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Um motor para 7 GPs? As novidades técnicas da F1 2018

Conheça as novas restrições e regras da Fórmula 1 para a temporada que inicia neste fim de semana

Lewis Hamilton, Mercedes-Benz F1 W08  leads at the start of the race as Esteban Ocon, Sahara Force India VJM10 and Sergio Perez, Sahara Force India VJM10 touch in the background

Foto de: Sutton Motorsport Images

Dentro e fora da pista, algumas regras mudaram na Fórmula 1 para 2018. Além do polêmico halo, outras implementações também serão vistas pela primeira vez nesta temporada. Junto a isso, os regulamentos – como de costume – também tiveram suas alterações.

Conheça agora cinco itens para ficar de olho:

Restrição de motores

 

Carlos Sainz Jr., Scuderia Toro Rosso STR12, stops his car as his engine smokes

A principal novidade técnica para a temporada 2018. No ano passado, cada piloto tinha direito de utilizar por ano quatro dos elementos que formam a unidade de potência da F1 (motor a combustão, turbo compressor, MGU-K, MGU-H, bateria e controle eletrônico). Para este ano, os pilotos poderão utilizar apenas três motores, três turbos e três MGU-Hs – o que fará em média estes elementos precisarem durar 7 GPs. Mas o agravante é que os outros três componentes restantes poderão ser trocados apenas uma vez durante a temporada! Ou seja, os pilotos só poderão usar dois MGU-Ks, dois controles eletrônicos e duas baterias neste ano, o que pode gerar muitas punições de grid. O motivo da medida? Controle de custos.

Punições de grid

 

Lewis Hamilton, Mercedes-Benz F1 W08  leads at the start of the race as Esteban Ocon, Sahara Force India VJM10 and Sergio Perez, Sahara Force India VJM10 touch in the background

Pegando o gancho, as punições passaram por uma pequena repaginada para esta temporada. Para evitar as penalizações astronômicas dos últimos anos (ex: 60 posições em um grid de 20 carros), a partir de agora quando um piloto tiver mais de 15 posições em punição ele automaticamente já irá para o fim do grid. Se mais de um piloto tiver a mesma sanção, o piloto que recebeu a penalização antes (ou seja, que comunicou as trocas na unidade antes) larga à frente. O primeiro componente além do permitido na unidade de potência gera punição de 10 posições no grid. Após isso, a cada nova unidade do componente em questão, a penalização é de apenas cinco posições.

Arco-íris de pneus

 

Snow covered Pirelli tyres

Depois de decidir ser cautelosa com os pneus em 2017 devido à maior carga aerodinâmica dos carros, a Pirelli resolveu inovar em 2018. Nada menos que sete pneus diferentes serão utilizados neste ano, com as adições dos compostos hipermacios e superduros (ao lado dos ultramacios, supermacios, macios, médios e duros). A decisão de aumentar gama de pneus tem como finalidade uma escolha mais precisa de compostos para cada pista. Com isso, a fabricante quer que cada corrida tenha pelo menos duas paradas, e que as provas de apenas um pit stop (rotina em 2017) não ocorram mais. Para isso também, os pneus estarão mais macios neste ano. Por exemplo: o pneu de composto ultramacio do ano passado será o supermacio deste ano, e o composto supermacio do ano passado será o macio de agora. O que significa que o novo pneu hipermacio será “dois graus” mais macio que o composto ultramacio do último ano. Ficou fácil entender? Ah, é: ainda existem os dois compostos de chuva...

Fim das barbatanas e asas T

 

Red Bull Racing RB13 T-wing detail

Criticadas por várias pessoas do meio da Fórmula 1 no ano passado, as barbatanas de tubarão foram proibidas para 2018 puramente pela questão estética. Pensada para evitar que o fluxo de ar entre a tampa do motor e a asa traseira (mais baixa, seguindo o regulamento para 2017) forme um turbilhão, além de aumentar a eficiência aerodinâmica da asa traseira, a barbatana caiu no gosto das equipes em 2017, assim como a asa T, que ficava atrás da barbatana, também proibida. Porém, mesmo com a proibição, todos os times esticaram as carenagens das tampas dos motores na pré-temporada até o limite, para tentar chegar próximo do efeito obtido no passado.

Óleo x gasolina

 

Valtteri Bottas, Mercedes-Benz F1 W08

No último ano, algumas equipes (a Mercedes a principal delas) utilizavam o óleo dos motores no sistema de combustão para aumentar a potência dos carros. A queima do óleo driblava o limite de fluxo de combustível de 100 kg/h dentro do motor de combustão interna, estabelecido desde o início da era híbrida, em 2014. A prática não será mais permitida em 2018 e terá fiscalização da FIA. No ano passado a queima de óleo permitida a cada 100 km era de 1,2 L. No meio do ano, ela foi reduzida para 0,9 L e em 2018 será de 0,6 L. Além disso, a especificação dos óleos foi restringida e válvulas de controle ativo foram banidas em algumas partes do motor.

 

 

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