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Nasr: "Preferi não depender das categorias brasileiras”

Único representante do Brasil na GP2 afirma que pilotos nacionais precisam se preparar melhor para vingar na Europa

Nasr é o terceiro colocado na GP2 após a primeira rodada dupla

Felipe Nasr é uma espécie de último dos moicanos do automobilismo brasileiro. Afinal, enquanto vemos pilotos nacionais migrando para categorias de endurance e de turismo, o brasiliense de 20 anos é o único representante do país na GP2, último degrau entre os monopostos antes de chegar à Fórmula 1 e, juntamente do vice-campeão da categoria ano passado, Luiz Razia, é um dos únicos que pintam como reais candidatos a chegar ao topo.

Nasr, que faz sua segunda temporada na GP2 e espera lutar pelo título em 2013, não vê com estranheza o fato de estar sozinho em uma caminhada que, há cerca de 10 anos, parecia revelar um sem-número de pilotos nacionais. Em entrevista ao TotalRace, o piloto salientou a importância de ter planejado bem os passos da carreira. “Por mais que falte apoio no Brasil – e não sei realmente identificar qual a falha –, eu preferi me preparar, estar do lado de pessoas profissionais, do que depender das categorias brasileiras.”

Vindo de família tradicional no automobilismo brasileiro, Felipe saiu do Brasil ainda em 2009, aos 16 anos. Foi campeão de forma absoluta na F-BMW logo de cara, e conquistou a F-3 Britânica dois anos depois, novamente mostrando grande consistência. Em 2012, deu o passo para a GP2 e, após o 10º lugar no ano de estreia, espera deslanchar em sua segunda temporada.

“Desde que saí do Brasil, estava muito bem preparado”, destacou Nasr. “Acho que essa foi minha vantagem. Aprendi muito com minha família, por eles estarem dentro do mundo do automobilismo, e acho que é isso que falta naqueles que estão saindo do Brasil hoje: eles estão vindo para a Europa sem base, sem preparo. Você sempre tem de estar junto de pessoas preparadas para dar os passos na Europa.”

O piloto salientou que a concorrência é muito pesada entre os jovens, fazendo com que aventureiros fiquem pelo caminho. “Assim que você chega aqui, não tem muito tempo para se preparar, pois os europeus têm uma base muito boa, tanto da parte técnica, quanto da física. Isso eu já aprendi antes de sair do Brasil e, depois, da F-BMW até a GP2, segui tendo ao meu redor pessoas sérias e profissionais, que entendiam do meio.”

Quando o brasiliense, atualmente terceiro colocado na GP2, fala em pessoas sérias, não se refere apenas a sua família ou aos empresários Steve e David Robertson, que também cuidam da carreira de Kimi Raikkonen. O “time Nasr” conta ainda com acordos financeiros que serviram para que o piloto estivesse estabilidade e contasse com boas ferramentas para negociar seus contratos.

“Acho que juntamos bons apoios no Brasil, há pessoas trabalhando de forma profissional, pensando no futuro. Mas não quero colocar pressão de que eu terei de estar na F-1 ano que vem, isso tem de acontecer naturalmente. Acho que temos patrocinadores que continuarão conosco independentemente da decisão que tomarmos e é importante construir essa relação desde cedo. Neste aspecto, estamos confortáveis.” 

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