrese. O inglês atacou o italiano nas primeiras e voltas, mas não obteve êxito. Após uma paralisação com bandeira vermelha por chuva, a Williams resolveu intervir. Logo no fechamento da primeira volta, exigiu que Patrese deixasse o inglês passar. O italiano prontamente sinalizou e abriu para o futuro campeão daquele ano. Na entrevista coletiva pós-corrida, Riccardo preferiu o silêncio. “No comments”, foi o que disse quando perguntado se havia recebido uma ordem dos pits.

GP da França 1993:

A série de sete poles seguidas de Alain Prost em seu retorno à F-1 foi quebrada pelo britânico Damon Hill, que vinha crescendo naquela temporada. Hill largou na frente e ficou em primeiro até o pit stop, quando foi segurado pela McLaren de Michael Andretti. Prost - que tirara de Senna a liderança do campeonato na corrida anterior, no Canadá -  ficou na frente do inglês depois de seu pit stop por uma distância mínima. Hill, com bom ritmo, tentou atacar Alain pelo primeiro lugar, mas foi segurado pela equipe. A diferença dos dois na linha de chegada foi mínima, apenas 0.342s.

GP da Austrália 1996:

A maior briga entre Hill e Villeneuve naquele ano aconteceu em Melbourne, na abertura da temporada. Na pole, o estreante liderou com propriedade a prova, chegando a até passar Damon após o britânico voltar à sua frente dos pits com pneus frios. No entanto, com um pequeno vazamento de óleo no carro #6 (que inclusive lavou o carro de Hill, como é possível ver nas fotos do fim do GP), o time pediu para que Jacques cedesse o primeiro lugar para Damon nas últimas voltas.

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