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Wurz: “podemos fazer carros que andam a 450 km/h”

Alex Wurz, presidente da GPDA, diz que aumentar a segurança dos pilotos na Fórmula 1 permitirá ao esporte fazer carros muito mais velozes e aumentar a emoção nas corridas

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid leads at the start of the race

Foto de: XPB Images

A Fórmula 1, se mais segura, pode ser muito mais veloz: quem diz isso é Alex Wurz, presidente da GPDA (Grand Prix Drivers Association). Para o ex-piloto, se a segurança for aumentada, os carros podem ser ainda mais velozes e apresentar mais downforce.

"Se eu fosse um visionário para a F1, eu faria os carros ainda mais seguros, mas faria eles mais velozes", disse Wurz ao Motorsport.com.

"Mas falo de muito mais velocidade, pois podemos fazer carros que andam a 450 km/h e que tenham muito mais downforce. Se fizermos isso, quando os carros forem mais seguros, poderemos correr em pistas mais extremas, circuitos de rua", afirmou.

Wurz, que um dos que mais insistiu na introdução do Halo para 2017 - o que foi adiado para 2018 - crê que o aumento na segurança dos carros da F1 levaria embora muitas das regras atuais que fazem o campeonato ser menos emocionante para os fãs.

"Não precisaríamos de extensas áreas de escape asfaltadas e não teríamos essas punições que ninguém entende mais. O ponto é que o fã em casa precisa olhar para a F1 e pensar: 'Eu jamais faria isso. Apenas os mais corajosos e talentosos pilotos podem fazer isso'. Então não me importarei com o resto, pois o fã dentro de mim estará satisfeito. Agora estamos muito distantes de qualquer emoção", acrescentou.

"Se os carros não são seguros, o diretor de prova é forçado a se preocupar com os pilotos, pois ele não quer ser preso caso algo grave aconteça. Aí ficamos em uma rua sem saída", ressaltou.

"Minha opinião é a seguinte: façam os carros mais seguros e sejam agressivos nos demais aspectos. Poderemos fazer isso porque as vidas não estarão sob risco. Sempre há perigo ao pilotar em tais velocidades, como sempre vimos, mas estaremos trabalhando contra as probabilidades", ponderou.

O presidente da GPDA destaca, por fim, que se a F1 adotar esta direção para o futuro, será necessário se afastar de um pensamento de curto prazo.

"Trata-se de uma visão de longo prazo, a meu ver - algo que não combina com algumas visões de curto prazo das pessoas que estão no comando. Não sei se estou certo, mas é por isso que devemos decidir tudo isso como um grupo", completou.

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