Conheça os motivos que fizeram Montreal sair da F-E

Nova prefeita de Montreal, Valérie Plante, declarou que sua administração não receberia a prova da F-E nesta temporada. Aqui está a visão local dos motivos disso ter acontecido

Sébastien Buemi, Renault e.Dams

Sébastien Buemi, Renault e.Dams

Sam Bloxham / Motorsport Images

Oliver Turvey, NEXTEV TCR Formula E Team, Nelson Piquet Jr., NEXTEV TCR Formula E Team
Oliver Turvey, NEXTEV TCR Formula E Team, Nelson Piquet Jr., NEXTEV TCR Formula E Team
Oliver Turvey, NEXTEV TCR Formula E Team, Nelson Piquet Jr., NEXTEV TCR Formula E Team
Stéphane Sarrazin, Techeetah, spins at the start of the race
Felix Rosenqvist, Mahindra Racing, leads at the start of the race
Felix Rosenqvist, Mahindra Racing, leads at the start of the race
Felix Rosenqvist, Mahindra Racing, leads at the start of the race
Jérôme d'Ambrosio, Dragon Racing, leads Loic Duval, Dragon Racing
Jose Maria Lopez, DS Virgin Racing, battles with Lucas di Grassi, ABT Schaeffler Audi Sport
Lucas di Grassi, ABT Schaeffler Audi Sport, celebrates with his team after winnin the championship
Jean-Eric Vergne, Techeetah, celebrates after winning the race

Valérie Plante não têm nada pessoal contra a Fórmula E, mas decidiu quebrar o contrato com a categoria e cancelar as corridas de 2018 e 2019 por uma razão significativa aos seus olhos.

Seu raciocínio era a completa falta de transparência da antiga administração da cidade e o caos que a corrida causou aos cidadãos em 2017.

Em outras palavras, ela disse "sim" para uma corrida de Fórmula E, mas não a qualquer custo.

A ideia de organizar uma corrida de Fórmula E nas ruas de Montreal veio do ex-prefeito, Denis Coderre. Para ele, Montreal foi uma das cidades mais inovadoras do mundo para a promoção de veículos de emissão zero e meios de transporte limpos.

O Sr. Coderre esteve presente na corrida da Fórmula E em Miami, em março de 2015, e conseguiu adicionar a cidade ao calendário durante a terceira temporada.

Sua administração criou então uma organização sem fins lucrativos chamada 'Montréal, c'est électrique' para ser a organizadora da corrida. E então, foi um apagão total. Nenhuma novidade. Nada. Nós, como jornalistas, não conseguimos ter informações sobre o evento.

Durante meses, os moradores que viviam perto da área do futuro circuito de rua tiveram que suportar o barulho constante da construção 24 horas por dia, sete dias por semana e engarrafamentos gigantescos.

Isso gerou muita frustração da população local. Durante meses, as únicas notícias sobre o ePrix eram negativas.

Residentes em Montreal e Quebec normalmente são fãs de corridas apaixonados. No entanto, a data do primeiro ePrix causou problemas. Agendada no final de julho, foi durante as férias, algumas semanas após o GP de F1 e uma semana antes do GP de Trois-Rivières.

Outro problema foi a ausência de corridas de apoio e a falta de um piloto local. A presença de um Patrick Carpentier ou de um Jacques Villeneuve para animar teria ajudado a atrair mais espectadores, sem dúvida.

A rodada dupla e a definição do campeonato foram realizados em frente a tribunas que estavam com metade da lotação. Tornou-se público meses depois que vários milhares de ingressos foram distribuídos gratuitamente, para compensar os números. Em vez de ser um evento divertido, a corrida se tornou uma grande irritação para uma boa parte da população.

Durante a campanha eleitoral da prefeitura (que estava correndo contra o Sr. Coderre) repetiu que não desejava marcar outra corrida nas ruas do centro de Montreal, e a conta precisava ser paga pelos investidores privados. O primeiro ePrix foi fortemente subsidiado pelo dinheiro dos contribuintes.

Depois de sua eleição como nova prefeita, ela enfrentou um grande déficit orçamentário e começou a fazer contas. Se a corrida fosse para continuar, teria que ser transferida para um novo local.

O circuito de Gilles Villeneuve estava fora de questão, já que a construção do novo edifício de pits começará no início de julho do próximo ano. Reenviar a corrida a outro lugar de Montreal era viável, mas "teria custado entre 30 e 35 milhões de dólares", afirmou.

A terceira solução seria desistir de 2018 e reintegrar a prova em 2019, "mas isso não resolveria o problema do déficit e a falta de investidores privados", acrescentou.

A realidade é que a Sra. Plante teve uma oportunidade de ouro para dissociar completamente sua administração do gabinete anterior, do Sr. Coderre.

A Sra. Plante pretende manter os custos de Montreal sob controle rigoroso. Para ela e seus colegas, organizar um ePrix que custa mais dinheiro do que o GP de F1 atrai muito menos espectadores e causa grandes distúrbios na cidade por semanas era um absurdo.

Talvez um dia o circo da Fórmula E volte para Montreal, mas será incontestável que será para um novo local e sob os termos de um novo contrato.

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