Análise

Em 2016, TVs redescobrem que esporte a motor pode ser viável

Três novidades em um mês nas grades das TVs aberta e fechada mostram força do automobilismo no país

Sebastian Vettel, Ferrari SF16-H leads at the start of the race

Foto de: XPB Images

O fim do programa Linha de Chegada no Sportv, no fim de 2014, dava o tom do momento de como estava o esporte a motor na TV brasileira, independentemente da maneira como o público a via, sendo na aberta ou fechada. Naquele ano, outro forte baque havia sido o encurtamento da cobertura do treino de classificação dos GPs de F1 pela Rede Globo, gerando muitas reclamações dos fãs que não tinham condições em manter uma assinatura do canal que transmite o evento por completo.

Em 2015, ter um programa de debates falando de uma das maiores paixões dos brasileiros se resumiam ao SuperMotor, do Bandsports e o programa semanal da NASCAR, que o Fox Sports manteve.

Mas, mesmo com pouquíssimos resultados positivos de brasileiros nas pistas mundo a fora e ainda com a situação caótica do esporte em nossas terras, três iniciativas se destacam na telinha no início de 2016, o que demonstra ainda a força do segmento, assim como seu público.

Canal aberto de notícias, a Record News, dedica agora uma hora por semana para falar e transmitir o compacto da corrida mais recente da NASCAR, engordando assim ainda mais o número de horas de exibição que a categoria tem no Brasil, e que certamente faz dela uma das que mais crescem por aqui.

Na semana que abriu a temporada 2016 da F1, Reginaldo Leme anunciava a volta do Sinal Verde, programa que fez muito sucesso na Rede Globo entre os anos 1980 e 1990. A atração vai ao ar com apenas dois minutos e meio e dentro do programa Altas Horas, ao contrário dos oito que o show chegou a ter, mas pode ser considerada uma grande vitória para aquela que quase extinguiu os treinos que definem o grid.

Nesta segunda-feira foi dada a largada a nova empreitada do Fox Sports, com o Fox Nitro, atração de uma hora de duração, com convidado em estúdio e que tenta dar a maior variedade possível entre os assuntos que estão no topo de qualquer meio de comunicação especializado em automobilismo. A novidade foi brindada pelos fãs, que se sentiam órfãos após o término do Linha de Chegada no Sportv.

 

Thiago Alves, Flavio Gomes e Felipe Motta
Thiago Alves, Flavio Gomes e Felipe Motta, do Fox Nitro

Mais do que uma boa iniciativa dos envolvidos, é uma aposta, já que a cada ano as emissoras detentoras de direitos de transmissão lidam com a queda de audiência gradativa, sendo este é um fenômeno que não se restringe somente ao Brasil. O público, principalmente o mais jovem, encontrou outras maneiras de passar o tempo e outras formas de acompanhar seus esportes favoritos.

A resposta para manutenção e crescimento desse tipo de programa terá que ser do telespectador. Por mais amor e paixão que cada um dos integrantes das novas e "velhas" atrações possuem, a existência e crescimento desses shows se resumem aos números satisfatórios de audiência.

Somente assim também as empresas que estão dispostas a divulgar suas marcas a esta audiência terão interesse em encarar como um negócio viável e, assim, fazer com que o ciclo não pare, ajudando o automobilismo nacional ressurgir das cinzas. Atitudes de Globo, Record News e Fox Sports podem ser consideradas um marco ou até mesmo um mico. Tudo vai depender de você, que acabou de ler este artigo.

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