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McLaren: superamos dificuldade de adaptação ao motor Renault

Diretor técnico detalha trabalho “intenso” para encaixar nova unidade de potência em seu chassi

Fernando Alonso, McLaren MCL32

Fernando Alonso, McLaren MCL32

Steven Tee / Motorsport Images

Oliver Turvey, McLaren MCL32
Oliver Turvey, McLaren MCL32
Fernando Alonso, McLaren MCL32
Fernando Alonso, McLaren MCL32
Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32
Stoffel Vandoorne, McLaren MCL32
Stoffel Vandoorne, McLaren, is attended to by mechanics in the pit lane

Diretor técnico da McLaren, Tim Goss está confiante de que a equipe superou com sucesso as dificuldades causadas pela arquitetura do motor Renault sem que tenha sido necessário comprometer as características do chassi de 2018.

Depois de três anos de decepções com a Honda, a McLaren optou por encerrar o acordo com a fabricante japonesa ao fim de 2017 e assinar um contrato de cliente com a Renault a partir deste ano.

Apesar de que a mudança deverá trazer um necessário ganho de potência, Goss revelou que a alteração exigiu trabalho adicional na parte traseira do carro devido à forma com que a Renault encaixa seu turbo e seus sistemas de recuperação de energia de forma diferente da Honda.

“A arquitetura da Renault é muito diferente”, explicou Goss ao Motorsport.com. “Há duas arquiteturas de motor fundamentais: temos a abordagem Mercedes/Honda e a abordagem Ferrari/Renault. Essencialmente, a diferença está na forma com que o turbo se situa.”

“A abordagem Mercedes/Honda tem o compressor em frente ao motor, com a turbina na traseira do motor e o MGU-H situado no meio do ‘V’.”

“Já a abordagem Ferrari/Renault tem o compressor na traseira do motor, com o MGU-H atrás e a turbina também atrás.”

“Isso requer uma abordagem muito diferente no chassi e no câmbio, e, agora, temos a experiência com ambos. Podemos ver que há prós e contras em ambos.”

“Há coisas que adoro da abordagem da Renault e há coisas que me frustram um pouco, mas, no fim, tivemos a sorte de que a decisão de trocar de motor foi tomada em tempo. Isso não poderia ter acontecido depois.”

Goss explicou que, ao diferenciar os pré-requisitos do pacote da Renault, isso rendeu impacto em diversas áreas do carro – incluindo tanque de combustível, câmbio e suspensão traseira.

“Tivemos de reconfigurar o chassi, mudar o sistema de resfriamento e reconfigurar o câmbio para conseguir encaixar”, disse.

“Mas conseguimos isso em tempo, sem trazer nenhum dano significativo ao chassi. Foi uma mudança bem grande.”

“O motor Renault fica mais à frente no chassi. Com o Honda, você tem a entrada de ar que vai até a parte da frente do motor, e esse volume sai de sua célula de combustível. Então, como resultado, o chassi era mais longo.”

“Mas o que não tínhamos era um turbocompressor na parte traseira do motor, o que fica no caminho da suspensão. Então, você fica com uma tarefa mais fácil na parte de trás do motor.”

“Quando vamos ao motor Renault, de repente a parte dianteira do motor se torna muito mais simples, e, como resultado, ganhamos de volta uma quantidade substancial de volume de combustível.”

“É possível jogar o motor para a frente e o encaixe aerodinâmico do motor e do escapamento são consideravelmente melhores, porque eles se moveram para frente no chassi.”

“Mas, então, você tem um turbocompressor que está situado na carcaça e, como resultado, é preciso redesenhar sua suspensão traseira e estender o câmbio para acomodá-lo.”

“Mas fizemos um trabalho fantástico, realmente fantástico. Foi muito, muito intenso. Tivemos basicamente duas semanas de esforço intenso para resolver isso, mas sabíamos praticamente o que precisaríamos fazer.”

Ganho de performance

O chassi da McLaren era considerado um dos melhores de todo o grid no ano passado, apesar de uma falta de potência tenha dificultado as comparações com Mercedes, Ferrari ou Red Bull.

Mas, apesar de a equipe estar otimista para 2018, Goss está ciente de que as outras equipes também terão oportunidade de rever seus projetos e dar um grande salto.

“Obviamente, escolhemos uma arquitetura do carro para o começo da temporada, e há coisas que são construídas que não são possíveis mudar durante a temporada”, disse.

“Então, quando redesenhamos o carro, essa é a oportunidade para fazer essas mudanças. Acho que as pessoas vão, ao olhar para os outros carros, estar aptas a fazer essas mudanças.”

“Você pode esperar que haja um passo, e, pelo fato de os carros serem relativamente imaturos, você pode esperar um passo maior do que nas temporadas anteriores.”

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