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Pai de Bianchi relata dificuldades para retomar vida normal

Philippe Bianchi quer que responsáveis pela morte de seu filho sejam punidos: “para mim, há algo errado”

Jules Bianchi, Marussia F1 Team

Foto de: XPB Images

Philippe Bianchi, pai de Jules Bianchi, com Romain Grosjean, Lotus F1 Team
Adrian Sutil, Sauber F1 Team, observa a equipe de salvamento trabalhando após o acidente com Jules Bianchi, da Marussia F1 Team
Jules Bianchi, Marussia F1 Team
Jules Bianchi, Marussia F1 Team MR03
Jules Bianchi, Marussia F1 Team MR03
Equipe de segurança trabalha após o acidente de Jules Bianchi, Marussia F1 Team
Marussia F1 Team MR03 de Jules Bianchi, carregamensagem de apoio, com hashtags #ForzaJules e #JB17
A família de Jules Bianchi no paddock: Tom, Philippe e Christine Bianchi - irmão, pai e mãe, nesta ordem
Marussia F1 Team MR03 de Jules Bianchi, carregamensagem de apoio, com hashtags #ForzaJules e #JB17
Marussia F1 Team MR03 de Jules Bianchi, carrega mensagens de apoio, com hashtags #ForzaJules e #JB17 carro não será usado
Lotus F1 E23 com tributo a Jules Bianchi
Capacete de Pastor Maldonado, Lotus F1 Team homenagem a Jules Bianchi
Pilotos durante minuto de silêncio em memória de Jules Bianchi

O GP do Japão de 2014 ficará para sempre marcado pela perda do francês Jules Bianchi. Disputada em meio a um tufão na região de Suzuka, a corrida teve em sua parte final o acidente de Adrian Sutil. Uma volta depois, Jules Bianchi saiu da pista no mesmo ponto e atingiu o trator que tirava o carro do alemão.

Bianchi ficou nove meses em coma antes de falecer no dia 17 de julho de 2015.

Em entrevista ao site francês Minute-Auto.fr, o pai do piloto, Philippe, descreveu o desespero diário que vive desde a perda de seu filho e a dor de ver as corridas de Fórmula 1 atualmente.

"Nós seguimos, não temos escolha. Há datas que são significativas quando se vive eventos dramáticos. A morte de Jules foi há apenas um ano, e é terrível. O GP de Monza foi igualmente terrível para mim, porque foi onde tive meu último momento com Jules, pouco antes do GP do Japão de 2014. Não é fácil, você estranha.”

"Há momentos em que somos invadidos pela tristeza, que se alimenta de toda a nossa energia. Mas, em seguida, é hora de seguir.”

"Percebemos que ao longo do tempo, embora as pessoas ainda estejam com ele no coração, a vida continua para todos. Se não agirmos agora para manter sua memória, nos esqueceremos muito rapidamente.”

"A Fórmula 1 era a vida de Jules, e ver que tudo continua sem ele é difícil. Ele tinha um futuro brilhante e sabemos que sem o acidente ele poderia continuar subido. Foi muito positivo vê-lo progredindo de corrida a corrida. Agora é muito mais complicado porque ele nunca estará aqui novamente."

"Que os responsáveis paguem por sua culpa"

Em maio passado, a família Bianchi anunciou uma ação judicial contra a FIA e a Marussia na Grã-Bretanha para saber a verdade sobre as decisões e os elementos que levaram à morte de seu filho.

"Depois do acidente, tomei algumas ações porque queria saber a verdade", disse Philippe Bianchi. "Eu acho que algo estranho aconteceu antes do acidente. Em todos os acidentes que a F1 já viu, mesmo os mais terríveis, há replay. Mas neste não há nenhuma imagem onde a FOM mostra o que realmente aconteceu.”

"Para mim, há algo de errado. Me devem a verdade. Insisto que ele não tem nenhuma responsabilidade pelo que aconteceu, houve um monte de erros. Há muitos elementos que fariam esta corrida ser interrompida. O guindaste não deveria estar lá, não deveríamos  ter uma bandeira verde ali também. Foi um desastre total.”

"As pessoas que me atacaram porque eu tinha interesse na Fórmula 1 querem manter seus privilégios. Isso não me afeta. Mas se as pessoas falarem 'é verdade, cometemos erros, mas não podemos voltar’, seria um passo à frente para mim."

"Eu contratei advogados para saber a verdade e para que os responsáveis paguem por sua culpa."

O pai também disse que Jules Bianchi teve uma conversa com sua irmã antes do GP do Japão para tranquilizar sua família do risco que o tufão poderia trazer para a corrida.

"Jules falou com sua irmã no dia da corrida. Ele a tranquilizou e disse que estava confiante na direção de prova, porque era possível que o GP fosse cancelado devido ao tufão. Mas isso não foi o que aconteceu."

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