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Rubinho: "Schumacher era melhor, mas se as coisas fossem mais abertas..."

Ex-F1 fala sobre sua carreira na F1 em programa de TV e diz que era possível vencer na Ferrari, caso disputa fosse livre

Ex-piloto de F1, atualmente na Stock Car e atuando como comentarista da Globo, Rubens Barrichello foi tema da série “Grandes Nomes”, do canal Multishow, que está no ar nesta semana. O documentário abordou desde o começo de sua carreira no Kart, até o momento atual, em que Rubinho começa a ensinar os primeiros passos no automobilismo para o filho Fernando.

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Durante o programa, personalidades como o ator Marcos Breda, o jornalista Reginaldo Leme e a esposa de Barrichello comentaram a vida do piloto. O próprio Rubens também falou sobre vários assuntos, como Ferrari, Brawn, Schumacher e sua passagem pela Indy. Sempre polêmico, Rubinho disse que se considera um “mau perdedor” e que, mesmo admitindo a superioridade de Schumacher, poderia ter sido campeão pela Ferrari caso “as coisas fossem mais abertas".

O brasileiro também falou sobre o trauma de Ímola 94, quando sofreu grave acidente e ainda perdeu o amigo Ayrton Senna. Veja os principais trechos:

ÍMOLA, SENNA E PRESSÃO:

“O acidente em Ímola é uma marco. Uma coisa histórica, o pior acidente que tive na carreira e a sensação de ter perdido um amigo, o Ayrton e um colega, o Ratzenberger. Aquela semana após a batida e o enterro do Ayrton, ficou uma expectativa muito grande para saber se eu voltaria ou não. E tudo que passou na cabeça foi: ‘preciso voltar o quanto antes. Caiu do cavalo, precisa montar logo.’ No meu primeiro treino, eu tinha medo de ter medo. Quando entrei no carro, pensei: ‘Ou eu saio do carro logo ou eu faço o meu melhor tempo em Silverstone’. Aí eu fiz o meu melhor tempo de Silverstone ”.

“Não senti a pressão de ser um líder como o Ayrton. Mas senti o quão duro foi para o público perder o Ayrton. Meu sentimento era de poder dar tudo e mais um pouco para que o Brasil não perdesse aquela paixão pelo automobilismo. Mas nunca tive a pretensão de ser alguém que não fosse eu, Rubens Barrichello. Se eu ganhasse corridas, títulos, seria para mim, não por que o Brasil queria. Mas a pressão foi grande. E teve maldade na imprensa, na mídia de criar um personagem e aumentar a pressão.”

FERRARI E SCHUMACHER:

“Eu acho, como todo mundo deve achar e é certo: se pudermos medir a qualidade do Schumacher e do Barrichello, ele é melhor do que eu. Ele teria mais melhores dias do que eu. Mas, se as coisas na Ferrari fossem um pouco mais abertas, talvez de todos aqueles títulos que ele teve, eu pegaria pelo menos um. Todos os acertos, modificações, o sentimento de saber lidar com os pneus... A Ferrari ganhou muito enquanto estive lá e todos preferem analisar como algo só do Schumacher, mas eu prefiro creditar a um trabalho de toda a equipe”.

ÁUSTRIA 2002

“A primeira coisa que fiz naquele dia foi vomitar. Eu me senti tão mal, que não acreditava que alguém pudesse estar fazendo aquilo comigo. Tinham situações que não eram para acontecer. Aquele momento foi horrível. Não acreditava que poderiam prejudicar um ser humano daquele jeito, para ajudar outro”.

BRAWN, WILLIAMS, INDY E STOCK

A Brawn foi o melhor carro que guiei na vida e foi um campeonato excelente. Tenho ótimas lembranças daquele carrinho branco. E achei que seria igual de 2011 para 2012, na Williams. Eu havia lutado muito em 2009 para ficar na Brawn e deu tudo certo. Achei que seria igual, mas agora penso que eu deveria ter ido mais à fábrica. Falo isso sem problema, pois isso pode ajudar algum menino que está começando. Naquele momento talvez tenha faltado um pouco de humildade”.

“Aquele telefonema que eu recebi de que não estaria guiando na F1 foi um choque, mas ao mesmo tempo me arrumei rapidinho. Não vou dizer que era um super prazer de guiar um carro como aquele, pois o carro deixava um pouco a desejar em relação à F1, mas foi ótimo poder guiar em Indianápolis. Stock é um recomeço aos 41 anos de idade. É legal ver que essa garotada respeita o que eu posso trazer em termos de experiência, ao mesmo tempo sem perder a velocidade.”

VITÓRIAS E DERROTAS

“F1 como um todo me ajudou a ser uma pessoa melhor, a ser mais feliz. Mas a maior dificuldade para mim sempre foram as vitórias. Ganhar é muito fácil, comemorar é muito fácil. Mas você tornar um momento ruim em um momento bom é que é a principal qualidade da vida. E eu sempre fui um mau perdedor. Sempre ia pra casa mal quando perdia no ping-pong, por exemplo. E quando você está na mídia, acaba sendo um alvo grande.”
 

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