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Mercedes e Renault: F1 corre risco com novos motores

Renault e Mercedes acreditam que reformulação de motores seja desnecessária com os novos regulamentos propostos para 2021

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W08, Nico Hulkenberg, Renault Sport F1 Team RS17

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W08, Nico Hulkenberg, Renault Sport F1 Team RS17

Steven Tee / Motorsport Images

Na sequência da reunião entre os fabricantes, FIA e o Grupo da F1 para discutir uma visão para as futuras regras de motores, há preocupações de que as ideias apresentadas não sejam o que a categoria precisa.

Enquanto as propostas reveladas na terça-feira pareçam semelhantes às versões atuais, mantendo o mesmo mecanismo de 1,6 litros, mas abandonando o MGU-H para um MGU-K mais poderoso, as mudanças são suficientes para forçar os fabricantes a criar novos motores.

Na verdade, a Renault e a Mercedes estão de acordo de que a F1 seria melhor se concentrando no desejo dos fãs de ter motores com mais ruído e com mais potência. Isso pode ser conseguido por meio de uma série de medidas, incluindo o aumento do limite de rotas e as restrições de combustível, em vez de exigir centenas de milhões de dólares gastos em unidades de energia totalmente novas.

É esse aspecto que tem alarmado particularmente dois dos atuais fabricantes.

O diretor da Renault F1, Cyril Abiteboul, disse ao Motorsport.com: "Apesar do que a FOM e a FIA dizem, o que é apresentado é um novo motor. É um novo motor com muitos truques, mas é um novo motor. Realmente para mim é o elemento mais fundamental."

"Precisamos ser extremamente cuidadosos porque cada vez que chegamos a um novo regulamento que criará um novo produto, todos sabemos qual é o impacto. Isso vai abrir novamente uma corrida, e abrirá o grid mais uma vez."

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, disse também ao Motorsport.com: "Quando você olha para os pontos apresentados, parece que não é uma grande mudança e é superficialmente similar, mas há mudanças maciças."

"É um motor totalmente novo, com novas estratégias de colheita e implantação de energia."

"Todos nós aceitamos que os custos de desenvolvimento e o som precisam ser abordados, mas não devemos fugir da criatividade ao criar novos conceitos, porque isso irá desencadear custos paralelos de desenvolvimento nos próximos três anos."

Motores mais barulhentos e rápidos

Renault e Mercedes aceitam que os motores atuais precisam ser melhorados, especialmente em termos de som, mas acham que isso pode ser feito sem um design totalmente novo.

A Renault já sugeriu que, com mudanças que não exigem novos motores, os modelos revisados poderiam ser introduzidos já em 2019, se todos os fabricantes concordassem.

Abiteboul acrescentou: "A proposta da Renault há seis meses foi manter o motor atual, mas renunciar a qualquer tipo de restrição de combustível, além de mover a limitação do fluxo de combustível."

"A grande coisa sobre essa proposta é que você poderia fazer isso sem ter que esperar até 2021. O mundo está mudando rapidamente, até 2022 vários fabricantes de carros terão mudado para algo que é muito mais elétrico do que hoje."

Novos fabricantes

Enquanto a FIA e o Grupo da F1 esperam que as novas regras de motor atraiam novos fabricantes, Wolff acha que é um erro ignorar os interesses da concorrência atual.

"Em primeiro lugar, a F1 precisa ser atrativa para os atuais fornecedores de motores e, em seguida, a ela deve ser atraente para os novos operadores", afirmou. "Esta é a ordem de prioridade."

"Precisamos entrar em um diálogo agora para criar um conceito que funcione para todos, e estamos interessados em entrar nesse diálogo."

Abiteboul concordou que as propostas apresentadas devem ser vistas apenas como um ponto de partida para o que serão longas discussões.

"Eu acho que não é uma coisa ruim ter uma visão, porque acho que demorou muito para entender o que era a posição de Liberty em vários temas", disse ele. "É bom começar de um ponto de partida, não como ponto final."

A Ferrari ainda não falou sobre as propostas, enquanto a Honda recusou se envolver no debate.
Um porta-voz da Honda disse: "Como nada foi acordado especificamente entre as partes relacionadas, a Honda não comentará sobre este assunto nesta fase."

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