Entrevista

Walter Wolf: política de motores arruinou a Fórmula 1

Ex-dirigente fez sucesso no comando da equipe Wolf nos anos 1970

Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11

Daniil Kvyat, Red Bull Racing RB11

XPB Images

Jean Todt, FIA President
Bernie Ecclestone,
Felipe Massa, Williams e Pastor Maldonado, Lotus F1
Sebastian Vettel, Ferrari
Roberto Merhi, Manor F1 Team
Sergio Perez, Sahara Force India F1 VJM08
Pastor Maldonado, Lotus F1 E23
Kimi Raikkonen, Ferrari SF15-T
Pastor Maldonado, Lotus F1 E23
Pastor Maldonado, Lotus F1 E23
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W06

Dono de equipe entre as temporadas 1977 e 1979, o canadense Walter Wolf fez críticas ao atual momento da Fórmula 1, especialmente para as equipes independentes.

Wolf foi proprietário da escuderia que levava o seu sobrenome e venceu três corridas, incluindo a prova de estreia, além de ter sido vice-campeão entre pilotos com o sul-africano Jody Scheckter logo no ano de estreia, algo inimaginável nos duas atuais.

Sem o apoio direito de uma montadora, equipes como Williams, Sauber e Force India não têm neste momento chances contra Ferrari e Mercedes.

Wolf foi questionado se aceitaria retornar à F1 atual. “Não. Há muita política na F1. Hoje, a Mercedes é muito grande, assim como a Ferrari, que pertence a Fiat. As duas equipes têm excelentes diretores.”

O empresário afirmou que uma das atrações da F1 nos anos 1970 era a possibilidade de poder contar com motor independente, como foi o caso do Ford Cosworth DFV para o bem-sucedido modelo Wolf WR-1, de 1977.

“Não precisávamos produzir o motor. A Cosworth construiu o Ford DFV, que era muito bom. Hoje as equipes independentes não podem ter um propulsor competitivo.”

“Veja a Williams, que têm carros impulsionados por motor Mercedes. Os propulsores não são os mesmos que a Mercedes fornece para a equipe dela. Você pode comprar um motor, mas não o mesmo (da equipe principal).”

“Por motivos óbvios, se eu construir um motor, eu não darei a você o mesmo que eu tenho.”

Wolf afirmou que as escuderias independentes precisam ter urgentemente uma paridade com as equipes de fábrica.

“Re Bull está tentando os motores Ferrari de 2016. Adrian Newey trabalhou comigo. Newey não quer os motores da Ferrari porque sabe não serão os mesmos que os do (Sebastian) Vettel. Se a Mecachrome puder construir um motor (Renault) para estar no mesmo nível que Ferrari ou Mercedes, a Red Bull estará novamente brigando na frente.”

De acordo com o empresário, os motores não são o único problema atual da F1. Ele defende os esforços para que os carros se tornem mais rápidos e mais difíceis de guiar a partir de 2017.

“Conheço o Bernie (Ecclestone) há 50 anos. Ele é muito inteligente. Bernie é a F1, acreditem em mim. Esqueçam o resto.”

“Ao passo que ele esteja no comando, haverá progresso. Gosto muito do novo regulamento que será aplicado para 2017. Atualmente, o carro faz 85% do trabalho.”

O ex-dirigente fez elogios a Sebastian Vettel. “Para mim o melhor piloto do mundo (e não porque tenho ascendência alemã) é o Vettel, não o (Lewis) Hamilton. Hamilton é muito bom, mas tem um carro excelente. O motor Mercedes é inacreditável. Mas o Vettel será campeão do mundo de novo. Se não este ano, então ano que vem.”

 

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